segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Comte. JUPY discursa diante do mausoléo do Alte Saldanha

Estamos aqui reunidos, como costumamos fazer nesta data, anualmente, para homenagear o grande Chefe Naval que foi Luiz Philippe de Saldanha da Gama, que em 12 de abril de 1884 fundou o Clube Naval e foi seu primeiro presidente. É importante considerar esse ilustre militar como se ainda estivesse entre nós, por mais que saibamos que a ocasião em si já remonta a lembranças distantes.É fascinante a história desse homem do Século XIX, cujo caráter nos faz cultuá-lo até o presente. Trata-se de retomar um elo com algo que perdemos em algum lugar no tempo e nos mares da vida.Como não perdemos esse elo totalmente, é com um esforço absolutamente compreensível que fixamos os olhos do alto dos passadiços de nossos navios para tentar vislumbrar cidadãos mais responsáveis, um país mais justo, um mundo menos violento, onde possamos, enfim, ancorar nossos destinos e crer na possibilidade de enfrentar mares mais tranquilos. E, sem dúvida alguma, o Almirante Saldanha da Gama é uma inspiração para que possamos manter nossos horizontes plenos de confiança no futuro.Sua dedicação à vida militar permanece como exemplo de liderança inconfundível, princípios morais e ética inabaláveis e tantas outras notáveis qualidades que em muito orgulham e engrandecem seus descendentes, a Marinha do Brasil e a Nação Brasileira.Seus biógrafos esmeraram-se em contar uma vida pontuada por feitos heróicos. Para nós, nesta ocasião, seria muito extenso e, por isso, até mesmo incompatível enumerar todos os grandes momentos históricos atribuídos a Saldanha da Gama. Cabe-nos, no entanto, ressaltar que desde muito cedo ele manifestou extrema vocação para a defesa da Pátria.Com apenas 15 anos, em 1861, foi o primeiro colocado no concurso para a Escola de Marinha, instituição que deu origem à atual Escola Naval, tornando-se, assim, aspirante a guarda-marinha com desempenho brilhante ao longo de todo o curso. Em 1864, aos 18 anos, o guarda-marinha Saldanha da Gama viveria sua primeira experiência de guerra: a Campanha do Prata. Embarcado na canhoneira RECIFE, capitânia da Esquadra Imperial Brasileira, então sob o comando do Vice-Almirante Barão de Tamandaré, recebeu seu batismo de fogo. Na tomada de Paissandu pelos navios brasileiros, Saldanha da Gama foi o porta-bandeira do 1º pelotão de fuzileiros da Esquadra que conduziu ataque à cidade. Inúmeras campanhas seguiram-se e Saldanha delas participou sempre com bravura e coragem, sobressaindo-se em Curupaiti, Timbó e Angustura. Finda a guerra, com apenas 23 anos, já no posto de capitão-tenente, regressou vitorioso ao Rio de Janeiro.Deu continuidade à carreira com total brilhantismo e muito entusiasmo. Comandou nada menos do que seis navios de guerra, os quais em sua gestão primaram pelo impecável aspecto marinheiro e sempre tripulados por homens altamente adestrados e muito disciplinados. Aos 38 anos, como capitão-de-fragata, assumiu o comando do cruzador BARROSO, então orgulho da construção naval brasileira. Seu derradeiro comando no mar, ocupando o posto de capitão-de-mar-e-guerra, foi no encouraçado RIACHUELO, o mais poderoso navio de guerra nacional da época. Exerceu ainda vários cargos e funções da mais alta relevância no país e no exterior, sendo muitas vezes indicado pelo próprio Imperador D. Pedro II para representar o Brasil em exposições, simpósios, missões de caráter científico e outras atividades. Aos 45 anos, alcançou o posto de contra-almirante.Decorridos dois anos, no auge de sua capacidade física, intelectual e profissional e desfrutando de grande prestígio entre seus pares e superiores hierárquicos, após difícil e dolorosa decisão, Saldanha rebelou-se em defesa de convicções políticas que julgava as mais acertadas, abdicando de uma carreira já repleta de realizações e com um futuro por demais promissor. No entanto, os 32 anos de relevantes serviços prestados à Marinha por Saldanha jamais deixarão de ser reconhecidos e sempre serão exaltados a cada ano, porque as nossas esperanças precisam de tais estímulos para ser constantemente renovadas.É fundamental que homens de sua estirpe sejam permanentemente lembrados. De certa maneira, suas vidas são como faróis que nos orientam como defender e a amar a Pátria, e Saldanha da Gama é um desses faróis. Ele é capaz de levar-nos, hoje, àquilo que às vezes esquecemos que abrigamos intimamente. Sim, uma luz intensa que brilha para nós, marinheiros do Brasil, e que sempre precisamos mantê-la viva para poder cumprir nossas missões e alcançar nossos objetivos com proficiência e dignidade.Vemos em Saldanha da Gama um homem que sobreviveu a combates. Um homem que liderou homens, que ajudou a formar tantos outros, que fez da sua vida a Marinha e fez da Marinha a sua vida. Saldanha da Gama permanece como um paradigma de grande marinheiro e estabelece uma conexão importante entre o século XIX e o século XXI.Reconhecemos seu sofrimento, moral e físico, ao retirar-se com dois profundos ferimentos depois da tentativa de ocupar Niterói em nove de fevereiro de 1894, quando se envolveu em terrível luta fratricida durante a Revolta da Armada. Ver a munição acabando, seus homens sofrendo de beribéri e a sensação de que tudo estava chegando ao fim.Essa coragem é o símbolo da firmeza de caráter de Saldanha da Gama, que manteve inabaláveis as suas crenças até as últimas consequências. Não nos cabe tecer comentários sobre as motivações políticas das guerras das quais ele participou, já que tentamos hoje aqui chamar esse homem aos nossos sentimentos. Cabe-nos meditar sobre a fidelidade que ele dedicou àquilo em que acreditava. É essa fidelidade que comemoramos hoje.Se, curiosa ou ironicamente, a curta existência do Almirante Saldanha da Gama teve fim longe dos conveses dos navios que tanto amou, aos 49 anos de idade, em Campo-Osório, RS, caindo do seu cavalo e sendo seu corpo transpassado por lanças portadas por homens que sequer sabiam da sua importância, reconhecemos que as justas homenagens prestadas a esse excepcional oficial de Marinha e grande figura de nossa história serão sempre insuficientes, mas autênticas.Assim, seu nome é ostentado em vários logradouros e estabelecimentos por todo país e permaneceu gravado, por longos anos, na popa de um navio-escola da Marinha brasileira: o incomparável “ALMIRANTE SALDANHA”. E foi em 1908, por iniciativa liderada pelo Clube Naval, que seus restos mortais foram transladados de terras uruguaias para o Brasil e aqui repousam dignamente.Se ainda não tínhamos como certa a necessidade de estarmos hoje aqui, agora sabemos: nossas crenças precisam ser inabaláveis como a deste homem que tão nobremente nos inspira.Esse farol que ele foi deve manter sua luz sempre acesa para que oriente nossos navios e os homens que os tripulam, mantendo-os permanentemente motivados para singrar os mares impondo respeito e altivez em defesa de nossa soberania. Esse homem, o inesquecível Almirante Luiz Philippe de Saldanha da Gama, não foi apenas um herói de seu tempo: ele é um herói até hoje, e sempre o será.Estamos aqui reunidos, como costumamos fazer nesta data, anualmente, para homenagear o grande Chefe Naval que foi Luiz Philippe de Saldanha da Gama, que em 12 de abril de 1884 fundou o Clube Naval e foi seu primeiro presidente. É importante considerar esse ilustre militar como se ainda estivesse entre nós, por mais que saibamos que a ocasião em si já remonta a lembranças distantes.