quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

CONTO DO JOSÉ FRAJTAG

"Últimas notícias, incrível! Conforme prometemos, este é o fantástico texto escrito pelo milagroso Richard Brighton Brown, que foi encontrado gravado no computador da Clínica Meadows de Los Angeles. O INTERJOURNAL, sempre na frente conseguiu o texto com exclusividade graças ao nosso editor chefe que é muito amigo do Dr. Chris Meadows, dono da clínica que produziu esse extraordinário feito. O Dr. Meadows, que criou a tecnologia adotada já é um forte candidato a novo premio Nobel de Medicina no próximo ano de 2056, pois já o ganhou em 2053. O texto tinha muitos erros gramaticais que foram corrigidos por nossos revisores, porém foi integralmente mantido em sua essência. Perdoem-nos caros leitores por um ou dois palavrões, porém perfeitamente cabíveis no contexto. Somente para os nossos assinantes: O texto original, antes da revisão encontra-se no nosso site".

O ACIDENTE

Preâmbulo

Há três dias acordei aqui nesse quarto após um coma que durou 23 anos. Vou descrever minhas experiências e tentar recapitular minhas idéias. Irá preencher meus momentos de tédio absoluto. Será um grande passatempo:

Capítulo 1

Dia 20 de dezembro
- Caralho!- Não tinha a menor idéia de onde estava. Tentei me mexer, mas estava totalmente paralisado.
- Que diabo deve ter acontecido comigo? -Pensei, em pânico. Minha visão estava embaçada, parecia que um vidro torto tinha se posto entre meus olhos e o mundo.
- Que lugar é este, porra! Pense, pense, pense, seu desgraçado! No que você se meteu dessa vez? Ou seria “sua desgraçada”?

Eu estava tão fora de mim que não sabia nem se eu era era um homem ou uma mulher. Tentei chorar, mas não foi possível.
Meu Deus!Nem isso para me aliviar! Vou enlouquecer!
Devo ter ficado assim muito tempo, até que finalmente uma pessoa vestida de branco apareceu na minha frente.
Aquele vulto se movimentava e parecia não perceber que eu precisava de ajuda. Tentei gritar, mas nenhum som saia de minha garganta.
Oh Deus!Pensei eu, seria pedir demais nesse momento que alguém me ouvisse e me socorresse?
Poderiam ter-se passado apenas minutos, mas tive a impressão de que se passaram horas, até que aquele vulto, ou já seria outro, se dignasse a me dar um pouco de atenção. Ele se aproximou o suficiente para que traços de seu rosto pudessem ser discernidos. Era uma mulher! Tentei falar de novo, mas nada!
A mulher, certamente uma enfermeira, falava; Ao menos eu percebia que seus lábios se movimentavam. Eu também estava surdo ou quase! O som que ouvia era muito abafado e eu nada entendia! Esta situação desesperada levou mais alguns minutos, até que ela pegou uma placa branca e rabiscou uma frase em grandes letras:
Que bom que conseguimos acordá-lo, senhor Brown. Fique tranquilo, que estamos fazendo tudo o que é possível. O senhor sofreu um grave acidente e está totalmente paralisado.
Foi isso então! Sou um homem então e meu nome é Brown! - pensei eu. Ela apagou essa frase após um ou dois minutos e escreveu outra:
Estamos providenciando um link de computador para que o senhor possa se comunicar conosco. Pedimos paciência, pois é complicado e demorará algumas horas. Tornou a apagar e escreveu:
Estamos lhe monitorando e alimentando através de sondas, portanto não haverá necessidade do senhor nos pedir nada. Pelo monitor saberemos todas as suas necessidades. A propósito meu nome é Dolores.
Quase fritei os miolos para lembrar que porra era esse “link”, mas a imagem do que era me veio de repente.
Parece que Dolores adivinhava mesmo, pois mal eu estava começando a me entediar apareceu uma grande TV que foi posta em minha frente. A imagem estava embaçada, mas era discernível. Parece que pouco a pouco minha visão melhorava. Eu conseguia até ler as legendas, que iam aparecendo na parte inferior da tela.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a data que aparecia no canto direito da tela. 20/DEZ/55. Eu estaria vendo direito? A última coisa da qual me lembrava com certeza era que o acidente seja o que for que tenha sido, tinha acontecido em outubro de 2032, o que significaria que eu estaria em coma há 23 anos!
O choque da descoberta foi demasiado e desmaiei.

Capítulo 2

Dia 21 de dezembro
Ao acordar vi a data na TV e percebi que mais um dia havia se passado.
A promessa de me conectarem a um computador foi cumprida. A TV era o próprio monitor do computador. Quando percebi já estava tudo pronto. Graças à conexão, o tempo parecia passar bem mais rápido e o tédio desapareceu.
Nada mais de teclados físicos. Para começar, me ensinaram a manobrar os comandos. Aprendi que bastava olhar para uma letra de um grande teclado virtual na linha de baixo do próprio monitor e fixar o olhar por uma fração de segundo e a letra aparecia no monitor. No início era muito cansativo, pois errava muitas letras e tinha de voltar para apagar. Tive de treinar muito para que pudesse ficar mais que alguns poucos minutos escrevendo, sem que minha visão embaralhasse. Em pouco tempo passei a digitar com velocidade razoável. Explicaram-me que no mais era como um computador qualquer e que eu poderia salvar meus textos.
Comecei logo perguntando:
- Quem sou eu e COMO? Tentava ser o mais telegráfico possível.
Estas minhas tentativas e a formação da primeira frase provocaram uma verdadeira comoção no quarto. Veio uma multidão observar, até que resolveram responder:
Na tela aparecia a resposta:
- O senhor é Richard Brighton Brown, e tem 65 anos. O senhor era presidente e fundador da “Brown’s Cybertronics”, de Los Angeles. Em 15 de outubro de 2032, seu jato particular caiu no parque Yosemite na Califórnia, quando o senhor viajava de L.A. para Houston. Hoje é 21 de dezembro de 2055. O senhor está totalmente paralisado e as chances de que venha a se recuperar são muito pequenas, porem o senhor não deve perder de todo suas esperanças. Estamos tentando de tudo, pois todos lhe querem muito bem. Sua esposa Angela tem 58 anos e tem vindo todas as semanas para lhe visitar, assim como suas duas filhas gêmeas Carla e Charlie que tem 35 anos. Elas prometeram vir e já estão a caminho, pois já sabem que o senhor finalmente acordou. Elas já estão planejando o Natal mais feliz dos últimos 23 anos. Para lhe preparar o espírito, estas são as imagens de seu rosto antes do acidente e de sua família.
Na tela aparecia a imagem de um belo homem, que não aparentava mais de 30 anos. Ora! Era uma imagem antiga, e a principio não me reconheci nela. Fiquei com ela na minha frente vários minutos. Esforcei-me ao máximo.
Lembre, lembre, seu filho da puta! Esse aí sou eu!
Pouco a pouco, porém a imagem foi ficando mais e mais familiar. A meu lado devia estar Angela, que também reconheci com dificuldade. Tentei chorar, mas nem isso conseguia. Foi aí que ao ver as gêmeas, sentadas um pouco mais abaixo, senti como se fosse a gota d’água e desmaiei.

Capítulo 3

Dia 22 de dezembro
Perdi de novo um dia inteiro. Quando acordei, vi vários vultos na minha frente.
- Angela? Digitei.
- Não, infelizmente. Sou a Dolores, lembra? Ela esteve aqui ontem, dia 21 junto com as gêmeas, logo após o senhor ter desmaiado, mas elas lhe deixaram uma gravação. Aí vai ela!
Deus, oh Deus! Esperei tanto e justo no momento de revê-las eu tinha de ter desmaiado! Mas não tive tempo para ficar me lamentando muito, pois as imagens começavam a aparecer.
- Dickie, meu querido! Ficamos extremamente felizes quando soubemos que você tinha acordado. Mal conseguimos acreditar! Seu médico é um gênio e sempre nos disse para confiar nele que ele lhe salvaria. Ai está! Levou anos, mas você está lúcido e até nos reconheceu nas fotos, segundo nos disseram. Foi pena que não pudemos nos comunicar, mas voltaremos dia 24 à noite para comemorarmos juntos o Natal. Descanse bastante e evite se emocionar demais como hoje.
Agora era a vez das gêmeas. Lindas! Mal podia acreditar como elas tinha se tornado tão lindas mulheres. Não dava para saber qual era Carla ou Charlie.
Paizinho! Falava uma delas. Estamos muito contentes e estaremos mais ainda quando o senhor sair dessa. Estamos rezando muito e o Dr. Meadows nos deu muita esperança. Segundo ele existem novas tecnologias que poderão lhe tirar desse hospital muito em breve.
É verdade, papai disse a outra, pode acreditar em Charlie, pois também ouvi o Doutor falando a respeito.
- Droga, droga! Dr. Meadows, o senhor Está aqui?
- digitei eu, interrompendo momentaneamente o vídeo.
Como posso acreditar nessa esperança se nem chorar eu consigo?
- Sim, meu caro Richard, eu estou aqui! Acho que após 23 anos já tenho intimidade para lhe chamar assim, não é? Realmente a sua situação é grave, mas estamos tentando todas as possibilidades. As novas tecnologias de que falam suas filhas se relacionam a transplantes. O senhor só está vivo devido a descobertas que foram feitas anos antes do seu acidente. No seu caso teremos de transplantar vários órgãos.
- Posso ver como fiquei?
Perguntei.
- Não, meu amigo. Não achamos conveniente e nem que isso lhe fizesse bem. A sua aparência ainda não está boa o suficiente. Tememos que isso aumentasse inutilmente a sua angústia.
- Quando poderei me ver?
- Paciência, é só o que lhe pedimos. No momento adequado, o senhor poderá se ver.

