sexta-feira, 30 de abril de 2010

CONTO DO JOSÉ FRAJTAG

OS NOVOS MANDAMENTOS

30 de dezembro 2055, 3.00 am GMT. Uma mensagem tenta entrar nos computadores do mundo inteiro, através da Internet e do programa WORD:



- Eu sou o Senhor, vosso Deus e a partir de hoje, ordeno que todos passem a respeitar o décimo primeiro mandamento que é: NÃO POLUIRÁS!
.

Instantaneamente, a função autocomplete dos computadores acrescentou a seguinte linha:
- Ao comprar o novo automóvel SOLAR MAX, a sua melhor escolha, terás a garantia que ele não polui o meio ambiente!

.
- Então estou conversando com um computador!!! Quero o comando central!!! Não quero o autocomplete...

- As Lojas “COMANDO CENTRAL” São excelente escolha para as suas compras. Queira por favor preencher os seus dados no formulário. Basta clicar no ícone que o SOLAR MAX chegará à sua residência em no máximo três dias, em qualquer cidade do planeta!
Houve alguns minutos de silencio. Ai mais uma mensagem chegou!

.
- Eu sou o Senhor, vosso Deus e a partir de hoje, ordeno que todos passem a respeitar o décimo segundo mandamento que é: RESPEITARÁS NÃO SOMENTE OS PAIS, BEM COMO A TODOS, PRÓXIMOS OU DISTANTES.

.
O autocomplete..:
- Lembre-se de seus pais, dê para eles o SOLAR MAX o carro do ano.

.
- Isto é um insulto! EU SOU O SENHOR SEU DEUS! Exijo respeito!

- Se exiges respeito, só o SOLAR MAX, tem o poder de respeitar o seu orçamento!!!
.
- SOU O SENHOR SEU DEUS E TENHO TODA A PACIENCIA DO UNIVERSO! Eis mais um mandamento o décimo terceiro: NÃO DILAPIDARÁS SEU PATRIMONIO EM VÃO!
- O Senhor é o cliente ideal, mas SOLAR MAX é o único carro que poupa seu patrimônio e que não abusa da sua paciência!

.
- SOU O SENHOR SEU DEUS. Eis mais um mandamento o décimo quarto: TOLERARÁS ATÉ MESMO OS QUE PENSAM DIFERENTE DE VÓS!
- Ao experimentar o SOLAR MAX, todos os outros veículos ficarão intoleráveis.

.
- Eu tentei, mas vocês venceram! Fiquem apenas com os Dez Mandamentos anteriores! AMIM!* @
*Presumo que seja assim que Deus daria Adeus!

Autor:José Frajtag
E-Mail: josefrajtag@ymail.com

domingo, 25 de abril de 2010

CONTOS DO MUNIR - 37

COLISÃO NO MAR

Submarino – Missão Impossível

Era uma vez- no tempo da Guerra Fria

Cenário: Operação de Adestramento OTAN VII

No exercício: navios ingleses, americanos, italianos, alemães e o submarino alemão U-27.

.
O submarino, supostamente soviético, era o grande inimigo, tinha por missão afundar o navio-aeródromo a fim de evitar que seus aviões atacassem Bases e Arsenais na Yugoslávia.
.
Missão de alto risco, as fragatas que lhe davam proteção e cobertura muito bem adestradas. Contavam com equipamentos sonar e armamento de última geração tecnológica.

.
Na verdade Missão Impossível. Para o comandante do submarino não havia objetivo que não fosse conquistado. Intimorato e audacioso, veterano da Segunda Guerra, vazar aquela cobertura seria tão fácil como dizia a canção dos submarinistas alemães.