É fascinante a história desse homem do Século XIX, cujo caráter nos faz cultuá-lo até o presente. Trata-se de retomar um elo com algo que perdemos em algum lugar no tempo e nos mares da vida.Como não perdemos esse elo totalmente, é com um esforço absolutamente compreensível que fixamos os olhos do alto dos passadiços de nossos navios para tentar vislumbrar cidadãos mais responsáveis, um país mais justo, um mundo menos violento, onde possamos, enfim, ancorar nossos destinos e crer na possibilidade de enfrentar mares mais tranquilos. E, sem dúvida alguma, o Almirante Saldanha da Gama é uma inspiração para que possamos manter nossos horizontes plenos de confiança no futuro.Sua dedicação à vida militar permanece como exemplo de liderança inconfundível, princípios morais e ética inabaláveis e tantas outras notáveis qualidades que em muito orgulham e engrandecem seus descendentes, a Marinha do Brasil e a Nação Brasileira.Seus biógrafos esmeraram-se em contar uma vida pontuada por feitos heróicos. Para nós, nesta ocasião, seria muito extenso e, por isso, até mesmo incompatível enumerar todos os grandes momentos históricos atribuídos a Saldanha da Gama. Cabe-nos, no entanto, ressaltar que desde muito cedo ele manifestou extrema vocação para a defesa da Pátria.Com apenas 15 anos, em 1861, foi o primeiro colocado no concurso para a Escola de Marinha, instituição que deu origem à atual Escola Naval, tornando-se, assim, aspirante a guarda-marinha com desempenho brilhante ao longo de todo o curso. Em 1864, aos 18 anos, o guarda-marinha Saldanha da Gama viveria sua primeira experiência de guerra: a Campanha do Prata. Embarcado na canhoneira RECIFE, capitânia da Esquadra Imperial Brasileira, então sob o comando do Vice-Almirante Barão de Tamandaré, recebeu seu batismo de fogo. Na tomada de Paissandu pelos navios brasileiros, Saldanha da Gama foi o porta-bandeira do 1º pelotão de fuzileiros da Esquadra que conduziu ataque à cidade. Inúmeras campanhas seguiram-se e Saldanha delas participou sempre com bravura e coragem, sobressaindo-se em Curupaiti, Timbó e Angustura. Finda a guerra, com apenas 23 anos, já no posto de capitão-tenente, regressou vitorioso ao Rio de Janeiro.Deu continuidade à carreira com total brilhantismo e muito entusiasmo. Comandou nada menos do que seis navios de guerra, os quais em sua gestão primaram pelo impecável aspecto marinheiro e sempre tripulados por homens altamente adestrados e muito disciplinados. Aos 38 anos, como capitão-de-fragata, assumiu o comando do cruzador BARROSO, então orgulho da construção naval brasileira. Seu derradeiro comando no mar, ocupando o posto de capitão-de-mar-e-guerra, foi no encouraçado RIACHUELO, o mais poderoso navio de guerra nacional da época. Exerceu ainda vários cargos e funções da mais alta relevância no país e no exterior, sendo muitas vezes indicado pelo próprio Imperador D. Pedro II para representar o Brasil em exposições, simpósios, missões de caráter científico e outras atividades. Aos 45 anos, alcançou o posto de contra-almirante.Decorridos dois anos, no auge de sua capacidade física, intelectual e profissional e desfrutando de grande prestígio entre seus pares e superiores hierárquicos, após difícil e dolorosa decisão, Saldanha rebelou-se em defesa de convicções políticas que julgava as mais acertadas, abdicando de uma carreira já repleta de realizações e com um futuro por demais promissor. No entanto, os 32 anos de relevantes serviços prestados à Marinha por Saldanha jamais deixarão de ser reconhecidos e sempre serão exaltados a cada ano, porque as nossas esperanças precisam de tais estímulos para ser constantemente renovadas.É fundamental que homens de sua estirpe sejam permanentemente lembrados. De certa maneira, suas vidas são como faróis que nos orientam como defender e a amar a Pátria, e Saldanha da Gama é um desses faróis. Ele é capaz de levar-nos, hoje, àquilo que às vezes esquecemos que abrigamos intimamente. Sim, uma luz intensa que brilha para nós, marinheiros do Brasil, e que sempre precisamos mantê-la viva para poder cumprir nossas missões e alcançar nossos objetivos com proficiência e dignidade.Vemos em Saldanha da Gama um homem que sobreviveu a combates. Um homem que liderou homens, que ajudou a formar tantos outros, que fez da sua vida a Marinha e fez da Marinha a sua vida. Saldanha da Gama permanece como um paradigma de grande marinheiro e estabelece uma conexão importante entre o século XIX e o século XXI.Reconhecemos seu sofrimento, moral e físico, ao retirar-se com dois profundos ferimentos depois da tentativa de ocupar Niterói em nove de fevereiro de 1894, quando se envolveu em terrível luta fratricida durante a Revolta da Armada. Ver a munição acabando, seus homens sofrendo de beribéri e a sensação de que tudo estava chegando ao fim.Essa coragem é o símbolo da firmeza de caráter de Saldanha da Gama, que manteve inabaláveis as suas crenças até as últimas consequências. Não nos cabe tecer comentários sobre as motivações políticas das guerras das quais ele participou, já que tentamos hoje aqui chamar esse homem aos nossos sentimentos. Cabe-nos meditar sobre a fidelidade que ele dedicou àquilo em que acreditava. É essa fidelidade que comemoramos hoje.Se, curiosa ou ironicamente, a curta existência do Almirante Saldanha da Gama teve fim longe dos conveses dos navios que tanto amou, aos 49 anos de idade, em Campo-Osório, RS, caindo do seu cavalo e sendo seu corpo transpassado por lanças portadas por homens que sequer sabiam da sua importância, reconhecemos que as justas homenagens prestadas a esse excepcional oficial de Marinha e grande figura de nossa história serão sempre insuficientes, mas autênticas.Assim, seu nome é ostentado em vários logradouros e estabelecimentos por todo país e permaneceu gravado, por longos anos, na popa de um navio-escola da Marinha brasileira: o incomparável “ALMIRANTE SALDANHA”. E foi em 1908, por iniciativa liderada pelo Clube Naval, que seus restos mortais foram transladados de terras uruguaias para o Brasil e aqui repousam dignamente.Se ainda não tínhamos como certa a necessidade de estarmos hoje aqui, agora sabemos: nossas crenças precisam ser inabaláveis como a deste homem que tão nobremente nos inspira.Esse farol que ele foi deve manter sua luz sempre acesa para que oriente nossos navios e os homens que os tripulam, mantendo-os permanentemente motivados para singrar os mares impondo respeito e altivez em defesa de nossa soberania. Esse homem, o inesquecível Almirante Luiz Philippe de Saldanha da Gama, não foi apenas um herói de seu tempo: ele é um herói até hoje, e sempre o será.