O Doutor Meadows se despediu e o filme de minhas filhas prosseguiu de onde havia parado.
- Confie no Doutor Meadows papai! - prosseguia Carla. - O que ele fez para lhe salvar é algo inacreditável. Impossível mesmo de se imaginar que alguém além dele conseguisse. Até o Natal!
As três fizeram sopros de beijos e o filme se desligou.
- Senhor Brown, agora é Dolores a plantonista quem escreve. O senhor prefere dormir ou quer que liguemos a TV?
- Pode deixar a TV ligada, ela não me incomoda se eu desejar dormir! Deixe num canal que tenha notícias e filmes.
Assim foi feito. Vi em seguida algumas comédias antigas. Parece que escolheram um canal que me deixasse mais bem humorado. A tentativa deu e não deu certo. Em alguns momentos eu até conseguia esquecer minha situação e em outros eu cheguei a perder o fio da história, pois pensamentos de autocomiseração, não largavam de minha cabeça. As propagandas é que me faziam sorrir mais do que tudo. Saber o que havia mudado nos últimos anos, foi curioso. O que me chamou mais a atenção foi saber que a Coca-Cola e a Pepsi haviam deixado de produzir as famosas bebidas e se dedicavam agora só a bebidas saudáveis, à base de frutas.
Aí começou o noticiário:
"Richard Brown, ex-presidente da “Brown´s Cybertronics”, após acordar milagrosamente do seu coma no dia 20, já consegue se comunicar com seus médicos e parentes. É o mais famoso paciente da Clínica Meadows. Depois de amanhã comemorará o Natal com sua família. Veja mais após os comerciais!" Logo após os comercias o monitor se desligou por alguns minutos, e perdi o inicio da reportagem, porem soube de minha história com mais detalhes. Eu estava levando importantes documentos necessários ao desenvolvimento de novos produtos da minha empresa, que provocariam impacto no seu lançamento. Era eu mesmo que fazia as pesquisas e minha empresa sofreu sério baque, vindo a falir poucos meses após o meu acidente. Os bens da família foram, porém preservados. Minha esposa e as gêmeas estavam muito bem de vida e capazes de suportar o meu caríssimo tratamento. Repetidas vezes a tela ficava negra e sem som. Acho que alguém na Clínica fazia uma censura nas imagens mostradas. O que será que queriam esconder de mim? Certamente imagens minhas com o corpo deformado.
Minha memória pouco a pouco ia melhorando e pude lembrar muito do que aconteceu antes do acidente. Lembrei que estava em tremenda disputa de patentes com minha arqui-rival a “Lewinston”, que acabou assumindo a minha empresa. Tiveram a delicadeza de preservar o antigo nome da “Brown”. Ambos queríamos provar termos a patente do melhor monitor de pulso, que enviaria dados médicos para uma clínica central, que tomaria atitudes imediatas para salvar sua vida. Eu estava usando um protótipo dele no meu pulso e segundo soube foi justamente isso que me salvou.
No vôo eu levava para Houston onde a disputa estava sendo julgada, documentos originais, que provariam definitivamente que havíamos registrado a patente do monitor antes.
A “Lewinston” principal interessada no sumiço dos documentos foi investigada exaustivamente, mas nada se provou sobre um possível atentado.
Uma coisa eu tinha acabado de lembrar. Os documentos que eu levava não eram os originais e sim cópias autenticadas. Lembrei onde eu tinha posto os originais. Eles estavam guardados num cofre secreto na “Forever” , uma Cia. de Seguros. Tentei dar um sorriso vitorioso, a “Lewinston” iria finalmente pagar todos os seus pecados. Nem sorrir de verdade eu conseguia, mas minha família iria receber um belo presente de Natal. Comecei a escrever as minhas memórias para encher o tempo. O que escrevi até agora é uma recapitulação de memória. Daqui para frente estou por assim dizer "on-line". Ao pensar em presentes de Natal, ajudado por Dolores, acessei o meu cartão de crédito e escolhi lindos presentes, enviando-os para a minha casa.

Capítulo 4

23 de dezembro
Minhas habilidades estão melhorando a cada minuto. Já consigo manter uma conversa continua. A medida que vou ouvindo as perguntas que me fazem vou digitando as respostas simultaneamente, com a fabulosa tecnologia digito bem rápido.
- Senhor Brown, pare de escrever tanto, o senhor precisa descansar.
Era Dolores que vinha saber como eu estava.
- Ora Dolores, eu já descansei 23 anos seguidos! Tenho que recuperar o máximo desse tempo perdido.
- Senhor Brown, infelizmente vou ter de lhe fazer um procedimento que talvez seja muito doloroso. Para isso vou ter de anestesiá-lo.
- Não, não, Dolores, por favoooo...

Capítulo 5

24 de Dezembro
Acordei às cinco da tarde. Maldita Dolores, que me fez dormir quase um dia inteiro. E nem me falou qual foi o tal procedimento.
Mas de certa maneira foi bom, pois só mesmo dormindo muito e escrevendo, consegui vencer a angústia e aguentar até a chegada de Angela e das meninas. Elas entraram no quarto, quase em seguida, antecipando em algumas horas a sua vinda. Tinham sorrisos de orelha a orelha. Ficaram alguns minutos acenando para mim e depois pegaram seus microfones e começamos um "Chat" . Vocês podem imaginar a minha emoção ao vê-las.
- Dickie, meu querido, que bom vê-lo acordado! Disse Angela.
- Eu que o diga, meus anjos. Que bom que chegaram cedo, pois não aguentava mais a espera. Tenho presentes para todos vocês! Eu os encomendei com ajuda de Dolores. Estarão em casa quando chegarem. Mas o melhor de todos é o seguinte... E contei para elas dos documentos e onde estava a chave do cofre, o seu segredo e tudo o mais.
- Dickie, Dickie, que lindo de sua parte pensar na gente, com todos os seus problemas. Nem precisava, pois temos tudo o que poderíamos querer para duas ou três gerações. Seus bisnetos estarão bem de vida!
- Mas querida, não posso deixar o pulha do Lewinston se dar bem a nossa custa. É uma questão moral.
- OK! Então. Vamos entrar com uma ação de perdas e danos contra ele.
- Agora quero falar com minhas lindas filhinhas! Contem-me tudo!
- Paizinho, é a Charlie quem fala e estamos todos muito bem. Nós nos casamos, mas ambas nos separamos. Estou sozinha agora e não tive filhos, mas Carla tem dois meninos, o Richard e o Peter com três e dois anos. Eles estão lá fora com a babá. Não os deixamos entrar para não se chocarem com o avô!
- Paizinho, é a Carla agora, aí vão as fotos e alguns vídeos dos meninos.
Em seguida aparecem as imagens de dois lindos garotinhos com a mãe e o ex-marido. Tive vontade de chorar de emoção, mas lágrimas imaginárias brotaram no fundo de meu coração!
- Queridas! Nunca pude imaginar que iria passar por momentos como esse! Não tenho realmente palavras que expressem o que estou sentindo, mas é alegria pura! Até esqueço minha situação, só queria poder abraçá-las.
Angela emocionou-se também e a pintura de seus olhos correu por seu rosto em dois filamentos negros. Ela pegou em sua bolsa um pequeno espelho, voltou-se de costas para mim para retocar a maquiagem. Pelo reflexo estou podendo me ver! Aleluia! Espere aí, estou atrás de um vidro! Ora! Para quê é esse vidro? É por isso então que não enxergo direito! O espelho dela se mexe e posso ver mais.
- Mexa-o um pouquinho mais querida! Só mais um pouquinnnnnnnnnnnnnn...

EPÍLOGO

"Boa noite amigos, este é o seu Jornal da Tela! Deveríamos hoje estar comemorando e desejando um feliz Natal a todos, porém infelizmente faleceu ontem em plena véspera de Natal, o milagre que tanto cativou o planeta! Richard Brighton Brown, de 65 anos, dos quais 23 passou internado na Clínica Meadows, após o terrível acidente com o seu jatinho. Todo o mundo civilizado acompanhou durante esses anos todos a sua incrível história e agora com emoção acompanham a imagem do seu enterro transmitida pela TV. Deixou inconsoláveis sua esposa e suas lindas filhas gêmeas, que aparecem ai na tela ao lado de Angela Brown sua mãe.
É realmente emocionante caros espectadores e nos perdoem as minhas lágrimas. Não só eu, mas todos nos nossos estúdios choram! Estamos consternados! O nosso Presidente decretou luto nacional por três dias!
Ele sofreu uma comoção cerebral após finalmente perceber o seu verdadeiro estado através de um reflexo no espelho de sua mulher. Para relembrar, revejam as imagens. Nessa ele aparece antes do acidente e nessa outra imagem com a mulher Angela e as filhas ainda pequenas. Ele foi o primeiro ser humano que foi mantido vivo dentro de uma redoma de vidro, numa solução nutritiva, agu
ardando transplantes, que no seu caso acabou não sendo feito. O Dr. Christopher Meadows, que aparece aqui e dispensa apresentações, foi o premio Nobel de medicina de 2053, graças a essa tecnologia revolucionária, que até agora era realizada apenas em animais. Certamente o do próximo ano também estará garantido. Brown, que está dentro desse “aquário” que aparece agora na tela de sua TV, deixou um incrível relato de suas experiências, que poderá ser lido agora mesmo na nossa página na INTER. Foi escrito por ele mesmo no monitor da Clínica, apesar de que, como todos já sabem, ele tinha preservada apenas a sua cabeça. Mais notícias no nosso site e após os nossos comerciais". @

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"Cotas, Calções & Rock`n`Roll"

A noite de sábado, dia 18 de fevereiro de 2006, ficará marcada para sempre na memória daqueles que assistiram ao megashow dos Rolling Stones na Praia de Copacabana, na Cidade do Rio de Janeiro, não só pela dimensão planetária do espetáculo, como também pela demonstração ao mundo da existência, em nosso país, de uma consagrada e abundante miscigenação de raças que gerou o que podemos, orgulhosamente, denominar de Nação Brasileira.

