domingo, 31 de outubro de 2010

ARTIGO DO GAIUS CAESAR GERMANICUS

"A MILÍCIA DO PRESIDENTE EU NÃO SABIA"
Por:GAIUS CAESAR GERMANICUS
Quando alguém chama Lulla da Silva de “Chefe de Milícias" ou diz que ele se comporta como tal, sofre um imediato processo de ridicularização, através de deboches e ironias de toda ordem, promovido pelo primeiro mandatário brasileiro que coloca a máquina pública a serviço da presidência da república a favor de suas ambições pessoais e político-ditatoriais. Em tais momentos ele esquece, por conveniência, que representa 193.000.000 de brasileiros.
Memorizem bem as fotos, a seguir, pois elas apontam e denunciam quem é de fato o senhor Lulla-Lá.
O cidadão que se encontra à sua esquerda é o petista Sandro Mata-Mosquito, candidato derrotado a deputado federal. O que está posicionado à direita e com a mão no peito do presidente Lulla-Lá teve papel de destaque na baderna realizada durante a passeata do candidato José Serra no Rio de Janeiro.

Essa criminosa ação ocorrida no Bairro de Campo Grande, município do Rio de Janeiro e que descambou para uma agressão ao candidato à Presidência, José Serra, foi desqualificada pelo Presidente Lulla-lá e sua Candidata Dilma Rousseff sob a alegação de que se tratava de um factóide da oposição a seu governo. Mais uma vez,"esqueceram-se" de informar à opinião pública brasileira que os autores da ação são "amiguinhos do peito".
Esses tipos são os integrantes de uma falsa esquerda brasileira que atua, diretamente, ligada à setores da presidência da república. São ultra-radicais-oportunistas dispostos a tudo para não verem suas bandeiras vermelho-sangue sairem do poder. Não existe a menor dúvida de que, caso necessário, pegarão em armas para atacar, seqüestrar e trucidar seus opositores em qualquer lugar do Brasil.
Em caso de dúvida basta olhar a posição dos dedos de suas mãos para melhor definir o real contorno de respectivas intenções de âmbito comuno-sindicalista.

CONTOS DO MUNIR - 49


JOÃO DE DEUS

Era uma vez um marinheiro nordestino chamado João de Deus.

A recordação mais antiga que tenho de João de Deus é a do meu tempo do Colégio Vera-Cruz, um dos poucos colégios do Rio de Janeiro com piscina. Lá estudavam os Feitosas que brilhavam na natação em campeonatos no Brasil e no exterior.
Eu cursava o primeiro ano científico quando ele apareceu na turma, dizia ser do Ceará, caucasiano, alto, alourado, tipo Miguel Falabella, usava um casaco de couro preto e óculos Ray-Ban, (aqueles que apareciam em todas as fotografias de pilotos americanos que uma revista publicava).
Chegava de moto.

Um dia veio de uniforme de sargento do Exército, disseram que ele fora da Escola Militar, como havia pedido para sair, teria que indenizar os uniformes que lhe haviam sido fornecidos ou cumprir um tempo servindo.
Entrei para a Escola Naval, só retomei contato com o João de Deus, anos mais tarde, quando fui promovido a segundo-tenente , designado para servir a bordo de um contratorpedeiro, nas máquinas. Agora o João de Deus, antigo no navio, era cabo especialista em motores, muito elogiado pelo chefe. Breve veio o seu destaque para o Tender Belmonte, um navio de reparos, e a mim coube assinar sua transferência.

À época, o registro da vida dos marinheiros era feito em uma espécie de caderno horizontal, capa de cartolina grossa e escura com folhas de cores diversas para anotações escrituradas manualmente.
Desembarquei um ano mais tarde para a Força de Submarinos, chamado para fazer parte da equipe seleta de oficiais submarinistas.
Em um uma determinada fase do meu curso, a Diretoria do Pessoal da Marinha solicitou o meu comparecimento à Divisão de Movimentação de praças.

Ao me apresentar, trouxeram a Caderneta Registro do João de Deus e perguntaram se a assinatura que constava de sua última passagem era minha. Ao vê-la afirmei que sim, mas, observando cuidadosamente percebi que algumas letras tinham inclinações diferentes e pela data verifiquei que não; já estava na Base de Submarinos naquela ocasião.Era referente ao embarque, meses atrás, do João de Deus em um navio da Força de Transporte, que normalmente realizava viagens ao estrangeiro.

O João de Deus, sargento novamente dessa vez da Marinha, havia embarcado por conta própria. Recebia em dólares, ficara encarregado do equipamento de produção de água potável do navio. Exercia sua função com tanta eficiência que não havia restrição a banho.

Passou assim os quatro meses em que esteve embarcado e o seu azar foi ter sido proposto pelo chefe de máquinas para fazer a próxima viagem ao estrangeiro, quando, então, a Diretoria do Pessoal percebeu que ele não estava lotado oficialmente a bordo.

Era tão prestigiado que ao ser descoberta a fraude, o Comandante do navio quase pediu ao Almirante Chefe da Força de Transporte para que efetivasse de verdade o seu embarque. Foi difícil julgá-lo.

Agora tenho sérias dúvidas se o João de Deus tinha mesmo esse nome e de que parte do Brasil ele veio, ou se ele era um autêntico malandro, talvez carioca.
João de Deus não tinha sotaque.
Hoje João de Deus é assessor de um Ministério.