quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CONTOS DO MUNIR - 27





Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com
DELEGACIA DE POLÍCIA II
Era a segunda vez que eu marcava presença na 39ª Delegacia. Já era quase de noitinha. Lembrei-me de que lá tinha ido, há alguns anos, a pedido do Zezinho, porteiro do prédio onde eu morava, para soltar o seu tio que fora preso por estar sem documentos.
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Mas, dessa vez, a história era diferente. Ela se inicia na manhã desse mesmo dia.
Saí de casa para ir ao condomínio onde mora o meu filho, de onde sou o nobre e sacrificado síndico; são cinqüenta e dois apartamentos e cinqüenta e duas divergências: a cor das grades, as flores do jardim, as vagas de garagem, o uniforme dos porteiros, a forma das lâmpadas, a decoração da portaria, dos elevadores e outras coisas mais.
Existe um livro vermelho na portaria, na verdade, já é o segundo, onde os condôminos registram as queixas graves: infiltrações, cachorros soltos, marretadas de obras, tamancos barulhentos, arranhões em carros ( foi na garagem do prédio- “sic” ) e mais algumas de que já nem lembro.

A primeira coisa que faço é ver o livro vermelho. Nem vi; o porteiro-chefe me olhou meio assustado. Disse-me para ligar urgente para casa, minha mulher havia telefonado, preocupada, querendo saber se eu havia sofrido algum acidente. Na verdade, a única ocorrência desagradável de que eu me lembrava era de ter pisado em um cocô de cachorro e dito o sinônimo em voz alta. Liguei e perguntei se ela agora era paranormal. Explicou-me, haviam ligado do banco, indagando se eu estava realmente em uma clínica de acidentados.

Fui direto ao banco.
Agora foi a vez de uma das atendentes dos guichês, Luiza, antiga conhecida, me olhar espantada. Contou-me: dois homens a procuraram, um jovem que trazia nas mãos um folheto de uma clínica de traumatologia ali de perto, o outro, um senhor de cabelos brancos, aparência respeitável. O moço dissera que, impossibilitado de me locomover, eu lhe havia pedido que fosse buscar um novo bloco de cheques. Ele exibira a carteira de identidade, apresentara-se como mensageiro e mostrara também um papel escrito à máquina com a minha assinatura, solicitando que lhe fosse entregue o talão. Dizia mais: quinta-feira foi dia de lavar roupa na minha casa e eu havia esquecido a requisição do talão no bolso de uma calça e a máquina a tinha destruído. Daí a razão da folha datilografada. O velho ficou atrás observando.


Luiza, desconfiada, achando que eu tivesse sido vítima de um seqüestro relâmpago, pediu ao rapaz que voltasse mais tarde por não ter o talonário pronto. Comunicou o fato à Segurança e ligou para minha casa.


Acreditando que o acontecimento terminaria aí, fui ao clube almoçar com companheiros de turma. Depois do almoço, aquele sono de aposentado em frente à televisão em uma poltrona confortável. Já nem pensava no caso, quando a telefonista do clube me localiza, dizendo:
- sua esposa está a sua procura.

Achei que ela, talvez, quisesse alguma coisa da cidade. Não era. Estavam solicitando minha presença na 39ª.

Lá fui eu para a delegacia. Não era mais dia. Não sabia o que queriam comigo. O pessoal da delegacia estava com a cara séria e cheguei a pensar se não teria sido melhor ter ido lá acompanhado por um advogado. Mostrei minha identidade de oficial e o escrivão informou que haviam prendido o rapaz do talão de cheques. Entregou-me o papel datilografado onde se lia: “Eu. (meu nome completo, que não é fácil), autorizo o senhor fulano de tal (nome do mensageiro) carteira profissional n° tal a receber um novo talão de cheques, por me encontrar impossibilitado de me locomover”. Constava no papel o número da conta, do meu CPF, de minha identidade, meu endereço e estava assinado por mim. O escrivão perguntou-me se a assinatura era minha, tal a semelhança.

O escrivão chamou o mensageiro, um rapaz magrinho, baixo, de bermudas, a barba por fazer e, como nunca tinha me visto e nem eu a ele não me identificou, tirando qualquer dúvida do escrivão, que começou a contar como foi a história da prisão do rapaz: ele havia retornado à agência para buscar os cheques, foi identificado e solicitado a acompanhar dois policiais que estavam à paisana.

Os policiais o intimaram a dizer onde estava o outro. Seguiram para uma pracinha ali perto, os policiais, mais atrás. Quando se encontraram, foram ambos convidados a comparecer à agência do banco. O mais velho mostrou uma carteira da OAB, dizendo-se advogado; os policiais, experientes, pediram que ele então os ajudasse.

Ao chegar ao banco, o senhor, ao ver a moça do guichê (Luiza), iniciou um comportamento insólito: fazia caretas e trejeitos, parecendo estar tendo um ataque e como usava dentadura a colocava metade para fora. Isso confundiu a moça que disse não ter certeza se era a mesma pessoa que havia visto pela manhã.

A essa altura interrompi o relato do escrivão e perguntei onde estava o outro. Ele me disse, apontando para a calçada:
- está ali!

Olhei e não vi, perguntei novamente: onde? Ele tornou a dizer, apontando para o mesmo local:
- ali! Ali ao lado daquela moça chorando, sentada no meio-fio, ali naquele saco preto, ele morreu!