A Praia vibrava e explodia de energia sob os olhares de milhões de cidadãos que apreciam música, diversão e calor humano.

Nada mais democrático do que a escolha do cenário deste evento haver recaído sobre as areias de uma das praias mais famosas do mundo: Copacabana, um dos símbolos de nossa querida cidade, que ainda permanece "Maravilhosa" em nossas mentes e corações.

E não podia ser diferente, por sua indiscutível beleza e por ser a praia o único lugar do mundo em que todos são iguais perante os seus próprios trajes de banho, sejam multicoloridos ou não, grandes, pequenos, mínimos,... enfim, já que lá, são eles a única referência.

Naquele ambiente de muita luz e abundante oxigenação não existe espaço para considerações pontuais e oportunistas do tipo: cotas raciais, herança escravagista, dívida histórica, origem afro-brasileira, raízes culturais, discriminação racial, mensagens de autoridades, políticos, intelectuais, artistas, campesinos, ..., até por que, à beira-mar, todos têm consciência de que o entendimento de nossas vias públicas grita, aos quatro cantos, que o Brasil possui a mais completa sopa de povos do planeta Terra.

Na orla, a beleza humana ignora e sufoca teorias esdrúxulas e mesquinhas; pessoas claras e escuras juntas, abraçadas, namorando, brincando, sorrindo, jogando voleibol, futebol de areia, peteca, cartas, lendo jornais, revistas ou folhetos, bebendo muitas "cervas" geladas, refrigerantes, água mineral, mate, tomando sorvetes, abocanhando "sandubas", sardinhas fritas, camarões no espeto e até queijo de coalho, parecem que entoam em suas mentes o refrão "Deixa a vida me levar, vida leva eu..."

Dava gosto ver aquela massa humana se remexendo "prá valer" aos acordes de Satisfaction ou cantando, não importando se falavam "hum-hum" ou o inglês de Oxford, Bronz, Cambrigdge, Londres, Nova Iorque ou o nosso muito conhecido "Inglês Fonético". O que estava em jogo era participar do maior espetáculo praiano do século: "O Show da Banda dos Rolling Stones na Praia de Copacabana".

E parafraseando um dos maiores ídolos da música brasileira, o nosso saudoso Tim Maia, que repetiu durante décadas: "Naquele dia, Valeu: Valeu Tudo!".

Com tantas demonstrações de igualdade entre nós, brasileiros, surgiram de uns anos para cá, legítimos oportunistas de carteirinha ora encastelados em tribunas públicas, ora debruçados sobre cátedras, ora travestidos de povos africanos, deitando falação de que éramos escravagistas e que os negros, no Brasil, sempre foram discriminados, segregados, amontoados nas prisões e nunca tiveram reais chances de progredirem socialmente.

Será que essa turba insana e irresponsável já meditou quanto ao fato de que alguns de nossos melhores escritores, artistas, músicos, professores, esportistas, etc. possuíam ou possuem a cor da pele, escura? Recuso-me a chamá-los de negros, mas sim mestiços, tal qual a mim mesmo, de pele mais clara.

Perdi a conta do número desses educadores que tive o privilégio de ser aluno já a partir do antigo Colégio do Atheneu São Luiz, lá na Rua Silveira Martins, no bairro do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ. Meus colegas da época lembram-se, até hoje, do famoso Professor de Latim e Língua Portuguesa, Pompílio da Hora.

E aqueles integrantes das forças armadas e auxiliares, polícias federais, estaduais, civis e militares, advogados, médicos, psicólogos, cientistas, jornalistas, escritores, vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais, federais, ministros em todos os escalões da república, ... afinal, como eles galgaram esses postos? Asseguro que não foi em razão da doutrina nazista de cotas raciais, até por que, é sabido, esse conceito está ultrapassado, acadêmica, militar e definitivamente desde a IIª grande guerra mundial.

A lamentar que tenha sido necessário um conflito bélico envolvendo as principais nações do planeta e que ceifou milhões de vidas para que fossem demolidos os alicerces da tresloucada tese do ditador Hitler que pregava a supremacia racial ariana. Como é sabido, após contribuir, decisivamente, para destruir a própria Alemanha, o covarde "demente" suicidou-se.

Quanta leviandade mascarando objetivos inconfessáveis, interesseiros e escusos! Quanta Falácia!

Naquela inesquecível noite, a maior banda de rock`n`roll tocou para - segundo a mídia - dois milhões de espectadores, sabidamente, mestiços. Chamar alguém de branco ou negro no Brasil, além de erro grotesco, procura mascarar uma verdade guardada, há séculos, neste país. Aqui, como no resto do planeta, não existem mais raças puras, sejam elas quais forem.

O que persiste é a obsessão de alguns arrivistas em constituir novos núcleos de poder ou nichos eleitorais e deles tirar o máximo proveito nem que para isso seja necessário idealizar, estimular e promover conflitos de qualquer natureza com impacto para as futuras gerações de nacionais.

Estou cansado de ler, escutar ou assistir, através da mídia, indivíduos de fala articulada ou não discorrendo sobre a discriminação racial no Brasil, logo aqui, sabidamente, um território que poderia ser chamado "a verdadeira feijoada completa dos povos do planeta".
Falar em existência de raças puras é brincar de Pinóquio ou chamar os demais cidadãos de ignorantes.

Mais uma vez, identifica-se que os radicais e divisionistas de sempre querem acender fogueiras para testarem a solidez do sistema democrático do Brasil, na esperança de que surjam corpos ensangüentados em praças públicas que venham a justificar seus atos insanos e premeditados. É o que poderíamos denominar de demente sonho de intransigentes, envelhecidos, ultrapassados, frustrados e inconformados ideólogos de um ultra-esquerdismo terceiro-mundista.

A sociedade brasileira vem assistindo - por enquanto ainda calada - a invasões de terras e próprios públicos, bloqueios de rodovias, avenidas, ruas, saques em centros de abastecimento e em caminhões transportadores, agressões e seqüestros de servidores públicos, funcionários ou colaboradores de órgãos públicos e empresas privadas pela ação criminosa de milícias integradas por participantes dos chamados movimentos sociais e/ou grupos de indivíduos considerados inimputáveis que incorporam aos personagens cenográficos - que dizem representar - bordunas, facões, lanças, tinta de urucum, penas de araras, ... apesar de vestirem, cotidianamente, trajes civis e da moda, portarem celulares e telefones, por satélite, dirigirem carros importados e participarem do lucrativo comércio da venda ilegal de madeiras de lei.

Esses últimos, contabilizando algumas centenas de milhares, já controlam expressivas porções do território nacional, benesses essas concedidas pela decisão de apenas 11 (onze) togados, algo inacreditável em se tratando de um país com mais de 190.000.000 de habitantes. Não tenho qualquer dúvida de que nossa Suprema Corte um dia será responsabilizada por futuras e imprevisíveis conseqüências geo-políticas de tão lamentável sentença.

Chega a soar como hilário que 11 (onze) cidadãos tenham tido o monárquico poder de entregar substantiva parcela do território nacional a alguns poucos milhares de outros, de origem índígena, ignorando o quantitativo da população brasileira e sequer cogitando que decisão de tal envergadura somente deveria haver sido tomada por via plebiscitária.

Essas reordenações da terra pátria tomadas a partir de uma não disfarçada pressão de grupos políticos internacionais e locais enchem de júbilo poderosos interesses industriais estrangeiros que se preparam para avançar em fatias cada vez maiores de nossos estoques de bens estratégicos.

Enquanto isso, os demais cidadãos que pagam impostos estão proibidos de transitarem pelas áreas territoriais já demarcadas. Para fazerem jus a tal restrição é suficiente, tão somente, que sejam brasileiros. Os donos de ONGS, ao contrário, sempre tiveram trânsito livre naqueles rincões, principalmente, se o idioma por eles falado for o inglês.

É importante que a sociedade brasileira realize, enquanto ainda dispõe de tempo, que essa história de cotas raciais, insegurança pública generalizada, comércio ou livre trânsito de grandes quantidades de armas de guerra e drogas proibidas em todo o território nacional, bloqueios a qualquer momento de estradas de ferro, rodovias, avenidas ou ruas, pajelanças em praças e/ou órgãos públicos, invasões de propriedades privadas e próprios públicos, seqüestros e assassinatos de funcionários públicos, policiais, juízes, promotores, prefeitos, etc. faz parte de um mesmo pacote que objetiva comprovar, mundialmente, que se não possuímos condições de garantir o ir e vir de nossos cidadãos, não somos competentes para deter a posse e o controle das maiores reservas de água doce, minerais estratégicos e florestas do planeta.
Esse é o estuário onde pretendem fazer desembocar nossa república federativa. Nessa ocasião, muitos de nós não estaremos mais por aqui para defender o que nacionais honrados e competentes nos legaram, no passado, seja através de firmes determinações, vitoriosas batalhas ou competentes tratados.