sexta-feira, 28 de agosto de 2009

PIADINHAS DO CAVUCA - 5

O BINGO

João e Maria eram casados. Um dia Maria saiu de casa e voltou lá pelas três da madrugada.
João começou a mexer nas coisas da mulher e encontrou um colar de diamantes.


- Maria o que é isso? , perguntou, preocupado.

- Ganhei no bingo.

João não acreditou, mas também não queria encrenca, e acabou engolindo a desculpa. Dias depois, Maria chegou tarde de novo.
Mais uma vez apareceu uma jóia caríssima entre suas coisas. João voltou a perguntar onde tinha conseguido.


- No bingo! Sabe como é... Acho que é o meu mês de sorte... respondeu Maria.

João ficou indignado. Mais e mais indignado ia ficando, à medida em que ela chegava tarde, sempre com jóias e dinheiro que teria ganhado no tal bingo.

Um dia Maria estava tomando banho para ir ao bingo e acabou a água.

- João! Traz água pra eu acabar de tomar banho! O maridão veio com a água em um copo e entregou para ela, que retrucou:

- Mas como eu vou me lavar só com um copinho d'água?

E o João:

- Lava só a cartela!!!

.............................................................................................

NO QUARTEL
A velhinha entra no quartel e vai direto para o escritório dos oficiais:


- Capitão, eu vim visitar o meu neto, Sérgio Ricardo. Ele serve no seu regimento, não é?

- Serve, sim, mas hoje pediu licença para ir ao enterro da senhora.

...........................................................................................

RECUSA DE EMPREGO
O chefe de departamento de pessoal da empresa justificando para o jovem solteiro porque não vai contratá-lo.


- Desculpe, mas nossa empresa só trabalha com homens casados.

- Por quê? Por acaso são mais inteligentes e competentes que os solteiros?

- Não, mas estão mais acostumados a obedecer.

CHARGES DA SEMANA







CONTOS DO MUNIR - 6

O SUBMARINO SOVIÉTICO

O contratorpedeiro Centauro, de bandeira brasileira, navegava escoteiro executando manobras que o credenciariam para a Operaçâo Unitas.
A bordo, um oficial superior comandante de um submarino, orientando os exercícios anti-submarinos. Súbito, ele alerta ter avistado um periscópio.
O sonar é avisado, binóculos são distribuídos e tem início uma procura intensa na área aproximada do alvo.
O submarino brasileiro Guarani realizava, também, sozinho, seus exercícios em uma distância considerável, e que tornava praticamente impossível ser o seu periscópio.
Pouco tempo depois, a estação rádio do contratorpedeiro, informa ter captado uma transmissão em russo. A bordo do Centauro ninguém falava russo, além do mais o texto parecia estar truncado. A mensagem recebida pela estação rádio e que alguém havia dito que era russo foi remetida ao Estado-Maior, que começou a quebrar a cabeça procurando decifrá-la.
O exercício passou a ser real, o navio entrou em postos de combate, pronto para a guerra.
A ordem do Estado-Maior foi permanecer na área, procurar manter contato, determinar que o submarino viesse à superfície, uma vez que ele estava em águas territoriais brasileiras.
Para isso o Estado-Maior enviou algumas palavras encontradas em um antigo dicionário português-russo, confiscado em um aparelho nos idos de 70, e que deveriam ser passadas por telefone para o submarino. Literalmente as palavras eram: “suba” e “superfície”.

O submarino Guarani recebeu ordem de permanecer na superfície e rumar para a área de operações do contratorpedeiro, a fim de participar na caçada ao submarino pseudo-soviético.
Ficou estabelecido que a operação em curso passaria a ser dirigida pelo oficial submarinista a bordo do contratorpedeiro, em face de sua antiguidade e seus conhecimentos.
Foi montado o plano de busca Tomato A 2 que consistia em percorrer quadrados crescentes em torno da última possível posição localizada do alvo.
O Guarani parece que detecta alguma coisa que classifica como possível submarino. A euforia toma conta das guarnições.
O sonar do contratorpedeiro igualmente mostra o contato e parece não haver mais dúvidas de que o invasor tenha sido descoberto.
Os oficiais e marinheiros da equipe do Centro de Operações de Combate do contratorpedeiro são parabenizados e trocam congratulações com o time do Guarani em um rasga seda de mensagens que só cessa com a intervenção dos comandantes.
O Estado-Maior consegue traduzir algo da mensagem que dizia: “forte ameaça (palavras não traduzidas) ao sul”, o resto da mensagem truncado. Um oficial do Estado-Maior se lembra que na Diretoria de Hidrografia e Navegação existe um companheiro que estuda russo, a mensagem é retransmitida para lá.
A surpresa...
No mar a majestosa baleia parece estar brincando com seu filhote ensinando-o a respirar.
O espetáculo merece ser visto e a caçada é esquecida, mas valeu a pena.
O oficial da DHN esclarece que a mensagem é um alerta geral de uma estação meteorológica soviética com o seguinte significado: ”forte ameaça de tempestade em formação iniciando-se ao sul na Sibéria”

domingo, 23 de agosto de 2009

PIADAS DO CAVUCA - 4

SENSIBILIDADE DE ENGENHEIRO
Um padre, um médico e um engenheiro vão jogar golfe.Têm, então, que aguardar a vez porque um grupo de jogadores extremamente ruins está à sua frente.Não acertam uma única jogada.O padre pergunta ao garoto que está carregando os tacos:

- Quem são esses “pernas de paus”?
- Eles são cegos senhor, responde o garoto. Todos perderam a visão salvando o clube de um incêndio no ano passado. O clube permite que joguem de graça.
- Que chato, lamenta o padre. Vou rezar por eles esta noite.
O médico acrescenta:
- Vou pedir a um colega, oftalmologista, para ver o que se pode fazer por eles.
O engenheiro pergunta:
- E por que eles não jogam à noite ???
*****************************************************
GAÚCHO CAÇADOR

Um avião caiu na mata levando um gaúcho ,um carioca e um paulista. Já estava anoitecendo, a fome bateu e nada pra comer, o paulista diz pro gaúcho:
-Ô gaúcho, tu que é todo metido a macho, vai lá fora e caça algo pra nós comer.
O gaúcho, sem deixar por menos, mas apavorado, topou. Abriu a porta do avião, deu dois passos. Já estava escuro, e ele enxergou uma onça pintada, e se apavorou. Virou de costas para dar no pé e escorregou. A onça, que já tinha dado o bote, passou por cima do gaudério e foi parar lá dentro do avião.
O gaúcho mais que ligeiro levantou fechou a porta do avião e gritou:
- VÃO CARNEANDO ESSA QUE DEPOIS TRAGO MAIS OUTRA!
********************************************
A BORRACHINHA
Na fila do ônibus estavam o pai e todos seus 16 filhos. Junto deles, um senhor de meia idade, com uma das pernas de pau. O ônibus chegou, a criançada entrou primeiro e ocupou todos os bancos vazios. Os dois senhores entraram e ficaram de pé.Na arrancada do ônibus o senhor da perna de pau, com visível dificuldade, desequilibrou-se para trás, e o barulho foi inconfundível:

TOC... TOC.... TOC...TOC...
Quando o ônibus freou, a mesma coisa aconteceu, agora para a frente:
TOC... TOC.... TOC...TOC...
Na arrancada, novamente:
TOC... TOC... TOC...TOC...
E assim foi, por várias vezes.Num determinado momento, já incomodado com o barulho e, ao mesmo tempo tentando ser gentil, o pai das 16 crianças disse ao perneta:
- Perdão, mas eu gostaria de fazer uma sugestão ao senhor.Por que o senhor não coloca uma borrachinha na ponta do pau? Com certeza vai diminuir o barulho e incomodar menos a todos. Imediatamente, o perneta respondeu:
- Agradeço a sugestão, mas se o senhor também tivesse colocado uma borrachinha na ponta do seu, há alguns anos atrás, estaríamos todos sentados numa boa...
'O MINISTERIO DA SAÚDE ADVERTE: USE BORRACHINHA'