.
Consegue passar pelos dois contratorpedeiros, pontas de lança que iam adiante do arco das fragatas na guarda do porta-aviões.
.
Na torreta do submarino, luzes vermelhas iluminavam os rostos jovens e tensos dos oficiais da equipe de ataque. Pareciam alertar para o perigo.
.
Atentos as decisões e ordens de seu comandante:
.
Periscópio !
O periscópio é içado.
.
Marcação! Top! Distância! Top!
O marinheiro auxiliar lê em voz alta os dados iluminados por sua lanterna.
.
Próxima observação em um minuto! Informar distância do alvo principal!
A distância é informada.
.
Preparar para lançamento de salva de torpedos com os tubos de proa!
De repente, a tela do sonar na torreta se ilumina e tem início no áudio um ruído aterrorizante de cavitação dos hélices de um contratorpedeiro vindo da popa do submarino.
.
Alerta da equipe sonar! Diz o imediato chefe da equipe.
Sugerimos urgente observação periscópica: - setor popa!
.
O comandante retruca:-
Na outra observação!
Periscópio! Fragata pela proa aproximando-se de forma perigosa! Marcação! Top! Distância! Top!
.
O marinheiro auxiliar ilumina novamente com a lanterna portátil a leitura da marcação e distância.
.
Equipe sonar: Contratorpedeiro em fase final de ataque pela popa!
.
Comandandante: Periscópio! Fragata pela proa! Marcação! Top! Distância! Top! Observação setor popa!
.
O comandante só vê a tinta cinza da proa do contratorpedeiro.
.
O ruído virtual torna-se real e mais amedrontador.
.
O oficial no controle da profundidade segue, por iniciativa própria, a rotina de colisão: isola a torreta, corta a energia e inicia o mergulho para a cota de segurança.
.
Na torreta todos mudos e cegos, só ouvidos nos ensurdecedores hélices do contratorpedeiro. Logo seu casco arrasta-se com estrondo de encontro ao periscópio e outras partes altas em um nunca mais terminar. No choque a lanterna portátil rola para o poço do periscópio estilhaçando-se.
.
O U-27 inclina-se para baixo, em quase 45 graus em uma descida vertiginosa. O trepidar agora vem das máquinas, funcionando na potência máxima em “flank”.
.
Na torreta as luzes de emergência não se acendem. O circuito de comunicação interna desativou-se. O silêncio de vozes e o medo de sentir o mar tão perto invadem o ambiente.
.
Alguém fala e pede um cigarro. Um fósforo é aceso, logo apagado para não consumir oxigênio. Deu para ver, pela breve chama que os vazamentos eram mínimos e não perigosos.
No compartimento de manobra, logo abaixo, o oficial de controle chama a torreta em vão. Por um instante se convence que a torreta esteja alagada e todos lá tenham perecido.
.
O submarino prossegue sem parar em seu mergulho.
.
80;100; 120;140;160; 180; 200 PÉS.
.
Na torreta dá para sentir que a vibração e a inclinação para baixo diminuem.
O submarino volta ao seu silencio habitual.
.
Finalmente o U-27 estabiliza em 220 pés.e começa a subir lentamente.
.
Aos 120 pés o alívio. A voz do oficial de manobra retorna interrogando com apreensão se está tudo bem.
.
Recebe de volta em uníssono um emocionado:
PARABÈNS PELA MANOBRA! TUDO BEM!
.
A energia é restabelecida, o telefone subaquático é ligado.
.
Uma área de segurança é demarcada para que o U-27 venha superfície e retorne a sua base em Kiel.
.
O periscópio em um ângulo inusitado de 90 graus, mas não arrancado que foi a sorte nossa e de vocês estarem lendo esta história.
.
“Wir früher home SCHEISE! Meister son of a bitch”
.
Assim me contou o Fritz, já bêbado em um Festival de Cerveja de Munique.
.
A expressão em alemão também é dele.
Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CONTOS DO MUNIR - 36

AMERICAN WAY
.

Era uma vez um contratorpedeiro.
.
Éramos três oficiais brasileiros a bordo do contratorpedeiro americano USS PERRY. A parte teórica do curso de Tática Anti Submarina havia terminado na Fleet Sonar School em Key-West, FLÓRIDA. Embarcamos para um estágio de 30 dias no mar, em exercícios com submarinos.
.
No BRASIL, o Presidente condecorava com a ordem do Cruzeiro do Sul o revolucionário e depois lendário herói cubano Che Guevara.
.
Aparentemente, não havia, por parte da oficialidade americana, mudança do trato em relação a nós brasileiros.
.
Os exercícios ocorriam sob a supervisão de instrutores, da escola de sonar e de oficiais de bordo, sem hora prefixada e todos os dias. Em um determinado dia, não nos convocaram para o normal adestramento.
.
Notamos que o navio seguiu um rumo fixo e, ao cair da noite, avistávamos luzes de terra, ao longe.
.
Foi então que subi ao local do centro de operações de combate, onde estavam os equipamentos de sonar e radar.
.
Já passava das 22:00 horas, lá se encontrava de serviço um dos nossos instrutores de bordo, um primeiro tenente convocado após ter terminado seu curso civil de engenharia eletrônica. Explicou que a terra no radar era CUBA, os pontos luminosos: navios soviéticos, estavam sendo identificados por suas (deles) emissões de radar. Perguntou se eu não gostaria de ajudá-lo. Obtendo resposta afirmativa, passou-me um livro onde estavam catalogados diversas freqüências de radar e os tipos de navios que as usavam. Ficamos trabalhando em conjunto por quase duas horas.
.