Finalizo, agradecendo à banda dos Rolling Stones, que com sua maravilhosa performance na Praia de Copacabana, na Cidade do Rio de Janeiro, me forneceu decisivos argumentos para afirmar, com todas as letras, que a política de cotas raciais, no Brasil, faz parte de um ambicioso projeto de contorno fascista que tem como objetivo final minar nossa ordem democrática e reduzir a soberania nacional brasileira.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

CONTOS DO MUNIR - 23

DELEGACIA DE POLÍCIA
O Zezinho era porteiro do prédio onde eu guardava meu fusca.
Um dia chegando de uma cerimônia militar, uniformizado, ele me pediu par a dar uma força na 14*DP, onde se encontrava preso o seu tio e padrinho, há mais de dois dias. Perguntei qual tinha sido a causa da detenção, a resposta foi que numa batida policial o tio subia a Niemeyer às três horas da madrugada e fora apanhado por estar sem documentos.
Ele, Zezinho, já havia levado para a delegacia a identidade e a carteira profissional de seu “dindo” e mesmo assim não o soltaram.
Sua tia estava desesperada. Já estava faltando pão. Ele me solicitava, então, se eu não poderia ir até lá falar com o delegado.
Acreditando ser justo o seu pedido, ainda mais que o Zezinho era muito boa praça, resolvi ir com ele na mesma hora.
Chegamos na 14ª no Leblon, é bem perto de casa. Fomos prontamente atendidos, naquela época os militares gozavam de bom prestígio.
Perguntamos pelo tio do Zezinho; o delegado nos disse que existia um problema. Aquele senhor já havia sido detido anteriormente no mesmo local. Explicou: naquela ocasião portava um facão ensangüentado, informação que a Central lhe havia transmitido.
Aborrecido, inquiri o Zezinho sobre isso; espantado disse desconhecer o fato.
Insisti com o delegado para apurar mais o assunto. Ele entrando em comunicação com a Central obteve a resposta de que aquele caso já havia sido esclarecido. Que o facão tinha sido usado para degolar uma galinha preta em um despacho preparado pelo tio e por isso fora logo libertado naquela vez. O delegado se prontificou a soltar o padrinho do porteiro. Mandou um policial buscá-lo.
Ele chegou muito zangado, ao me ver, falou que o seu sobrinho não tinha nada que incomodar o comandante. Parecia muito descontente em ter que sair da cadeia e continuava a reclamar do Zezinho.
Achando estranha a sua atitude, solicitei ao delegado se ele poderia me esclarecer o que estava acontecendo. Sorrindo ele me disse que o tio se oferecera como voluntário para liderar a faxina da delegacia que era feita pelas moças recolhidas, à noite, nas avenidas Vieira Souto em Ipanema e Delfin Moreira no Leblon.
Que a tia do Zezinho poderia esperar um pouco mais...

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

CONTO DO JOSÉ FRAJTAG

A TURMA

CAPITULO I
- E bebamos a isto! Derek batia o seu caneco de encontro ao do Dr. Phillip.
Todas as sextas, o arquiteto não faltava o encontro da turma. E este era especial, pois era a última sexta-feira do ano de 2051.
- A mais um ano de sucesso! - dizia Helen, uma das únicas mulheres a frequentar o Delano´s, simpático bar de Boston.
- Sucesso é um pouco de otimismo de sua parte, mas obrigado Helen. – retrucava Derek, batendo seu caneco no dela também, pensando se foi realmente bom esse ano 2051 que terminava. Na realidade teve bem menos projetos executados que no ano anterior, mas era 2052 que prometia cumprir os vaticínios de Helen.
- Derek, precisamos conversar. -desta vez era o Dr. Phillip que chamava Derek para uma conversa em particular.
- Dr. Phillip, veja bem este não é um bom momento! Estamos celebrando um novo ano! Venha ao meu escritório na próxima terça-feira. Será o primeiro dia de trabalho do ano e aí conversaremos sobre tudo!

O Dr. Phillip chegou bem cedo naquela terça, dia 2 de janeiro ao escritório de Derek e não perdeu tempo indo direto ao assunto.
- Escute-me Derek! A turma vai se desfazer! Fui encarregado para te dar esta notícia. Cada um vai tomar o seu caminho.
- Mas como é possível? Nenhum deles nunca me disse nada a respeito. Já nos conhecemos há.... quinze anos não é?
- Eles se preocupam, pois sabem que a tua saúde é frágil e você poderia não suportar. Como sabem que sou médico, teu orientador e psicanalista julgam-me a pessoa mais capacitada para te apoiar neste momento.
- O que está acontecendo?
- Cada um tem seus motivos e assim é a vida! Outras turmas virão e talvez sejam melhores para você, quero dizer para nós, pois eu não vou te abandonar.
- Bom ao menos isso, meu bom Dr. Phillip. Mas quando isso vai ser?
- Não sei ao certo! Pode ser mesmo amanhã ou pouco mais tarde e nem todos irão ao mesmo tempo. Esteja preparado!
- Está bem, Doutor. Serei forte!


Na 6ª feira seguinte estava tudo aparentemente normal. Todos estavam lá sem exceção e então Derek foi se dirigindo a um de cada vez para saber o que estava ocorrendo:
- Helen minha querida, o Dr. Phillip me disse coisas que me deixaram muito deprimido. Que história é essa? Vocês vão embora?
- O que você está dizendo meu bem? Não estou sabendo de nada! Dr. Phillip deve ter entendido mal, mas pelo menos de mim é que não ouviu essa. Pergunte ao Antoine, pois ele é o mais cheio de novida
des daqui.
- Então Antoine? Foi você o autor dessa noticia?
- Você deve estar brincando Derek! De onde saiu esse papo doido? Não tenho planos para me mudar. Boston para mim é a cidade ideal, onde tenho um bom emprego, boa casa e onde criei meus dois filhos.
- Explique-me isto Dr. Phillip! Repita de novo para mim o que você me disse no escritório!
- Tenha calma Derek, pois o pessoal está querendo te poupar e fazendo com que tudo vá bem devagar. Todos temem por tua saúde.
Ao se virar Derek percebeu que Helen tinha saído.
- Você viu para onde ela foi Dr. Phillip?
- Que bom que você perguntou primeiro para mim. Sou eu o único que pode explicar! Helen não existe, nem nunca existiu. Ela era apenas fruto de sua imaginação. Eu estou te tratando com um medicamento experimental e você vai ficar ótimo.
- Você está mentindo Dr. Phillip, não sei por que e isto é um absurdo. Já a conheço há quinze anos também como a todos os outros.
- Pergunte a... como é mesmo? Antoine não é? Sempre esqueço nomes.
- Antoine, você ouviu esse louco dizer essa merda? Conte a verdade! Para onde foi a Helen?
- Quem? Helen? De quem você está falando? Desculpe-me, mas não conheço nenhuma Helen! Ao menos da turma.
- Isto é um complô! Deve ser uma brincadeira e posso garantir que é de muito mau gosto.
- Infelizmente não. Porque não perguntas ao Michael? Ele vai dizer com quem está a razão.
Derek se dirigiu ao balcão onde Michael preparava seus famosos drinques.
- Michael, por favor, pelo amor que tens a teus filhos, diga-me a verdade. Você sabe quem é a Helen, não sabe?
- Claro Derek!
- No que Derek deu um suspiro de alívio. Michael iria acabar com a brincadeira- Ela está ali, como sempre bebericando o seu Gin Tonica, mas nunca soube que você a conhecia.
Quando Derek dirige seu olhar para a direção apontada por Michael, vê uma total desconhecida, apenas vagamente familiar.
- Mas, não é esta a “nossa” Helen.
- Desculpe-me Derek, mas esta é a única que conheço. Nunca vi nenhuma mulher com vocês.
Derek quase cai ao chão no que é amparado por Phillip.
- O que está acontecendo comigo Dr. Phillip? Estou enlouquecendo?
- Tenha calma Derek. Isto vai ser um longo processo e só ao seu final poderei lhe contar tudo.

CAPITULO II

- Phillip, nunca pensei que você pudesse trair a minha confiança- era o Dr. Frank Silvester da Biogenesis Enterprises. Como você pôde se apossar de um medicamento ainda em processo de avaliação? O “Schiz” ainda não foi aprovado pelo FDA. Podemos ser processados!
- Foi em desespero, Silvester! O que você faria o mesmo se o seu melhor amigo estivesse se destruindo em meio a uma terrível esquizofrenia. Ele é um caso raríssimo que é capaz de construir várias vidas completas.
- Quem é esse seu “paciente”?
- Derek Willi
ams, que na realidade se chama Thomas Foster, vê várias pessoas que nunca existiram e até criou uma profissão que nunca teve. Na sua fértil imaginação ele que é um simples arquiteto Junior, se julga dono da empresa em que trabalha. Como ele conseguiu esconder o problema de seus superiores é algo que não sei como explicar. Não quero interferir, pois ele é capaz de fazer o seu trabalho com incrível competência para pessoas no seu estado. Talvez por isso seus patrões o mantenham em plena atividade, mesmo achando que ele seja um tanto excêntrico.
- Explique-me como tem conseguido tratá-lo?