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

CONTOS DO MUNIR - 5

O COMANDANTE E O LIVREIRO DO SEBO
O comandante é submarinista, apaixonado por livros. Hoje, além de reformado pela Marinha, está aposentado depois de muito trabalhar na vida civil. Foi jornalista, diretor de um jornal de grande circulação no Rio e no Brasil, diretor de hospital, escritor, correspondente no estrangeiro e ainda tocava seu piano de cauda. Ao sair da casa grande, em que morava no Humaitá, não pôde carregar seu piano de cauda. Na sala do apartamento, em Ipanema, para onde mudara, ele não cabia. Há muito buscava por um livro cuja edição se esgotara. Alguém sugeriu um determinado sebo. O sebo fica na rua Ramalho Ortigão, no centro da cidade. É uma rua cheia de antigos sobrados do início do século passado. O livreiro mora lá e o sebo está no segundo andar. Sobe-se por uma escadaria de peroba do campo, que resiste bravamente ao ataque de cupins. De corrimão, um tubo de cobre azinhavrado nas junções, por ser utilizado, também, como canalização de água para o andar debaixo, criação engenhosa do construtor português.Na sala espaçosa, montes de livros em todos os cantos, empoeirados e sem nenhuma ordem. O computador ainda vai levar anos para chegar até lá. O livreiro, senhor de meia idade, usando óculos à Gepeto, (o pai doPinóquio), vive em um quarto nos fundos. Nem precisa de campainha, o barulho da escada anuncia o visitante. Indagou do nosso comandante o que ele desejava, não sem antes dizer que já estava no ramo desde criança. O ponto pertencera a seu pai. Disse ter o exemplar que ele estava procurando e estar pronto a vendê-lo, mas teria de fazer um registro em livro próprio. Escreveu em uma agenda, bem antiga e com muitas anotações, o nome do comandante, o endereço, telefone, idade indagando se era casado. Aí, nosso submarinista já começou a achar estranho e mais se admirou quando o livreiro perguntou o nome da esposa, dos filhos e de dois amigos. Não se contendo, o comandante pediu explicação para tanto questionamento.
-“Para que toda essa inquirição?? ”
O livreiro explicou:
- "Era a maneira prática de manter o seu estoque de livros sem precisar empregar muito capital. Acompanhava pelo obituáriodos jornais o falecimento de seus clientes. Esperava pela missa de sétimo dia, - (ele procurava ver o anúncio) - e, depois de algumtempo, se apresentava à viúva dizendo saber que o marido tinha muitosl ivros bem usados. Se ela não gostaria de se ver livre daquela velharia. Normalmente, comprava-os todos por uma ninharia. Seguia o exemplo do pai." A presente história foi contada e vivida pelo recentemente falecido Comandante Liwall Sales, grande oficial de marinha, em um almoço de ex-combatentes no Clube Naval (Piraque) e foi escrita após ser submetida a sua aprovação. Na realidade o autor do conto é o próprio Comandante Liwall.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

EXALTAÇÃO AO ALMIRANTE SALDANHA DA GAMA

Postado pelo Companheiro Comte. Edson Jupy

Estamos aqui reunidos, como costumamos fazer nesta data, anualmente, para homenagear o grande Chefe Naval que foi Luiz Philippe de Saldanha da Gama, que em 12 de abril de 1884 fundou o Clube Naval e foi seu primeiro presidente. É importante considerar esse ilustre militar como se ainda estivesse entre nós, por mais que saibamos que a ocasião em si já remonta a lembranças distantes.

É fascinante a história desse homem do Século XIX, cujo caráter nos faz cultuá-lo até o presente. Trata-se de retomar um elo com algo que perdemos em algum lugar no tempo e nos mares da vida.

Como não perdemos esse elo totalmente, é com um esforço absolutamente compreensível que fixamos os olhos do alto dos passadiços de nossos navios para tentar vislumbrar cidadãos mais responsáveis, um país mais justo, um mundo menos violento, onde possamos, enfim, ancorar nossos destinos e crer na possibilidade de enfrentar mares mais tranquilos. E, sem dúvida alguma, o Almirante Saldanha da Gama é uma inspiração para que possamos manter nossos horizontes plenos de confiança no futuro.

Sua dedicação à vida militar permanece como exemplo de liderança inconfundível, princípios morais e ética inabaláveis e tantas outras notáveis qualidades que em muito orgulham e engrandecem seus descendentes, a Marinha do Brasil e a Nação Brasileira.

Seus biógrafos esmeraram-se em contar uma vida pontuada por feitos heróicos. Para nós, nesta ocasião, seria muito extenso e, por isso, até mesmo incompatível enumerar todos os grandes momentos históricos atribuídos a Saldanha da Gama. Cabe-nos, no entanto, ressaltar que desde muito cedo ele manifestou extrema vocação para a defesa da Pátria.

Com apenas 15 anos, em 1861, foi o primeiro colocado no concurso para a Escola de Marinha, instituição que deu origem à atual Escola Naval, tornando-se, assim, aspirante a guarda-marinha com desempenho brilhante ao longo de todo o curso. Em 1864, aos 18 anos, o guarda-marinha Saldanha da Gama viveria sua primeira experiência de guerra: a Campanha do Prata. Embarcado na canhoneira RECIFE, capitânia da Esquadra Imperial Brasileira, então sob o comando do Vice-Almirante Barão de Tamandaré, recebeu seu batismo de fogo. Na tomada de Paissandu pelos navios brasileiros, Saldanha da Gama foi o porta-bandeira do 1º pelotão de fuzileiros da Esquadra que conduziu ataque à cidade. Inúmeras campanhas seguiram-se e Saldanha delas participou sempre com bravura e coragem, sobressaindo-se em Curupaiti, Timbó e Angustura. Finda a guerra, com apenas 23 anos, já no posto de capitão-tenente, regressou vitorioso ao Rio de Janeiro.
Deu continuidade à carreira com total brilhantismo e muito entusiasmo. Comandou nada menos do que seis navios de guerra, os quais em sua gestão primaram pelo impecável aspecto marinheiro e sempre tripulados por homens altamente adestrados e muito disciplinados. Aos 38 anos, como capitão-de-fragata, assumiu o comando do cruzador BARROSO, então orgulho da construção naval brasileira. Seu derradeiro comando no mar, ocupando o posto de capitão-de-mar-e-guerra, foi no encouraçado RIACHUELO, o mais poderoso navio de guerra nacional da época. Exerceu ainda vários cargos e funções da mais alta relevância no país e no exterior, sendo muitas vezes indicado pelo próprio Imperador D. Pedro II para representar o Brasil em exposições, simpósios, missões de caráter científico e outras atividades. Aos 45 anos, alcançou o posto de contra-almirante.
Decorridos dois anos, no auge de sua capacidade física, intelectual e profissional e desfrutando de grande prestígio entre seus pares e superiores hierárquicos, após difícil e dolorosa decisão, Saldanha rebelou-se em defesa de convicções políticas que julgava as mais acertadas, abdicando de uma carreira já repleta de realizações e com um futuro por demais promissor.
No entanto, os 32 anos de relevantes serviços prestados à Marinha por Saldanha jamais deixarão de ser reconhecidos e sempre serão exaltados a cada ano, porque as nossas esperanças precisam de tais estímulos para ser constantemente renovadas.

É fundamental que homens de sua estirpe sejam permanentemente lembrados. De certa maneira, suas vidas são como faróis que nos orientam como defender e a amar a Pátria, e Saldanha da Gama é um desses faróis. Ele é capaz de levar-nos, hoje, àquilo que às vezes esquecemos que abrigamos intimamente. Sim, uma luz intensa que brilha para nós, marinheiros do Brasil, e que sempre precisamos mantê-la viva para poder cumprir nossas missões e alcançar nossos objetivos com proficiência e dignidade.

Vemos em Saldanha da Gama um homem que sobreviveu a combates. Um homem que liderou homens, que ajudou a formar tantos outros, que fez da sua vida a Marinha e fez da Marinha a sua vida. Saldanha da Gama permanece como um paradigma de grande marinheiro e estabelece uma conexão importante entre o século XIX e o século XXI.