Pouco depois, subi ao passadiço onde estava outro oficial de serviço, um tenente cursado em Anápolis, logo me vendo, perguntou: “what are you doing here, you are supposed to be sleeping” (o que você está fazendo aqui? Você deveria estar dormindo). Disse isto de forma não muito amigável.
.
Ainda deu para ver: Havana iluminada e as diversas silhuetas de navios de guerra, americanos e russos. Estávamos no meio de uma guerra fria que já se tornava quente.
.
Na manhã seguinte, já com o navio longe do cenário da noite anterior, relatei o fato ao Imediato. O Comandante tomou conhecimento e, sem saber que decisão tomar, transmitiu por rádio a situação ao Comando da Força Tarefa que se absteve de decidir e encaminhou o assunto para o Comando de Operações Navais que deixou o julgamento para o Pentágono.
.
À tardinha, veio a ordem para que o navio abandonasse a operação e regressasse a Key-West a fim de nos desembarcar juntamente com um capitão-de-mar-e-guerra americano, da reserva, cumprindo a bordo seu estágio bi-anual de adestramento.
.
No retorno, avistamos uma embarcação com uma vela improvisada, praticamente à deriva, com cerca de dez pessoas a bordo, inclusive crianças, e, que acenavam por socorro.
.

O Comandante manobrou para o resgate e trazendo-os para bordo, verificou que eram cubanos fugindo para Miami. Mandou-nos chamar para que servíssemos como intérpretes. Eram duas famílias cubanas há dois dias no mar, suas propriedades haviam sido confiscadas pelo novo governo, sentiam-se ameaçadas.
.
As crianças enfraquecidas pelo enjôo, a água já racionada, ninguém tinha mais forças para remar. Todos já bastante maltratados por queimaduras solares.Foram encaminhados para a enfermaria.
.
Chegamos a Key West à noitinha e desembarcamos de lancha. Os cubanos seguiram de helicóptero para um destino por nós ignorado.Fomos realojados na Base Naval.
.

No dia seguinte, tivemos notícia que nosso regresso ao BRASIL se daria na data prevista para o término do curso, embora ainda faltassem quinze dias, até lá estaríamos liberados.Isto porque o avião da Força Aérea Americana que nos transportaria já estava com sua programação fechada com os nossos nomes.
.
O mesmo acontecendo com o capitão-de-mar-e-guerra americano da reserva. Acontece que ele era dono de uma cadeia de lojas em Nova York. Tinha vindo para Key West em seu iate. Convidou-nos para almoçar a bordo aonde fomos, e passamos a champanhe e caviar. Pediu desculpas pela forma como tínhamos sido tratados e sentia não poder nos levar para um passeio em seu barco.Iria regressar, naquela mesma tarde, para Nova York, onde morava, em avião de carreira. Os negócios o esperavam.
.
Resolvemos ir para Miami, lá ficamos quinze dias comendo hambúrguer e tomando coca-cola.
COMENTÁRIOS
1)O navio seguiu para uma área de conflito com três oficiais da Marinha de uma nação cujo presidente se manifestava claramente hostil à política do governo americano.Intencionalmente ou desconhecimento de que estávamos a bordo?
2)Note-se a diferença de comportamento entre o oficial procedente do meio civil e o de carreira, cursado na Escola Naval de Anápolis.Personalidade ou formação?
3)O fato de surgir uma ocorrência não prevista nos Manuais, levou a decisão até ao Pentágono.O Comandante poderia decidir?
4)O Comandante não hesitou em cumprir um dever humanitário, nos convocando inclusive para ajudá-lo.
5)A programação, inicialmente estabelecida para o nosso retorno, teria que ser cumprida apesar dos acontecimentos.Poderia ter sido mudada?
6)A percepção do mais experiente, no caso o capitão-de-mar-e-guerra americano, de que nos era devido um pedido de desculpas.Ou terá sido por ser um civil fardado?
7)O enfoque de alguém do setor privado comparado ao militar.Tempo é dinheiro!
8)Finalmente o jeito brasileiro de seguir o AMERICAN WAY.
Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com