- É simples. Toda 6ª feira nos encontramos no Delano´s. Você conhece! É aquele bar perto do Quincy´s Market. Lá eu ponho algumas gotas do “Schiz” em sua bebida com ajuda de Michael, o barman. Comecei há um mês e basta uma vez por semana. Os efeitos já estão se manifestando. Antes eu o fiz assinar um documento concordando com tudo.
- Está bem, Phillip OK! Terás o meu apoio, mas mantenha sigilo sobre isso. Eu vou enviar um funcionário altamente capacitado da nossa Empresa para secretamente te apoiar, pois você o está fazendo de cobaia e as sequelas ainda não estão bem determinadas. Aliás, você também deve assinar um documento concordando com a supervisão, pois a Biogenesis não pode correr riscos.
- Concordo e assino embaixo. Fique totalmente tranquilo Silvester. Ninguém saberá de nada, nunca!
De volta ao Delano´s no dia 12, Phillip encontra Derek na sua mesa e num estado lamentável. Bêbado a ponto de quase não reconhecer o bom doutor.
- Derek, sou eu, o Dr. Phillip! Você está sozinho? Você não deveria beber tanto, pois a medicação pode ser prejudicada.
- O Antoine foi ao banheiro e volta já. O Mark esteve aqui rapidamente, mas já foi embora. Disse que tem um encontro com uma nova namorada e que vai ficar um tempo sem vir, por causa disso. Assim, só nós dois da turma estamos aqui hoje. Melhor que nada. Sinto falta da Helen e sentirei a do Mark também.
- Derek, fico muito sentido por esse momento triste, mas você vai superá-lo. Tenha certeza disto. Agora muita atenção. Nunca mais toque no nome de Mark para o Antoine, você promete?
- Por que mais essa? Você vai quere me dizer o quê? O Mark existe porra! Ele até me disse que é médico como você e que trabalha na sua empresa!
- Não quero que você fique emocionado a toa. Ponha uma pedra sobre o assunto e pronto! Não é difícil, não é mesmo?
- Tá bom! Tá Bom! Vou agir como se ele nunca tivesse existido! É isso que você quer? Mas eu sempre me lembrarei dele!
- Não, Não! Você tem de esquecer o Mark e também da Helen, pois seria péssimo para a continuidade do teu tratamento.
- Dr. Phillip! Pelo amor de Deus, quem mais vai desaparecer?
- Infelizmente não posso adiantar nada para você, pois também seria prejudicial.
- Michael, por favor, mais um uísque.
- pediu o doutor - Desta vez traga duplo, pois a noite vai ser longa.
- Peça um duplo para mim também, Michael!
- disse Derek.
- Não, Michael, traga apenas um suco de laranja para o Derek. - avisa o Dr. Phillip ele não deve beber mais hoje. Derek concorda a contragosto. O uísque e o suco, rapidamente como sempre foram colocados na mesa.
- Derek, meu bom amigo. As coisas daqui para frente devem se acelerar e você tem de estar preparado. Mas fique bem tranquilo que depois de terminado o processo, você vai ter outro rumo em sua vida.
- OK! Dr. Se eu não confiar no senhor, em quem mais eu poderia?
- Por exemplo: Você deve ter notado que Antoine está demorando no banheiro, não é? Pois acho que ele não volta mais.
- O que é isso Doutor!!!Leve-me para casa, pois acho que vou desmaiar.
- OK! Derek! Está bem! Deixe-me ao menos terminar o uísque. Pegue suas coisas. Não esqueça o notepad.
- Está doido! Nunca o esqueceria. Nele está meu último projeto. Se o perco, acaba meu emprego.
- Mostre-me! Nunca vi nenhum trabalho seu!
Derek dá alguns clicks e pressiona a sua digital no notepad. O Aparelho o reconhece e fala:
- Seja bem vindo senhor Foster!Em que posso lhe ser útil?
- Senhor Foster??? Que merda é essa
!-Berrou Derek. Trocaram meu notepad?
- Essa é a pior parte, meu caro Derek! Seu nome não é este e sim Thomas Foster.
Sim você é arquiteto! É uma das únicas verdades de sua vida.
Derek, digo Foster, estava branco como papel e tombado em uma cadeira. Sua boca abria-se de um modo que seria cômico se não fosse sério! O Dr. Phillip pediu ao barman uma toalha gelada e uma bebida para Foster. Era impressionante que ele sempre abria o seu notepad, ouvia o seu verdadeiro nome, mas “ouvia” na sua mente conturbada o nome Derek, que só existia em sua imaginação. Michael, sempre solícito, providencia a toalha gelada.
- E agora Foster, deixe-me ver algum de seus projetos.
O mais incrível é que mesmo totalmente esquizofrênico como era, Foster era realmente um arquiteto competente. O Dr. Phillip mesmo não sendo da profissão, ia abrindo página por página e admirava-se com a sucessão de plantas perfeitas, fotos de seus projetos construídos, ou maravilhosas perspectivas dos que ainda não haviam sido executados.
Foster foi pouco a pouco acordando daquele torpor e incrivelmente aceitando a situação. O "Schiz", parecia mesmo funcionar e o Dr. Phillip já se sentia feliz em saber que poderia esfregar a vitória no nariz de Silvester, seu sócio. Ficariam ricos com a venda do produto.
- Silvester, não morres tão cedo, diz Phillip ao ver o seu sócio entrando no Delano’s.
- Vim ver finalmente o resultado de tudo. Meu funcionário secreto me informou de tudo. E aí como vai o teu paciente? Podes me apresentar?
- Infelizmente, não! Como previa o “Schiz” foi um sucesso impressionante e finalmente Foster está finalmente a caminho da normalidade. Todos os personagens de sua incrível imaginação se foram. Aliás, você ainda não o conhecia, não é mesmo?
- Phillip, é claro que não o conhecia, mas você não precisa se preocupar, pois já sei tudo o que precisava sobre esse Foster e o resto da turma. E parabéns, pois é a primeira vez que o “Schiz” realmente funciona.
Phillip o olha estranhamente e diz:
- Como assim? Foster? Turma? Como é? O que é Schiz? De quem você está falando?
- Fantástico! Cheguei mesmo no momento exato! Meu funcionário fez um excelente serviço. Daqui para frente, por favor, senhor Phillip, não me chame mais de você e sim de Doutor Silvester, pois o senhor está curado!
@

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

CONTOS DO MUNIR - 22

CONTO DE NATAL: "O PRESENTE"

Carlos Augusto completa hoje, dia 22 de dezembro, 46 anos, é submarinista e tem orgulho do submarino que comanda. Estava de regresso à Base no Rio de Janeiro, após a missão de trinta dias, o submarino já na superfície.
Nas proximidades do Natal, as recordações do seu tempo de criança afloram mais fortemente e sempre agradece a Deus e a um tio o melhor presente que recebeu quando menino.


A cena continuamente retorna à sua memória:
A árvore de Natal na sala do apartamento em Brasília, seus enfeites azuis, vermelhos, prateados, as luzes também em cores num piscar que o fascinava.
Outra lembrança o fez sorrir e intrometeu-se em seus pensamentos: naquele tempo não gostava de seu aniversário tão próximo do Natal, era argumento de que seu presente seria melhorado no dia 25. Ainda bem que nem todos pensavam assim, e talvez esta a razão de ter recebido a dádiva que mudou sua vida.

Transportou-se novamente à Brasília, a maior parte da família reunida no apartamento onde moravam, por ser do Banco Central era o mais espaçoso.
Era Natal, não se poupava energia, os blocos e os edifícios se acendiam e seu reflexo iluminava o céu. Era um clarão, avistado ao longe, para guiar quem chegasse de avião ou de carro.
Lembrou-se de algo na árvore que em outras ocasiões não lhe ocorrera, uma coroa dourada adornando o topo, era ele quem normalmente chamava a atenção para o detalhe quando não a colocavam. Ao pé da arvore os pacotes: azuis para meninos, rosas para as meninas. Às vezes embrulhavam errado e a gozação era geral.
Muito se emocionava ao recordar das duas caixas azuis com seu nome. Uma dizia: aniversário, a outra: Natal. Seu tio Alfredo, oficial de marinha e de quem ele tanto gostava, as havia trazido recentemente dos Estados Unidos;
A caixa maior continha uma máquina fotográfica com flash embutido, foco e distância em automático e um motorzinho que avançava o filme na medida em que se fotografava; tecnologia de ponta para a época. Hoje, embora ele ainda a tenha, pouco usa, adquiriu uma digital que tem vídeo e áudio.
Na outra caixa um aparelhinho, com um visor parecendo uma lente e uma telinha, que ele não entendeu para que servisse. Era novidade.
Recordou, por sua curiosidade fixara-se na câmera querendo saber como funcionava fazendo mil perguntas que o tio explicava com carinho dizendo que ele iria tirar fotografias coloridas e slides iguais aos que ele trouxera da viagem e que iria mostrá-los. Para isso usaria o tal aparelhinho.
O tio Alfredo colocou um dos slides na ranhura do dispositivo, focalizou e, colocando-o no lado direito pediu que ele olhasse pelo visor. Seu primeiro movimento foi passá-lo para o olho esquerdo e o que ele viu foi a reprodução colorida da Estátua da Liberdade. Tempos depois iria vê-la e fotografá-la com a câmera que ganhara.
No segundo slide, o do Empire State, repetiu a troca e levava sempre o visor para o lado esquerdo, despertando a atenção do tio, que perguntou a razão de mudar de vista.
Respondeu:
- Eu não consigo ver!

O tio tampando com a mão sua vista esquerda perguntou o que ele via. Sua resposta foi que só enxergava vultos.
Naquela mesma semana sua mãe o levou ao oftalmologista que na consulta deu graças por terem descoberto a anomalia a tempo de corrigi-la, caso contrário perderia a visão.