Reconhecemos seu sofrimento, moral e físico, ao retirar-se com dois profundos ferimentos depois da tentativa de ocupar Niterói em nove de fevereiro de 1894, quando se envolveu em terrível luta fratricida durante a Revolta da Armada. Ver a munição acabando, seus homens sofrendo de beribéri e a sensação de que tudo estava chegando ao fim.
Essa coragem é o símbolo da firmeza de caráter de Saldanha da Gama, que manteve inabaláveis as suas crenças até as últimas consequências. Não nos cabe tecer comentários sobre as motivações políticas das guerras das quais ele participou, já que tentamos hoje aqui chamar esse homem aos nossos sentimentos. Cabe-nos meditar sobre a fidelidade que ele dedicou àquilo em que acreditava. É essa fidelidade que comemoramos hoje.
Se, curiosa ou ironicamente, a curta existência do Almirante Saldanha da Gama teve fim longe dos conveses dos navios que tanto amou, aos 49 anos de idade, em Campo-Osório, RS, caindo do seu cavalo e sendo seu corpo transpassado por lanças portadas por homens que sequer sabiam da sua importância, reconhecemos que as justas homenagens prestadas a esse excepcional oficial de Marinha e grande figura de nossa história serão sempre insuficientes, mas autênticas.

Assim, seu nome é ostentado em vários logradouros e estabelecimentos por todo país e permaneceu gravado, por longos anos, na popa de um navio-escola da Marinha brasileira: o incomparável “ALMIRANTE SALDANHA”. E foi em 1908, por iniciativa liderada pelo Clube Naval, que seus restos mortais foram transladados de terras uruguaias para o Brasil e aqui repousam dignamente.

Se ainda não tínhamos como certa a necessidade de estarmos hoje aqui, agora sabemos: nossas crenças precisam ser inabaláveis como a deste homem que tão nobremente nos inspira.
Esse farol que ele foi deve manter sua luz sempre acesa para que oriente nossos navios e os homens que os tripulam, mantendo-os permanentemente motivados para singrar os mares impondo respeito e altivez em defesa de nossa soberania. Esse homem, o inesquecível Almirante Luiz Philippe de Saldanha da Gama, não foi apenas um herói de seu tempo: ele é um herói até hoje, e sempre o será.

Estamos aqui reunidos, como costumamos fazer nesta data, anualmente, para homenagear o grande Chefe Naval que foi Luiz Philippe de Saldanha da Gama, que em 12 de abril de 1884 fundou o Clube Naval e foi seu primeiro presidente. É importante considerar esse ilustre militar como se ainda estivesse entre nós, por mais que saibamos que a ocasião em si já remonta a lembranças distantes.

É fascinante a história desse homem do Século XIX, cujo caráter nos faz cultuá-lo até o presente. Trata-se de retomar um elo com algo que perdemos em algum lugar no tempo e nos mares da vida.

Como não perdemos esse elo totalmente, é com um esforço absolutamente compreensível que fixamos os olhos do alto dos passadiços de nossos navios para tentar vislumbrar cidadãos mais responsáveis, um país mais justo, um mundo menos violento, onde possamos, enfim, ancorar nossos destinos e crer na possibilidade de enfrentar mares mais tranquilos. E, sem dúvida alguma, o Almirante Saldanha da Gama é uma inspiração para que possamos manter nossos horizontes plenos de confiança no futuro.

Sua dedicação à vida militar permanece como exemplo de liderança inconfundível, princípios morais e ética inabaláveis e tantas outras notáveis qualidades que em muito orgulham e engrandecem seus descendentes, a Marinha do Brasil e a Nação Brasileira.

Seus biógrafos esmeraram-se em contar uma vida pontuada por feitos heróicos. Para nós, nesta ocasião, seria muito extenso e, por isso, até mesmo incompatível enumerar todos os grandes momentos históricos atribuídos a Saldanha da Gama. Cabe-nos, no entanto, ressaltar que desde muito cedo ele manifestou extrema vocação para a defesa da Pátria.

Com apenas 15 anos, em 1861, foi o primeiro colocado no concurso para a Escola de Marinha, instituição que deu origem à atual Escola Naval, tornando-se, assim, aspirante a guarda-marinha com desempenho brilhante ao longo de todo o curso. Em 1864, aos 18 anos, o guarda-marinha Saldanha da Gama viveria sua primeira experiência de guerra: a Campanha do Prata. Embarcado na canhoneira RECIFE, capitânia da Esquadra Imperial Brasileira, então sob o comando do Vice-Almirante Barão de Tamandaré, recebeu seu batismo de fogo. Na tomada de Paissandu pelos navios brasileiros, Saldanha da Gama foi o porta-bandeira do 1º pelotão de fuzileiros da Esquadra que conduziu ataque à cidade. Inúmeras campanhas seguiram-se e Saldanha delas participou sempre com bravura e coragem, sobressaindo-se em Curupaiti, Timbó e Angustura. Finda a guerra, com apenas 23 anos, já no posto de capitão-tenente, regressou vitorioso ao Rio de Janeiro.
Deu continuidade à carreira com total brilhantismo e muito entusiasmo. Comandou nada menos do que seis navios de guerra, os quais em sua gestão primaram pelo impecável aspecto marinheiro e sempre tripulados por homens altamente adestrados e muito disciplinados. Aos 38 anos, como capitão-de-fragata, assumiu o comando do cruzador BARROSO, então orgulho da construção naval brasileira. Seu derradeiro comando no mar, ocupando o posto de capitão-de-mar-e-guerra, foi no encouraçado RIACHUELO, o mais poderoso navio de guerra nacional da época. Exerceu ainda vários cargos e funções da mais alta relevância no país e no exterior, sendo muitas vezes indicado pelo próprio Imperador D. Pedro II para representar o Brasil em exposições, simpósios, missões de caráter científico e outras atividades. Aos 45 anos, alcançou o posto de contra-almirante.
Decorridos dois anos, no auge de sua capacidade física, intelectual e profissional e desfrutando de grande prestígio entre seus pares e superiores hierárquicos, após difícil e dolorosa decisão, Saldanha rebelou-se em defesa de convicções políticas que julgava as mais acertadas, abdicando de uma carreira já repleta de realizações e com um futuro por demais promissor.
No entanto, os 32 anos de relevantes serviços prestados à Marinha por Saldanha jamais deixarão de ser reconhecidos e sempre serão exaltados a cada ano, porque as nossas esperanças precisam de tais estímulos para ser constantemente renovadas.

É fundamental que homens de sua estirpe sejam permanentemente lembrados. De certa maneira, suas vidas são como faróis que nos orientam como defender e a amar a Pátria, e Saldanha da Gama é um desses faróis. Ele é capaz de levar-nos, hoje, àquilo que às vezes esquecemos que abrigamos intimamente. Sim, uma luz intensa que brilha para nós, marinheiros do Brasil, e que sempre precisamos mantê-la viva para poder cumprir nossas missões e alcançar nossos objetivos com proficiência e dignidade.

Vemos em Saldanha da Gama um homem que sobreviveu a combates. Um homem que liderou homens, que ajudou a formar tantos outros, que fez da sua vida a Marinha e fez da Marinha a sua vida. Saldanha da Gama permanece como um paradigma de grande marinheiro e estabelece uma conexão importante entre o século XIX e o século XXI.

Reconhecemos seu sofrimento, moral e físico, ao retirar-se com dois profundos ferimentos depois da tentativa de ocupar Niterói em nove de fevereiro de 1894, quando se envolveu em terrível luta fratricida durante a Revolta da Armada. Ver a munição acabando, seus homens sofrendo de beribéri e a sensação de que tudo estava chegando ao fim.
Essa coragem é o símbolo da firmeza de caráter de Saldanha da Gama, que manteve inabaláveis as suas crenças até as últimas consequências. Não nos cabe tecer comentários sobre as motivações políticas das guerras das quais ele participou, já que tentamos hoje aqui chamar esse homem aos nossos sentimentos. Cabe-nos meditar sobre a fidelidade que ele dedicou àquilo em que acreditava. É essa fidelidade que comemoramos hoje.
Se, curiosa ou ironicamente, a curta existência do Almirante Saldanha da Gama teve fim longe dos conveses dos navios que tanto amou, aos 49 anos de idade, em Campo-Osório, RS, caindo do seu cavalo e sendo seu corpo transpassado por lanças portadas por homens que sequer sabiam da sua importância, reconhecemos que as justas homenagens prestadas a esse excepcional oficial de Marinha e grande figura de nossa história serão sempre insuficientes, mas autênticas.