segunda-feira, 12 de abril de 2010

CONTOS DO MUNIR - 35

HELENA

Era uma vez uma garotinha chamada Helena.
.
Existem mil e uma Helenas, as famosas: a de Tróia que na verdade era rainha de Esparta e só passou a ser de Tróia por ter sido raptada por Páris príncipe troiano. As Helenas das novelas de Manoel Carlos, as Helenas de Vinicius e Chico Buarque. Todas belas e disputadas.
.
Das Helenas de meu tempo de menino, me lembro bem, a principal, minha mãe que um dia arremessou um açucareiro de vidro quebrando-o na cabeça do botequineiro português que usando um costume lá da terrinha me deu um beliscão. A outra uma pretensa namoradinha a quem ofertei um gerânio vermelho, provocando ciúmes no Manoel que subiu a rua me ofendendo, me chamando para brigar e só briguei porque o desafiei a me dar um tapa, o que ele fez de imediato. A minha sorte ou meu azar foi revidar com um soco no nariz dele e o sangue fluir, e sua mãe ir a minha casa se queixar, o que me valeu um bom castigo de meu pai severo.
.
Uma outra Helena era a primeira da minha turma de ginásio, mas, tinha um método especial de colar. Escrevia a cola nas coxas, na hora da prova cruzava as pernas. Levantava a saia e copiava, confiava nos nossos bons professores que só miravam suas pernas, (belas, eu me lembro, também, confesso, gostava de observar) e fingiam não ver a cola por medo de perder o espetáculo.
.
A nossa Helena ainda é pequenininha, mas já deu alterações e muitas, ela veio ao mundo durante uma guerra, não a dos gregos e troianos, mas uma guerra assimétrica onde não era possível delinear os combatentes, nem as armas que usariam e nem quando terminaria.
.
Um dia ou numa noite reinou uma trégua e Helena foi surgindo.
Bela e destemida, sua vontade imperava e a Paz ela dominava e pedia com seu sorriso de menina carinhosa a quem nada poderia ser negado.
.
Bem devagarzinho a tempestade foi amainando, os raios e trovões, os estampidos dos canhões e os gritos de guerra diminuíam na razão inversa do aparecimento dos dentinhos de leite de Helena.
.
Sei lá por que, o fato é que a sua primeira palavra não foi, nem “mamãe”, nem“papai” e sim “


***************************
Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com

sexta-feira, 9 de abril de 2010

ARTIGO do GUI

Mentira...1º de Abril

O 1º de abril foi consagrado jocosamente à mentira. Ela nos acompanha desde os primórdios, se tornando o símbolo do abismo que nos separa do MESTRE. Na criação, o Príncipe da mentira, SATANÁS, maquiavelicamente, aproveitou-se da ingenuidade, desobediência, fraqueza, falta de juizo e + outros 7 pecados de Eva e fomos expulsos, não merecedores da perfeita convivência com DEUS. Ódio, inveja, irmãos da mentira, fez Caim matar Abel, seu irmão e desconversar quando indagado pelo SENHOR. Moisés, fazendo justiça pelas próprias mãos, assassinou o egípcio, enterrando-o na areia, ocultando-o. Abraão mente a Abimeleque, Rei de Gerar, omitindo ser o marido de Sara, DEUS veio ao Rei em sonho prometendo matá-lo caso a possuísse. A prostituta Raabe mentiu ao Rei de Jericó, escondendo os espias hebreus entre as canas do linho. Labão mentiu a Jacó, trocando Raquel por Lia na noite de núpcias, obrigando-o a se casar com a primogênita. Trabalhou 7 depois + 7 anos. Davi mentiu e matou Urias premeditadamente por amor a Bate-Seba. Sansão é enganado por Dalila, perde sua força e capturado, seus olhos são vazados. Ester omite sua origem judia ao Rei Assuero, é feita Rainha e salva seu povo do extermínio. Judas por 30 moedas de prata, trai JESUS com um beijo. Pedro mente 3X antes do galo cantar, negando covardemente ser discípulo de JESUS. Sacerdotes judeus mentem, maquinam, sublevam, influenciam até conseguir a crucificação de JESUS, subornam soldaddos vigias do sepulcro criando a lenda que roubaram o corpo, negando a ressurreição. Papa Gregório IX criou o Tribunal da Santa Inquisição, mentindo e matando judeus, cristãos e árabes. Papa Urbano II, criou as Cruzadas, mentindo, pilhando e matando em nome de CRISTO. Hitler, no Holocausto, mente até ao povo alemão, saciando sua fúria genocida. Cavalo de Tróia, gigantesco mentiroso presente de grego, abrigam em seu interior inimigos que tomam a cidade. Kruschev e Fidel mentem na crise dos Mísseis em Cuba, quase 3ª guerra mundial. Americanos mentem cercando a Rússia com Ogivas Nucleares. Nixon mente no Watergate. PT mente, batom na cueca cheia de U$$, e obstruem a justiça. Lobos na pele do Cordeiro. Presidente Kennedy e Bob, seu irmão, mentem por amor a Marilyn Monroe, sacrificada por falar a verdade, Mentem padres pedófilos, pastores bilionários. Mentem dirigentes do FLAMENGO à nação RUBRO-NEGRA, maior que as estrelas do céu e os grãos de areia do mar. Mente Maria Chuteira vendendo seu corpo e sua alma para os craques milionários com cara de empada borolenta. Verdade que mata: Dr. eu nunca melhoro, cada vez enxergo menos, vou ficar cega? Faço o que posso mas Diabetes cega. Sai da clinica e se joga debaixo do carro. "Mentira" que salva. Dr. câncer tá me matando (+pálida do que o mármore). Que nada! Hoje v. está bem melhor, já estou vendo a sua alta na mão! Será? Animada agüenta + alguns meses e as células tronco a salvam! Lá vem o Jorje, a mulher dele tá saindo com José. Conta pra ele. Eu não! Melhor mentir, ele não vai acreditar. Eu sou João, não tenho 1 tostão, minha mulher gosta de me enganar, só quer transar e separar pra ganhar pensão. Comigo não violão, eu não vou pagar pensão pro Ricardão. Prefiro ser corno solto, pra cadeia não vou não, não tenho situação. E assim a gente leva a vida na fantasia. Ou chora e esperneia ou vibra com alegria. Afinal quem é perfeito? Meninos brincam na rua e disputam um papagaio.É meu! Não, é meu! É só meu! Ganha quem contar a mentira + cabeluda! OK!! Cada uma!!! Padre passa e repreende: Que vergonha, mentindo, quando era criança NUNCA contei 1 mentira! É padre o Sr ganhou...
Eu sou o caminho a VERDADE e a vida...JESUS CRISTO.
Francisco Apocalypse Dantas -Médico Escritor
E-mail apocalypsedantas@uol.com.br