No mês seguinte foi operado com sucesso. Oito anos mais tarde ingressava na Escola Naval.
Na mesinha da sala do apartamento de Carlos Augusto no Rio de Janeiro em uma pequena caixa de vidro está o aparelhinho com um único slide que mostra sua foto de menino com uma tarja preta no olho esquerdo. Em uma plaqueta de metal a inscrição: Meu melhor presente.
Quando as pessoas perguntam o que ele tinha na vista esquerda, Carlos Augusto diz:
"Nada, essa era a vista boa que tinha que ficar tapada para que eu me acostumasse a ver com a outra..."

COLUNA DO AUGUSTO ACIOLI

"Caminhantes, passageiros & motoristas"

Indiscutivelmente, nós, moradores da Cidade do Rio de Janeiro possuímos um dos mais fantásticos acervos de belezas naturais de nosso planeta, além de um povo - em sua imensa maioria - maravilhoso; pena que há mais de duas décadas não estamos conseguindo desfrutá-los.

Retornar mais cedo para casa deixou de ser um mero conselho de saúde de lavra de nosso muito querido Dr. Dráuzio "Fantástico" Varella e passou a ser uma regra de sobrevivência. As passeatas pela paz, única arma que ainda dispúnhamos, começaram a perder intensidade ou foram refreadas, à medida que seus participantes, desestimulados, passaram a perceber que elas, por mais incrível que possa parecer, se tornaram motivo de incentivo, júbilo e demonstração de poder de delinqüentes.

Além disso, diante de tantas provas, evidências, sofrimentos, internações, velórios e sepultamentos que ainda somos tristemente obrigados a testemunhar e participar, assistimos, com apenas o clique de um botão, matérias televisivas em que autoridades da área de segurança pública – através de programas com fantástica audiência - afirmam que os índices de insegurança pública na cidade do Rio de Janeiro são equivalentes àqueles obtidos nas principais cidades do mundo.

Gostaria de convidar algumas destas pessoas para caminharem, ao meu lado, em qualquer horário de movimento (óbvio, sem seguranças ou apoios logísticos, vestindo trajes civis e portando relógios, pulseiras, anéis e falando ao telefone celular) ao longo de toda a Avenida Rio Branco e/ou Rua São José, Avenida Presidente Antonio Carlos, Avenida Presidente Vargas, Avenida Atlântica, Avenida N. S. de Copacabana, calçadões das Praias de Copacabana, Ipanema, Leblon etc., enfim, seleção a livre escolha. Não sei se elas também aceitariam idêntico desafio em relação a determinados percursos de ônibus, tidos como "de adrenalina pura", tal qual nossa população é obrigada a fazer, diariamente, ao se deslocar através deste município. Taí, o desafio está lançado: peço, apenas, que eu seja avisado com alguma antecedência para tomar certas providências de natureza cartorária em benefício de meus herdeiros. A propósito, não vale a indicação das vítimas de sempre: ajudantes de ordem ou assessores!

A título de colaboração, reapresento algumas das mais simples sugestões que venho fazendo, infrutiferamente, ao longo dos últimos 20 anos a algumas graduadas autoridades da administração pública estadual e municipal. O dia-a-dia de nossos logradouros comprova que nenhuma providência foi tomada em relação às mesmas.

a) Novo conceito para o uso de apitos em vias públicas através da reformulação da metodologia de sua utilização na coordenação e fiscalização do trânsito da Cidade do Rio de Janeiro, conferindo-lhes uma importância tal, que somente sejam utilizados em caráter de imperativa necessidade.

Tenho plena convicção de que o município do Rio de Janeiro - com o emprego da medida proposta - conseguirá reduzir um significativo percentual do barulho existente na Cidade, um previsível e futuro contingente de pacientes surdos, uma importante causa do estresse de motoristas amadores e profissionais obrigados que são a ouvir o som ensurdecedor de apitos - operados como se fuzis fossem - todas as vezes que os sinais alternam o vermelho, o amarelo e o verde, independentemente, do fato óbvio dos condutores terem conhecimento prévio de suas responsabilidades cíveis e criminais em face da legislação que regula o uso das três cores sinalizadoras. Isto sem mencionar o fim do ridículo que tolamente passamos diante dos turistas estrangeiros que nos visitam e que ficam boquiabertos com tamanha aberração operacional;

b) Proibição Total e Imediata Paralisação da circulação de veículos que estejam promovendo o comércio de mercadorias e/ou serviços, bem como divulgando mensagens de natureza privada através de alto-falantes; não só pelo histórico desrespeito e deboche às leis de trânsito, às posturas municipais e aos contribuintes de IPTU, ISS etc, como também em defesa da segurança dos moradores do Município do Rio de Janeiro.

Quem garante que um grande contigente desses veículos entendidos ou tolerados, até hoje, como folclóricos, e que não são devidamente reprimidos pelos que deveriam se encarregar de fazê-lo, transitando, com total liberdade, aos sábados, domingos e feriados, não servem de cobertura para a circulação e distribuição de bens ilícitos, ou de estratégia para tranqüilos e precisos levantamentos de possíveis vítimas de seqüestros, roubos, mapeamentos de áreas a serem atacadas, ou para reportar a terceiros interessados, via telefone celular, a identificação e localização - todo o tempo - da ação policial nas ruas.

C) Proibição de que Cartazes e Pôsteres, de qualquer tipo, tamanho ou finalidade, sejam mantidos afixados nas janelas de veículos de transporte público e que continuem funcionando como verdadeiras cortinas de proteção para os marginais que atacam, humilham, ofendem, agridem e matam usuários e os que neles trabalham, transformando uma simples e banal viagem de ônibus em fila de espera no Corredor da Morte. Isto sem mencionar que também impedem os motoristas de usarem o retrovisor interno, os trocadores de prestarem apoio visual ao condutor e os passageiros de se defenderem em caso de uma colisão traseira. Em minha opinião, este tipo de mercadologia deveria ser alvo de imediata ação do ministério público estadual;

D) Rigorosa Fiscalização da limpeza das calçadas fronteiras a todos os estabelecimentos comerciais da Cidade, principalmente, aquelas diante de pontos de alimentação, e que têm sido responsáveis por graves acidentes e impunes fraturas geradas por quedas sofridas pelos transeuntes ao patinarem na gordura rotineiramente nelas despejadas, diariamente, ao final do horário de funcionamento ou mesmo durante a madrugada, por alguns proprietários e/ou responsáveis pelo funcionamento daquelas empresas.

Nunca li ou ouvi uma simples nota a respeito das teses que mais uma vez reapresento. Conceitos como os acima expostos são entendidos no dia-a-dia sob a ótica de "excesso de preocupação ou estresse de quem os formulou".

Finalizo com o seguinte pensamento de minha autoria:

"O conceito de Segurança Pública não deve estar circunscrito a cenários contendo armas, drogas, agressões etc, mas sim, englobando o combate a todos os agentes que dificultam ou impossibilitam a obtenção de qualquer um dos direitos constitucionais de um cidadão"

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CONTOS DO MUNIR - 21

O GATO FILÓSOFO

Era uma vez um gatinho que foi abandonado em uma floresta.Bem perto existia uma montanha onde havia muita neve.O gatinho era de cor preta, bastante escura e manchinhas brancas ao redor dos olhos. Não tinha raça definida.Na verdade era um gato vira-latas. Se fosse um gato persa ou angorá teria sido vendido para alguma artista chique ou alguma emergente.
Na floresta viviam macacos, pacas, caititus, cachorros do mato, cobras e lagartos, onças, muitos passarinhos, ursos e lobos. Não tinha nem leão nem tigre nem elefante nem girafa e nem camelo.

O gatinho sentiu-se muito só e começou a chorar de fome e medo.
Os macacos, pulando no alto dos galhos das árvores, só olhavam, sem dar bola para o recém-chegado. As cobras e lagartos estavam dormindo e nem sequer acordaram. Os caititus estavam muito ocupados, sujando seus colares brancos, fuçando a terra úmida à procura de alimento; nenhum deles pensava em abandonar o bando e sair dali para ver que bichinho gritador era aquele, todos com medo da onça.Os poucos cachorros do mato estavam longe dali caçando passarinhos.


Um urso grandão, que havia descido a montanha, ficou curioso em saber quem gritava de forma tão diferente dos sons da selva.Foi-se aproximando até ver o gatinho. Ficou muito confuso ao ver uma cria muito parecida com as suas, por causa das manchas brancas em volta dos olhos e que ele também tinha.
Esse urso é chamado “urso de óculos” por causa justamente dessas olheiras. Foram elas que salvaram o gatinho, pois o urso o agarrou pela boca e o levou para a sua caverna onde ficou abrigado.
A mãe ursa, que estava amamentando seus filhotes, acariciou o bichano e o juntou aos seus ursinhos.

O gatinho não podia crescer igual aos seus irmãos ursos, mas foi ficando muito esperto e aprendeu muitas coisas que só os bichos do mato sabem. Assim ele começou a pegar peixes no lago e se tornou o melhor caçador e pescador da floresta.Caçava e pescava para toda a família, era alguém importante.Observando os outros animais na mata, começou a perceber que era diferente de todos eles. Os outros bichos também notavam isso, porém, como ele era muito ágil e escapava de todos botes e armadilhas, passaram a respeitá-lo, ainda mais que a família urso corria a defendê-lo.
O gatinho foi crescendo e sentia uma falta muito grande, que não sabia dizer do que era. Ficava muitas vezes quieto e pensativo lá no fundo da caverna, onde morava com a família urso. A mãe ursa também ficava triste com isso, mas não sabia o que fazer. Imaginava que era a falta de uma companheira, mas os bichos mais parecidos que havia por ali eram as jaguatiricas maiores e ferozes.