Assim, seu nome é ostentado em vários logradouros e estabelecimentos por todo país e permaneceu gravado, por longos anos, na popa de um navio-escola da Marinha brasileira: o incomparável “ALMIRANTE SALDANHA”. E foi em 1908, por iniciativa liderada pelo Clube Naval, que seus restos mortais foram transladados de terras uruguaias para o Brasil e aqui repousam dignamente.

Se ainda não tínhamos como certa a necessidade de estarmos hoje aqui, agora sabemos: nossas crenças precisam ser inabaláveis como a deste homem que tão nobremente nos inspira.
Esse farol que ele foi deve manter sua luz sempre acesa para que oriente nossos navios e os homens que os tripulam, mantendo-os permanentemente motivados para singrar os mares impondo respeito e altivez em defesa de nossa soberania. Esse homem, o inesquecível Almirante Luiz Philippe de Saldanha da Gama, não foi apenas um herói de seu tempo: ele é um herói até hoje, e sempre o será.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

SOLUÇÃO x DISSOLUÇÃO

Na prova do Curso de Química, foi feita esta pergunta:

Qual a diferença entre SOLUÇÃO e DISSOLUÇÃO?

Resposta de um aluno:

1-Colocar UM dos NOSSOS POLÍTICOS num TANQUE DE ÁCIDO para que DISSOLVA é uma DISSOLUÇÃO.



2-Colocar TODOS é uma SOLUÇÃO.

PIADINHAS DO CAVUCA - 3

ERRO DE CÁLCULO

Com menos de um mês de casada, a filha única chega à casa da mãe, toda roxa:
- Oh! Mamãe, o Zecão me bateu!
- O Zecão? Eu pensei que ele estivesse viajando!
- Eu também, mamãe! Eu também!



SEI LÁ

Durante o jantar, a patricinha anuncia para toda a família.
- Mamãe... papai... estou grávida!
- Como?! - pergunta o pai, embasbacado.
- Estou grávida!
- E quem é o pai? - pergunta a mãe, atônita.
- Eu sei lá! Vocês nunca me deixaram namorar firme!



VELÓRIO

No velório, o viúvo recebe o abraço dos amigos:
- Meus pêsames. Ela vinha sofrendo há muito tempo?
- Sim. Desde que nos casamos.
-...!!!???

CONTOS DO MUNIR - 4

VALEU NOSSA SENHORA

Foi no tempo da Flotilha de Submarinos, no tempo da antiga classe T, submarinos vindos da Itália, anos antes da Segunda Guerra Mundial. Eram o Tamoio, o Timbira e o Tupi. Ainda tinham canhões no convés da proa e duas metralhadoras, mais ou menos portáteis, que eram montadas na torreta.

Apesar de haver banheiro e cozinha no interior do navio, o fogão e o sanitário externos situados no convés, logo abaixo da torreta, eram mais usados por facilitar o conforto no interior do navio. Além disso, o vaso interno precisava ter manobra de válvulas e uso de bomba manual. Acrescente-se o fato de o pessoal querer ir ao banheiro, na verdade, para tomar um arzinho no convés.

Na parte externa da torreta, parte mais alta do Classe T, ficavam o Comandante, o oficial de serviço e um ou dois vigias. Logo abaixo, enquanto o rancho estava sendo preparado, ficava o cozinheiro. Era impossível não sentir sua presença pelo forte cheiro exalado pelos deliciosos bifes. Como estávamos em paz, não se mergulhava até que a comida estivesse pronta.

Para o acesso ao banheiro, era obrigatória a permissão do oficial de serviço, por medida de segurança e para seu conhecimento de que havia mais alguém no convés.

Terminado o almoço, o comandante do Timbira desce pela escotilha da torreta, dá a ordem de mergulhar, o oficial de serviço aciona o alarme de imersão, os vigias se precipitam escotilha abaixo logo seguidos pelo oficial de serviço, responsável pelo fechamento hermético da escotilha.

No compartimento de manobra e em outros compartimentos, providências eram tomadas, tais como aberturas de válvulas superiores (suspiros) para permitir a saída do ar contido nos tanques de lastro e conseqüente entrada de água para que o submarino pudesse mergulhar.

Acontece que dessa vez o Timbira não quis descer de jeito algum. Por mais que o tenente colocasse água nos tanques de compensação, a máquina a toda a força e todos os lemes para baixo, o Timbira teimava em não obedecer às ordens de seu Comandante.

O comandante resolveu parar a imersão e voltar à superfície*. O oficial de serviço é o primeiro a subir, abrir a escotilha, verificar o horizonte e dar prosseguimento às manobras.

Para sua surpresa, abraçado ao periscópio com braços e pernas, já todo encharcado, estava o taifeiro despenseiro do Chefe da Flotilha a balbuciar:


- VALHA-ME NOSSA SENHORA! VALHA-ME NOSSA SENHORA!

*A razão de o Timbira não conseguir imergir foi conseqüência da quebra de uma haste de comando de uma válvula superior (suspiro) no compartimento de torpedos a vante (talvez por ordem de alguém lá de cima), o que tornava impossível o mergulho.Voltamos para a Base. Todos muito impressionados. Mais tarde o despenseiro explicou que estava muito apertado e desceu direto.
O Comandante do submarino Timbira era o CF Max, o oficial de águas o Ten Munir embarcado no submarino Tamoio e destacado no Timbira.

sábado, 8 de agosto de 2009

CONTOS DO MUNIR - 3

HISTÓRIAS DE PESCADOR

Março de 2001- Conceição da Barra Espírito Santo


Desde algum tempo o mar avança sobre a cidade.
A erosão, no bairro Bugia, alargou as margens do rio Cricaré e no crescente de sua boca o mar devorou quase todas as casas dos pescadores, algumas casas de veraneio e os quiosques ali próximos.

O farol, de mais de 50 anos, ameaçado, deixou de ser referência para os navegantes e foi mudado para uma praça no centro da cidade. Passou a ser monumento.

As marés de lua cheia de março elevam o nível das águas a quase dois metros. As barricadas de sacos de areia e postes de eucalipto pouco adiantam.

Hoje não mais que oito ou dez famílias de pescadores ainda resistem à mudança da Bugia para locais mais seguros.

O Prefeito decretou situação de emergência e acionou a Defesa Civil.

Conceição da Barra é um balneário muito procurado por turistas, do próprio Estado, de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Muitos têm residências de verão a beira-mar. Por medo de que o mar continue a progredir sobre a cidade, e mais a perturbação causada por ambulantes que um mês antes do carnaval se instalam em frente às varandas, cortando a vista e o sossego, proprietários anunciam suas casas para venda sem resultado.

A história que vamos contar foi relatada por um pescador e aconteceu em um sábado, logo depois do carnaval, quando a cidade e as praias ficam desertas.

Estávamos caminhando pela praia, vimos um barco chegando na arrebentação, tão carregado de peixes que quase não havia lugar para os quatro pescadores tripulantes.

Admirados de tanta fartura, perguntamos se era sempre assim.

Um dos pescadores, creio que o mais jovem, nos disse que não, e que, além do infortúnio do mar a invadir suas casas , agora estava a lhes negar o sustento.

Haviam saído, como de hábito, ao nascer do sol e depois de quatro horas, regressaram à praia para desembaraçar e limpar as redes, sem um único peixe.

Desanimados, pensaram em desistir e recolhiam as redes. Então, passou por eles um turista de cabelos longos e arruivados, com um chapéu esquisito, óculos mais esquisitos ainda, um tipo bem "hippye", alto, magro e que disse para eles:


-Não sou Jesus, mas, se vocês continuarem a pescar, vai ter muito peixe.