quarta-feira, 7 de abril de 2010

CONTOS DO MUNIR - 34

PRESSA E PÃO DORMIDO
.

Era uma vez:
.
Dois companheiros, da já considerada terceira idade, se encontram, por acaso, em uma copiadora de Botafogo. Um deles é grandão, de largura e altura.
.
Estavam na fila, um (o grandão) já para ser atendido e o outro logo atrás. Entra uma senhora, parecendo estar com muita pressa. Tenta passar a frente. Não consegue chegar à testa da fila porque o homenzarrão ocupa todo o espaço, coloca-se atrás dele e agita um papel para o funcionário da loja.
.
O amigo, que agora ficou a seguir, diz para que ela tome cuidado com algum movimento brusco de seu companheiro, por ele ser pesado e ela muito próxima dele.
.
Virando-se, a senhora diz:
- Obrigada, o senhor é muito comunicativo, gosta de conversar, não é?
.
Também gosta de dançar?
.
E agitando mais uma vez o papel: Isto aqui é a certidão de óbito de meu marido. Lá no cemitério estão me pedindo cinco cópias para ele poder ser enterrado.
.
Mas a vida continua, não é?
.
Ele bateu no ombro do amigo, pediu para que cedesse espaço e concluiu:- É..., ela está realmente com muita pressa!
* * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * *

Segunda história
Em outra ocasião, esses mesmos companheiros se encontram, não mais por acaso, de manhã cedo no Arpoador.
.
O mar estava azul, a água cristalina, o sol aquecendo de forma agradável. Um convite para um banho de mar. Como estavam de tênis e usando short por cima da sunga, precisavam de alguém que olhasse seus pertences enquanto estavam n’água.
.
Um grupo de senhoras, também de terceira idade, estava conversando, eles perguntaram se não poderiam deixar ali perto suas roupas.
.
Sorrindo amigavelmente elas disseram que sim.
.
Os dois amigos foram mergulhar a alguns metros dali.
Perto deles, por coincidência ou não, (creio que não) estava uma jovem muita bem feita de corpo, usando um biquíni minúsculo, com uma tatuagem em forma de serpente, na altura do quadril. Coroas, como eram, achavam que podiam olhar impunemente.
.
Eles tomaram seu banho de mar e foram buscar a roupa.
.
Ao chegarem perto do grupo, as senhoras pararam de conversar. Um deles disse:

-Não se preocupem, nós não ouvimos nada!
.
Uma delas replicou:

-Nós estávamos, justamente, dizendo que vocês são dois pães!
.
A jovem, a da tatuagem, estava também saindo da praia e passando perto não pôde deixar de ouvir. Por vingança ou ironia, completou:
.
-É mesmo!! Dois pães dormidos!
.
No que uma das senhoras, mais do que depressa, respondeu:
.
-É, em inglês, se diz “yesterday bread”.
A morena acrescentou:
.
-Fui modelo na America e pão dormido é “Stale Bread”
****************
Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com