O gato então começou a se perguntar por que era o único daquela espécie na floresta. Como tinha aparecido? Apesar de o urso grande já ter contado a história de como o tinha encontrado...
E foi então que ele quis saber de onde teria vindo, porque havia sido salvo e se estava ali só para ajudar a família urso a comer peixe. E cada vez mais curioso ficava. E tinha sonhos estranhos...Que a mãe, o pai urso, seus irmãos ursos eram todos do mesmo tamanho que ele. Brincavam de rolar pela terra, de puxar fios, de caçar passarinhos, de cair dos lugares mais altos sem se machucar e de fazer outras coisas que só gatos fazem.
Dizem que a indagação leva à sabedoria. Na verdade o gato sabia cada vez mais da vida dos outros animais, mas não conseguia decifrar o enigma da sua.
Um dia, depois de muito filosofar, resolveu pedir ao urso grande que o levasse até ao local onde havia sido encontrado. Lá chegando, trepou em uma árvore muito alta e à noite viu o clarão das luzes da cidade. Decidiu ir até lá...

Passado algum tempo, depois de quase ter sido atropelado, esquivar-se de um pontapé, levar algumas pedradas, escapar de uma bala perdida, respirar gás lacrimogêneo e fugir de um pitbull, encontrou uma gatinha pela qual se apaixonou. Perguntou se ela não gostaria de viver em um lugar não tão violento.

Voltaram para a selva e foram morar perto da família urso e criaram seus próprios filhos.
O gato parou de filosofar...

sábado, 5 de dezembro de 2009

PIADAS DO CAVUCA=Portuguesas-2

MANOEL JOAQUIM
Manoel Joaquim dos Santos, nascido em Trás-dos-Montes, no extremo Leste de Portugal, ganhou seu primeiro lápis de colocar na orelha, quando tinha 2 anos. Aos 15 anos, já no primário, ganhou sua primeira caneta-tinteiro de orelha. Aos 32 anos, descobriu que caneta também servia para escrever.Hoje, já informatizado, está com orelha de abano, por causa do peso do mouse...

SORTE
O português vê uma máquina de Coca Cola e fica maravilhado.Coloca uma fichinha e cai uma latinha. Coloca 2 fichinhas e caem 2 latinhas.Coloca 10 fichas e caem 10 latinhas. Então ele vai ao caixa e pede 50 fichas.
Responde então o caixa:
- Desse jeito o Sr. vai acabar com as minhas fichas.
- Não adianta reclamar, eu não paro enquanto estiver ganhando.

SEGREDOS
O português passava em frente a um chaveiro quando viu uma placa:'Trocam-se segredos'. Parou abruptamente, entrou na loja, olhou para os lados e cochichou para o balconista:

- Eu sou gay, e você?!

SOCIEDADE
Vocês sabem porque sociedade entre portugueses sempre dá certo?Porque um rouba do outro e deposita na conta conjunta!

DOIS BASTAM
- Você sabe quantos portugueses são necessários para afundar um submarino?

- Dois. Um bate na porta, o outro abre!

SELF-SERVICE
- Como é restaurante por quilo de português?

- O cliente é pesado, na entrada e na saída.

NO SUPERMERCADO
- Por que o português, cada vez que compra uma caixa de leite, abre-a, ali mesmo, no supermercado?

- Porque na caixa está escrito : 'Abra aqui.'

MARIA
Maria, a mulher do Manuel, foi fazer exame de fezes e colocou a latinha com o conteúdo do exame em cima do balcão.A recepcionista solicitou:

- Dá prá senhora colocar o nome, por favor?

A lusitana não hesitou e escreveu: MERDA.

AINDA MARIA
Maria vai ao ginecologista reclamando que não consegue engravidar.

-"Por favor, tire a roupa e deite-se naquela maca"- diz o médico, preparando-se para examiná-la.

E ela indecisa:

- Mas, doutor! Eu queria tanto que o filho fosse do meu Manuel!



ÓCULOS MÁGICOS
O Português foi pro Japão e comprou um par de óculos cheio de tecnologia que mostrava todas as mulheres peladas. Manuel coloca os óculos e começa a ver todas as mulheres peladas, ele se encanta..

Poe os óculos, peladas! Tira os óculos, vestidas!

-"Que maravilha! Ai Jesus!"

E assim foi Manoel para Portugal, louco para mostrar a novidade para a mulher (Sempre a Maria).

No avião, se sente o máximo vendo as aeromoças todas peladas.

Quando chega em casa, já coloca os óculos para pegar Maria pelada. Abre a porta e vê Maria e o Compadre no sofá pelados.

Tira o óculos, pelados! Põe os óculos, pelados! Tira, pelados!

Põe, pelados!

E Manuel diz:

- "Quiuspa ! Essa josta já quebrou!"

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"APITOS"

Recente juízo de valor de autoria de nosso jovem Prefeito do Rio, Eduardo Paes, a respeito do comportamento dos cariocas nas ruas da cidade, me estimulou a lhe sugerir que adote um novo conceito para o uso de apitos, em vias públicas, por parte de guardas e/ou agentes municipais, reformulando sua utilização na coordenação e fiscalização do trânsito, e conferindo-lhes uma importância tal, que somente sejam utilizados como último recurso. Tenho plena convicção de que a adoção desta medida contribuirá para reduzir o barulho na Cidade, um previsível e futuro contingente de cidadãos surdos, uma importante causa do estresse de motoristas amadores e profissionais obrigados que são a ouvir o som ensurdecedor de apitos - operados como se fuzis fossem - todas as vezes em que os sinais alternam o vermelho, o amarelo e o verde, bem como a máxidesvalorização diária de milhares de imóveis que pagam elevado IPTU, além de outras taxas por serviços que deveriam ser gratuitos. Isto sem mencionar que será dado um BASTA no incompetente e ridículo script encenado, diariamente, aos turistas estrangeiros que nos visitam e que ficam boquiabertos com tamanha aberração operacional.

CONTOS DO MUNIR - 20

NOVA AVENTURA ROMÂNTICA DE RR

Vocês se lembram de RR, aquele meu amigo da praia que conheceu em um quiosque de Ipanema aquela linda espanhola artista de cinema? Ele criou uma linda fantasia e desde então acompanha na internet a sua carreira cinematográfica.
Na ocasião RR conversou sobre navegação à vela, ele é um competente iatista e na verdade, de vez em quando, é chamado para completar uma tripulação. Creio ter contado que RR prometeu à moça que em 2009 estaria em Barcelona, onde ela mora, para assistir a Américas Cup, a regata mais badalada dos grandes veleiros, quando a convidaria para jantar.
A história acima terminava com RR passando a comprar todas as semanas um bilhete da mega-sena com a esperança de ganhar e viajar logo para a Espanha a fim de encontrar-se com a sua paixão.

Não sei se ele desistiu de sua estrela espanhola, mas parece que sim.
RR também é tenista e acompanha de perto os campeonatos, tanto masculinos como femininos, sabe o nome de todas as copas e de todos os tenistas que estão no ranking.

Há algumas semanas atrás foi realizada, na praia de Copacabana, uma partida amistosa entre duas famosas e belas tenistas: a primeira originária de um país europeu, neutro por tradição, morena jovem e a segunda uma loura igualmente jovem, com um ensaio sensual em uma revista esportiva americana, vinda de uma terra mais a leste e belicosa, o que não impediu que ambas jogando em parceria conquistassem os títulos do Grand Slam na Austrália e o Masters Cup.

Não é necessário lembrar que RR é divorciado e está incluído entre os que têm preferência nos assentos de cor diferente nos trens do metrô.

RR me contou, no último domingo que foi assistir a esse jogo e ficou apaixonado pela tenista morena e estava achando que fora correspondido. Nós que estávamos ali reunidos no calçadão ficamos em dúvida e curiosos, e RR deu os detalhes: havia recebido sem sombra de dúvida, bola da tenista.

Disse que era um sábado chuvoso, ele estava com seu enorme guarda-chuva verde, colocou-se estrategicamente no lado posterior onde jogava a moça, objeto de sua paixão no momento, torcendo vigorosamente por ela e clamando por seu nome a cada jogada primorosa. Como a chuva havia parado ele ficava na ponta dos pés e levantava bem alto agitando o seu gigantesco guarda-chuva verde.Era impossível não ser notado. E foi.
A prova de seu contato com a tenista era irrefutável e ele iria mostrá-la.

Metendo a mão esquerda no bolso de seu bermudão branco, a maneira Guga quando praticava os seus “aces”, tirou uma bola de tênis pouco usada, gravada com as iniciais de sua nova musa.
Então era verdade! Ficamos em silêncio, misto de inveja e admiração.
Quase na hora de nos despedirmos RR completou sua história: no final do jogo o técnico da jogadora morena que havia vencido a partida entrou na quadra com um carrinho de mão carregado de bolas de tênis marcadas com as iniciais da tenista e uma das primeiras bolas por ela arremessadas, com elegantes voleios para a sua torcida, seguiu na direção do guarda-chuva verde atingindo RR que quase cai sentado com a surpresa e o impacto.
RR foi-se embora nos gozando, jogando a bola de tênis para o alto.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

PIADAS DO CAVUCA: PORTUGUESAS-parte 1

TODAS DA "TERRINHA"...
NOTÍCIAS DE LISBOA
"Gêmeo tenta se suicidar e mata o irmão por engano"

DISK FINADOS
Lançaram em Portugal, o novo serviço por telefone, é o Disk-Finados.
Você telefona e ouve um minuto de silêncio !