O pescador terminou sua história e perguntou se eu não havia visto o tal camarada.
Poderia parecer que a história terminaria assim, não fosse o fato do turista ser, na verdade, um biólogo, natural do Espírito Santo, realizando a parte prática de seu doutorado de biologia marinha, em um navio de pesquisa norueguês.

Na passagem do navio pelo litoral do Brasil detectaram com seu poderoso sonar um grande cardume, fora dos padrões normais e que se dirigia para a região de Conceição da Barra.

Foi quando o nosso capixaba pediu ao Comandante que o helicóptero de bordo o deixasse em terra por uma noite...

INGLATERRA RECEBE O LIXO DE VOLTA


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

CAVUCA CONTA COMO FOI SABOREAR UM "CARNEIRO NO BURACO"

A estória do meu final de semana foi a seguinte:
- Fui convidado pelo sogro de minha filha para um "Carneiro no buraco",na Fazenda da Batalha , em Cantagalo.Trata-se de um evento anual, nessa cidade fluminense, que vem sendo realizado nos últimos 5 anos.Os detalhes do preparo do Carneiro no buraco, relatarei no final.

Chegamos à tardinha ( fui de carona no carro de meu genro , com ele e minha filha ). Levamos 3:00 hs de viagem, passando por Nova Friburgo.Às 17:30 hs , já em Cantagalo, em frente à Pousada, encontramos os amigos que já estavam tomando umas cervejas e se deliciando com nacos de torresmos. Entramos na "festa", no botequim do seu Pereira.

A Pousada era bem modesta, mas como iria ser usada sòmente para dormir, dava para o gasto. Meu quarto mal dava para uma pequena cama de solteiro, com um banheirinho com um vaso sanitário, um chuveiro elétrico em cima do vaso , e uma pequena pia. Melhor do que dormir em barraca de camping ! De qualquer forma, para usar o banheiro, para qual fosse o uso, escovar dentes, tomar banho, etc..., exigia uma boa noção de contorcionismo. Depois de usá-lo, fiquei habilitado a entrar para o "Cirque du Soleil".

Às 19:15 hs passou uma Van , previamente contratada, para nos levar para a Fazenda. Alegria total ! Éramos 10 pessoas ( 4 casais e dois "solteiros" ). Chegando à Fazenda, o forró já estava bombando . Um pátio grande ao lado da Séde da fazenda : uma construção de 2 andares , dos tempos de ouro do café. Um palco alto onde DJ's se apresentavam, mesinhas de ferro ( dessas de botequim ), com capacidade para abrigar umas 200 pessoas, barraquinhas com comidinhas, bebidas ( todas as batidas de frutas imagináveis ), e o que não poderia faltar : cerveja muito gelada, servida por solícitos garçons. Não parei de beber das 19:30 hs até voltar da festa , às 2:00 hs . Tudo isto, por módicos R$45,00 .Nas barraquinhas, serviam salsichão, caldo verde, Vaca atolada, pernil de porco com torresmos ,mini pizzas e caldinho de feijão. Uma verdadeira orgia gastronômica !!! Afinal, iriamos esperar que o Carneiro fosse servido às 24:30 hs. Então,........vamos que vamos !

A noite estava linda. Um sereninho batendo na careca, mas ainda bem que levei uma toca de lã. E tome cerveja ! E coma-se comidinhas ! Lá pelas tantas, pintou um grupo da Escola de Samba Viradouro, contratado para o evento. Alguns crioulos animados e muuuuiiitas crioulas seminuas - ÓÓTIMAS , que animaram mais ainda a festa.


Bem...........agora o detalhe do artista principal : o Carneiro. Já convenientemente cortado em pequenos pedaços, temperado com cebola, alho, salsinha, sal e colocados em um panelão de aproximadamente 1,00 m de diametro, com batatas, cenouras, e outros legumes menos votados. Nunca tinha visto nada igual.
Obs.: foram preparados dois panelões. Detalhes, nas fotos que tirei com o telefone celular. Pena que não levei máquina fotográfica. Em tempo, quando chegamos, às 19:30 hs, um panelão já estava no buraco cozinhando.




DETALHE : são dois buracos de 1,50 x 2,00 m , com
aprox. 1,80m de profundidade, revestidos de tijolos refratários. No fundo, um belo braseiro de lenha, onde o panelão é depositado , usando-se hastes de aço. Depois, os buracos são cobertos por chapas de ferro, e cobertos por terra. E aí , permanece de 5 a 6 horas cozinhando. Uma delícia !! De volta à Pousada, para um reparador sono, sem antes abater dois pernilongos tamanho GG, que me esperavam famintos no quarto. Meus conhecimentos de guerra na selva foram usados com destreza : dois tapas na parede e fim de papo. Estavam sequinhos pelo meu sangue ! Se me mordessem, iriam ficar de porre. Caí na cama até as 9:00 hs.
E então ,.....................acabou a estória!!!!!
Abraços, Cavalcanti

OAB DEFENDE RENÚNCIA COLETIVA NO SENADO

SENADO BRASILEIRO-CRISE SEM FIM
OAB defende renúncia coletiva no Senado, para pôr fim a calamidade institucional
Para Cezar Britto, crise dissemina-se como metástase pelo SenadoO presidente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Cezar Britto, defendeu nesta sexta-feira (7/8) a renúncia coletiva de todos os integrantes do Senado Federal como forma de pôr fim a um “estado de calamidade institucional” que teria se instalado na Casa. Segundo Cezar Britto, a crise “não se resume ao presidente da Casa, embora o ponha em destaque; é de toda a instituição e envolve acusados e acusadores".
Leia mais:
OAB quer ''recall'' que permita cassação de mandato de parlamentares Mendes diz que Senado precisa voltar ao funcionamento normal
Para o presidente nacional da Ordem, a situação no Senado atingiu um nível “intolerável”, com a quebra de decoro parlamentar “protagonizada pelas lideranças dos principais partidos, com acusações recíprocas de espantosa gravidade e em baixo calão, que constrange e envergonha a nação”.
Na sessão de ontem, um bate-boca entre os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Tasso Jereissati (PSDB-CE), descambou para baixaria, com xingamentos mútuos e palavras de baixo calão. Os dois estão em lados opostos sobre a situação do presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), alvo de diversas denúncias no Conselho de Ética por quebra de decoro parlamentar.
No final de 2006, a OAB entregou ao Congresso uma proposta de reforma política que inclui a instituição de um sistema de “recall”, em que o eleitor poderia revogar o mandato do político que não cumpriu suas promessas de campanha. Na nota pública divulgada hoje, Cezar Britto reconhece que a sociedade ainda não dispõe de instrumentos legais para solucionar a crise e aponta a renúncia coletiva como única saída.
“O ideal seria a renúncia dos senadores. Como não temos meios legais de impor esse ideal —único meio de sanear a instituição—, resta pleitear que se conceda algum espaço à reforma política, senão para salvar o atual Congresso, ao menos para garantir o futuro”, afirma.
Confira a seguir a íntegra da nota pública da OAB:
"O Senado está em estado de calamidade institucional. A quebra de decoro parlamentar, protagonizada pelas lideranças dos principais partidos, com acusações recíprocas de espantosa gravidade e em baixo calão, configura quadro intolerável, que constrange e envergonha a nação. A democracia desmoraliza-se e corre risco.
A crise não se resume ao presidente da casa, embora o ponha em destaque. Mas é de toda a instituição - e envolve acusados e acusadores. Dissemina-se como metástase junto às bancadas, quer na constatação de que os múltiplos delitos, diariamente denunciados pela imprensa, configuram prática habitual de quase todos; quer na presença maciça de senadores sem voto (os suplentes), a exercer representação sem legitimidade; quer na constatação de que não se busca correção ética dos desvios, mas oportunidade política de desforra e de capitalização da indignação pública.
Não pode haver maior paradoxo - intolerável paradoxo - que senadores sem voto integrando o Conselho de Ética, com a missão de julgar colegas. Se a suplência sem votos já é, em si, indecorosa, torna-se absurda quando a ela se atribui a missão de presidir um órgão da responsabilidade do Conselho de Ética.
Em tal contexto, urge fornecer à cidadania instrumentos objetivos e democráticos de intervenção saneadora no processo político. A OAB encaminhou recentemente ao Congresso Nacional, no bojo de proposta de reforma política, sugestão para que o país adote o recall - instrumento de revogação de mandatos, aplicável pela sociedade a quem trair a delegação de que está investido.
Trata-se de instrumento já testado em outras democracias, como a norte-americana, com resultados positivos. O voto pertence ao eleitor, não ao eleito, que é apenas seu delegado. Traindo-o, deve perder a delegação. Não havendo, porém, tal recurso na legislação brasileira, prosperam discursos oportunistas, como o que sugere a extinção do Senado. A OAB é literalmente contra a extinção do Senado.
O Senado não pode ser confundido com os que mancham o seu nome. Precisa ser preservado, pois é o pilar do equilíbrio federativo. Diante, porém, do que assistimos, a sociedade já impôs à presente representação o recall moral. O ideal seria a renúncia dos senadores. Como não temos meios legais de impor esse ideal - único meio de sanear a instituição -, resta pleitear que se conceda algum espaço à reforma política, senão para salvar o atual Congresso, ao menos para garantir o futuro."
CEZAR BRITTO
PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