ACIDENTE AÉREO
Um avião caiu no cemitério em Portugal. O acidente foi horrível já retiraram 35.000 mortos !

CURVA PERIGOSA
O português estava dirigindo em uma estrada, quando viu uma placa que dizia:'
"Curva Perigosa à Esquerda" Ele não teve dúvidas: virou à direita!

AGENDA DE TELEFONE
Por que os portugueses usam somente a letra 'T' em suas agendas de telefone?
Telefone do Antonio, telefone do Joaquim, telefone do Manoel...

LOJA DE SAPATOS
O Manuel foi, na segunda-feira, a uma loja de sapatos. Escolheu, escolheu e acabou se decidindo por um par de sapatos de cromo alemão.O vendedor entregou o sapato, mas foi logo advertindo-o:- Sr., estes sapatos costumam apertar os pés nos primeiros cinco dias.- Não! tem problema. Eu só vou usá-los no domingo que vem...

NO SEXO
- Manuel, você gosta de mulher com muito seio?
- Não, pra mim dois já tá bom.

NO TRABALHO
Conversa entre o empregado e o chefe, ambos portugueses:
- Chefe, nossos arquivos estão super lotados, posso jogar fora os que tem mais de 10 anos?
- Sim, mas antes tire uma cópia de todos.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"Cadastro de Bom Pagador"

Penso que todos os segmentos empresariais e governamentais da sociedade brasileira deveriam ter o cuidado, o apreço e o zelo para com os demais cidadãos no sentido de dar-lhes, individualmente, a chance de esclarecerem qualquer fato desabonador por ventura lançado, contra seus respectivos nomes e CPF`s, por empresas, instituições financeiras, concessionárias de serviços públicas, agentes diversos, etc., antes de aceitá-los como verdadeiros.

Não tenho a menor dúvida de que centenas de milhares de graves e imperdoáveis anotações cadastrais incorretas perderiam o efeito multiplicador comercial, referencial, psicológico e danoso que ainda hoje possuem, quando, por exemplo, o não pagamento de contas indevidas emitidas por empresas de telefonia, de faturas relativas a serviços de televisão a cabo não prestados, de juros bancários abusivos e ilegais,... aciona um poder imperial de manchar, de imediato, qualquer cidadão que passou décadas construindo, dia após dia, uma imagem cadastral que é desconsiderada ao primeiro sinal de desabono, não possibilitando ao apontado, com idêntica celeridade concedida a seus detratores, o direito ao contraditório.

Este, se quiser, deverá buscá-lo nos tribunais de justiça, submetendo-se às elevadas custas judiciais, atualmente, cobradas, algumas das quais de caráter não jurídico, o que, praticamente, impede aos mais necessitados a eles recorrerem de pronto. A outra hipótese é dirigir-se aos já sobrecarregados serviços prestados pela incansável e brava defensoria pública.

Esta é a principal razão por que considero a tentativa de implantação, no Brasil, do "Cadastro de Bom Pagador", ao contrário do filme cor-de-rosa com que é encenado e proposto, como a sinalização da existência de mais um processo, em andamento, de coação da cidadania, unindo, desta vez, alguns segmentos públicos e privados, ainda não satisfeitos com os estelares números alcançados pelas mastodônticas arrecadações obtidas através de extorsivos impostos federais, estaduais, e municipais - superpostos e ininterruptos - além da mais elevada taxa de juros cobrada no planeta Terra.

A asfixia econômico-financeira dos nacionais a partir de uma ensandecida administração arrecadatória voltada para continuar atendendo a décadas de sangria do erário pelos elevados pagamentos de juros dos títulos da dívida pública, vergonhosas obras hiper-faturadas, outras pagas e não realizadas, maquinários e equipamentos adquiridos a peso de ouro e abandonados pelos mais diversos cantos do país, desvios de verbas hospitalares e educacionais, mordomias de autoridades com viagens internacionais em 1ª Classe e/ou diárias de milhares de euros em hotéis 5 estrelas, ou provendo de recursos "mulas cuequeiras" com milhares de dólares, está amparada em descarados procedimentos que se caracterizam pelo deboche do "nâo sabia", a ironia do "não sei", ou a firula do "mandarei apurar".

Os monstros responsáveis também chamados de autoridades ou líderes políticos ainda não se deram conta de que estão participando do último baile da república brasileira e que o nosso povo já está sinalizando que a desmoralização do ente público atingiu o ponto de ruptura, constatação cada dia mais fortalecida em face da orquestrada, furiosa e repetitiva campanha contra a imprensa e jornalistas, algo típico e rotineiro nos regimes ditatoriais, ou naqueles candidatos a sê-lo.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CONTOS DO MUNIR - 19

O macaco e o leão

Era uma vez um macaco muito esperto que queria fazer parte da corte do rei dos animais e para isso iria usar de todos os recursos possíveis, então, inventou que tinha recebido uma mensagem do espaço.


O leão que era muito supersticioso acreditou, mas, o macaco com medo de ver sua farsa descoberta, não contava o que lhe haviam dito lá do outro mundo e dizia que era um segredo muito importante e na hora oportuna o seu rei saberia de tudo.
O tempo foi passando e o macaco só vivendo do bom e do melhor, até que um dia, dona coruja que também era muito esperta começou a desconfiar da história do macaco e viu que aquilo era uma mentira de todo tamanho.
A coruja era a mais antiga conselheira do leão, mas a essa altura do campeonato o macaco já se havia tornado muito amigo do leão e conquistado sua confiança. A coruja sentiu que o leão talvez não acreditasse mais tanto nela e fosse imaginar que ela estaria com ciúmes do macaco, o que até certo ponto era verdade.
Dona coruja se viu num beco sem saída, e, teve a idéia de inventar uma história parecida com a do macaco. O leão mais uma vez foi nessa, mas, a coisa era de disco voador com homenzinhos verdes e tudo o mais. O macaco que não imaginava muito bem o que era isso foi falar com a coruja e perguntar se havia algum perigo para o reino de sua majestade.
A coruja então quis saber do macaco a tal da mensagem do espaço e o macaco confessou que a tinha inventado para subir de status no reino. Dona coruja pensou, pensou e resolveu dizer ao macaco que os homenzinhos verdes estavam muito chateados com a mentira do macaco e por isso tinham vindo até a terra com uma esquadra plena de esquadrões de fulgurantes anjos galácticos para justamente castigá-lo, mas, ela, coruja, os tinha convencido que o problema seria resolvido.
O macaco ficou muito agradecido à coruja e com medo que ela contasse ao leão a verdade, se mudou para bem longe e foi mentir em outra freguesia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DICAS DO ÁUREO PARA MOTORISTAS

Vencimento Carteira Nacional de Habilitação
Foi criada uma lei, na mesma época em que foi criada a lei seca, que só pode ser renovada a carteira durante o prazo de no máximo 30 dias após o vencimento da mesma. Após este prazo, a carteira é cancelada automaticamente e o condutor será obrigado a prestar todos os exames novamente: psicotécnico, legislação e de rua, igualzinho a uma pessoa que nunca tirou carteira.
*
Esta Lei não foi divulgada como a Lei Seca e mais de 3.000 Pessoas só naCidade de SP no Mês de Outubro de 2008, perderam suas Carteiras deHabilitação e terão de repetir todos os exames.
*
Fiquem atentos quanto ao vencimento de sua CNH. Só por alto, fora a multa, para tirar novamente a CNH, fica por volta de R$ 1.200,00 e leva + ou - de 2 a 3 meses, isso se você passar por tudo da 1ª vez.
*
As mudanças começaram a valer no dia 1º de janeiro de 2009. Serão incluídos novos conteúdos, além de uma nova carga horária.
*
O Diário Oficial da União(DOU) publicou(22/11/2008) uma Resolução do Conselho Nacional de Trânsito(Contran) que altera as regras para quem vai tirar a Carteira de Motorista. Entre as mudanças está a Carga Horária do Curso Teórico que vai passar de 30 para 45 horas/Aula e a do Prático, de 15 para 20 horas/Aula. Serão incluídos Novos Conteúdos, como as Consequências da Ingestão de Bebidas Alcoólicas e Cuidados Especiais com Motociclistas.
*
As mudanças começam a valer no dia 1º de janeiro de 2009. Quem já tiver iniciado o processo antes disso ainda vai pegar as regras antigas.
*
ALÉM DISSO:EXTINTOR DE INCÊNDIO
Providenciar com Urgência a Retirada do Plástico e Trocar o Extintor por um Cheio.
*Mais Uma Regulamentação - Sem a Devida Divulgação!
*Agora é Norma do CONTRAN e dá uma Multa de R$ 127,50 para quem for apanhado fora da Lei: O Extintor de Incêndio Obrigatório do Carro tem que estar Livre do Plástico que acompanha a Embalagem.
*
Tire a Embalagem Plástica e deixe o Acesso ao Extintor Livre.
*
NÃO ESQUEÇA:
Se um Policial Rodoviário Estadual ou Federal parar seu carro e verificar que o Extintor está Protegido pelo Saco Plástico - Ele Vai Te Autuar - 5 Pontos na Carteira;
e Você só Segue Viagem Após Tirar o Plástico, desde que o bendito Extintor esteja com a Validade em Dia(e mais os tais R$ 127,50).