SUGESTÃO do LIZARDO para COMEMORARMOS os ANIVERSÁRIOS


O Lizardo sugere que todos os aniversários que caem num determinado mês sejam comemorados num único sábado: ou o primeiro ou o último sábado do mês.

E o Cavuca, também sugere que os aniversariantes tenham liberdade de escolher o tipo de bebida.

Fica aí a sugestão.

PIADINHAS DO CAVUCA - 2

A SOGRA

Um belo dia, uma senhora que tinha 3 filhas, todas muito bem casadas, decidiu testar a predisposição dos seus genros a seu respeito...
Assim, um dia, resolveu sair para um passeio com o primeiro genro à beira do lago ...e de repente caiu dentro d’água.
Sem titubear, o genro jogou-se na água e a salvou.
No dia seguinte, este encontrou diante de sua casa um carro zerinho com uma mensagem no pára-brisa:

MUITO OBRIGADA MEU QUERIDO GENRO.


Alguns dias depois, a senhora fez o mesmo com o segundo genro. Também ele jogou-se logo na água para salvá-la.
E também ele, na manhã seguinte, encontrou um Peugeot 206 novinho com uma mensagem no pára-brisa:


MUITO OBRIGADA MEU QUERIDO GENRO.



Alguns dias depois, fez o mesmo com o terceiro genro.
Enquanto a sogra se afogava, o genro, olhando-a sem fazer absolutamente nada, pensou: "Finalmente! Já era hora de esta bruxa sumir de uma vez por todas!"
No dia seguinte, porém, também ele encontrou diante de sua casa um carro zero, com uma mensagem no pára-brisa...
DO SEU SOGRO QUE MUITO LHE ESTIMA, OBRIGADO !
**************************************************************
O SONHO DA ESPOSA
A mulher acorda o marido no meio da noite e diz, emocionada: "Querido, sonhei que você estava me dando um colar de brilhantes! O que será que esse sonho quer dizer?" E ele responde: "Você vai saber no seu aniversário..." O aniversário chega, o marido entra em casa com uma caixa retangular, maravilhosamente decorada. A mulher se agarra ao pacote, rasga o papel, abre a caixa e dentro encontra o livro "O significado dos Sonhos"...
*************************************************************************************
Ó Giiiiiiiiiillllllllllda !!!
Helena e Gilda, duas solteironas, tinham uma farmácia. Entra um homem na farmácia e pede uma camisinha.Helena traz uma pequena:-
É pequena ! Reclama o freguês.
E Helena traz uma maior:
- Ainda é pequena .. E Helena pega a maior do stock.
- Desculpe, mas tem de ser maior....
Helena grita prá Gilda (sócia) que está lá nos fundos da farmácia:
- Gildaaaaaaaaaa! Tem um homem aqui que precisa de uma camisinha maior que a XXL...!!!!! O que eu ofereço?
E Gilda responde:
-Casa, comida, roupa lavada e sociedade na farmácia!

domingo, 2 de agosto de 2009

CONTOS DO MUNIR - 2

A LUZ AZUL
A luz azul , ninguém sabe de onde veio. Tinha um brilho intenso, quase sobrenatural, parecia uma pedra preciosa. Muitos marinheiros foram apreciá-la e ficavam imaginando, com espanto, o mistério de sua criação.Não apareceu no mar nem no céu, nem por isso foi menos admirada. Na verdade surgiu dentro do contra torpedeiro, em um dia de muito sol e de mar tranqüilo, durante um exercício de adestramento. Creio que o primeiro a observá-la foi o sargento eletricista Jesus que, apesar do nome, era muito supersticioso e, na ocasião, era o supervisor dos motores elétricos na praça de máquinas, naquele tempo chamada de Bala-4. O Jesus era um bom eletricista e, no inicio, pensou tratar-se de um curto-circuito. Depois afastou essa hipótese ao perceber que todos os medidores estavam normais, nenhum fusível queimado e nem cheiro característico. A luz continuava lá no fundo, bem ao lado de um dos eixos principais.O Jesus começou a ficar preocupado, principalmente por estar sozinho e se comentar que o pessoal do Veleiro Almirante Saldanha teria tido um contato com um Disco Voador. Telefonou já meio assustado para o chefe de máquinas e depois para ooficial de serviço no passadiço que avisou ao Comandante. Foi difícil para o chefe descer na Bala-4. A essa altura a notícia se havia espalhado pelo navio e a praça de máquinas estava lotada de marinheiros querendo ver a misteriosa luz azul. Como a luz só podia ser vista por determinados ângulos, alguns marinheiros se sentiam frustrados por não enxergá-la. Os que a viam se julgavam privilegiados e, como estávamos em dezembro, alguns chegaram a associar o seu aparecimento ao sargento Jesus, que, já aflito e nervoso pediu para dar um pulinho na enfermaria. Afinal, o chefe de máquinas conseguiu chegar mais perto da luz: era um pontinho com um brilho vivo, muito semelhante ao de uma pequena água marinha. Parecia uma daquelas lâmpadas minúsculas de enfeitar árvores de Natal. Intrigado, o chefe calçou luvas grossas de borracha e com um pedaço de madeira, procurou alcançar a luz azul que desaparecia toda vez que elea tocava.A princípio foi custoso identificar e trazer para a realidade a confirmação de que a luz azul era apenas o mar penetrando, com sua claridade, por um pequenino orifício aberto por corrosão galvânica. Naquela época os oficiais usavam, para anotações, os antigos lápis Fáber; as canetas esferográficas eram raras ou não existiam. A luz azul, autêntica água-marinha, foi apagada, que pena! com um lápis que serviu de batoque para vedar a entrada do mar no porão da Bala-4.
NOTA: Eram oito contratorpedeiros todos com nomes iniciados pela letra“B” recebidos dos Estados Unidos na Segunda Guerra. A propulsão era Diesel-Elétrica tinham quatro praças de máquinas, duas para os motores diesel e duas para motores elétricos. O fato se passa em uma das praças de eletricidade, mas precisamente no sistema de refrigeração e aproximadamente cinco anos após o termino da guerra. Uma canalização de ferro galvanizado foi substituída por cobre e bem próxima ao casco do navio. A ação galvânica ocasionou a corrosão.