O escrivão continuou a história. Os policiais convidaram o senhor a ir até a delegacia. Ele, ao entrar no carro da polícia, ingerira uma grande quantidade de pílulas. Chegara morto. A moça era sua filha. Moravam na mesma rua do prédio onde sou o síndico e que fica em frente a 39ª.
O velho era mesmo advogado...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI


Autor: Augusto Acioli de Oliveira - Economista
email: augao148@gmail.com
"Acarajé"
Não bastassem os 38 (trinta e oito) ministérios do governo Lula, sim, pois o de Relações Exteriores possui 02 (dois) titulares, um aparente e outro oculto, a incessante criatividade dos congressistas e da assessoria presidencial em pleno esforço Eleições-2010, brinda e surpreende, mais uma vez, os contribuintes ao elaborar o teor da Lei nº 12.206, de 19 de janeiro de 2010, D.O. 20.01.2010 que instituiu o "Dia Nacional da Baiana de Acarajé". Nada contra as baianas, já imortalizadas em nosso dia-a-dia, história, literatura, música ou em insubstituíveis alas das escolas de samba e muito menos em relação ao Acarajé, apreciada iguaria, o que está sendo questionado, por mim, é o perigoso hábito do presidente em não ler o que assina.

domingo, 17 de janeiro de 2010

CONTO DO MUNIR - 26

Raimundo Nonato Junior

Raimundo Nonato era do Rio Grande do Norte. Daquele tipo exportação que o Nordeste manda para o Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo. Grandalhão da cidade de Caicó.

No tempo em que essa história se passa, Raimundo era cabo MR, (de marinharia) servindo a bordo do submarino Riachuelo como auxiliar de convés e ajudante do contramestre da divisão de torpedos.

Era um bom marinheiro, sempre pronto para as fainas pesadas. Extremamente disciplinado, alegre, bastante querido pelos oficiais e por seus companheiros. Foi o primeiro aluno do curso de especialização de submarinos. Havia completado o segundo grau, falava razoavelmente inglês; quando o navio não estava em viagem, freqüentava a Cultura Inglesa.


Na época da cerimônia da coroação da Rainha Elizabeth, o cruzador Barroso foi designado para representar o Brasil.

O primeiro porto de escala do Barroso foi Salvador.
Coincidiu de estar naquele cais o submarino Riachuelo

Tempo bom. Céu claro, cerca de 16:00, horário de licença, uniforme branco, oficial de serviço no convés do submarino.
Meia hora depois, oficiais, suboficiais, sargentos e marinheiros, com raras exceções, já haviam baixado terra.


Raimundo Nonato Junior apresenta-se ao oficial de serviço. De uniforme de licença, impecável, com a caderneta de anotações de carreira, saco de viagem para desembarque e maca ferrada.

O oficial de serviço era o próprio encarregado de sua divisão. Não tendo tomado conhecimento de nenhuma ordem de movimentação, pergunta surpreso ao Raimundo Nonato para onde estava indo. Muito sério o Raimundo Nonato explica:- para o Barroso a fim de visitar meus pais que são ingleses e que não vejo há muito tempo.

O tenente, percebendo que algo não estava batendo certo, pede ao marinheiro a caderneta; diz para aguardar, enquanto vai falar com o Imediato.

O Imediato, por sua experiência ou por ter vivido situação semelhante, manda chamar o Raimundo. Depois de uma longa conversa, aparentemente concordando com tudo que o marinheiro lhe conta sobre a saudade de seus pais ingleses, morando em Londres, fala para o Raimundo que o cruzador ainda iria levar muitos dias até chegar à Inglaterra. Se ele não preferiria ir de avião no dia seguinte; manda o Raimundo voltar ao alojamento, o que ele docemente aceita.
Bem cedo, na manhã seguinte, pára no cais o carro do Diretor do Hospital Naval de Salvador. O próprio Diretor e o Imediato do submarino vão buscar o Raimundo Nonato Junior.
Seguem para o aeroporto, onde o Raimundo Nonato embarca, acompanhado por um sargento enfermeiro que seguia de férias, em um avião da Força Aérea com destino ao Rio de Janeiro.
Infelizmente, ele não viajou para Londres, como era seu sonho.

Foi diretamente internado na décima primeira enfermaria do Hospital do Arsenal de Marinha curar o seu delírio.

Anos mais tarde, aquele tenente, ex-chefe de divisão do Raimundo na época do episódio de Salvador, alcançava o posto de capitão-de-corveta.Servindo fora da Força de Submarinos por algum tempo, retorna designado imediato de um novo submarino construído na Inglaterra.
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O Raimundo Nonato Junior, agora suboficial MR, é o mestre do navio, fez parte da primeira guarnição e é o primeiro a saudá-lo com o toque de apito de Imediato a bordo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

“Linha Maginot-Rio”

Denominei este tipo de desordem pública de "Linha Maginot - Rio"De tão indisfarçadamente agressiva e imposta “goela abaixo” dos moradores e passantes do município do Rio de Janeiro tornou-se um de seus mais conhecidos mobiliários urbanos.
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Não leio ou ouço a mais suave manifestação da mídia, governantes e políticos, ministério e defensoria públicos, etc., contra esse rotineiro absurdo incorporado ao dia-a-dia de uma cidade que irá sediar os Jogos Olímpicos e terá destacada participação em futura Copa do Mundo de Futebol.
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A fortificação ora divulgada está edificada - há anos - na Rua São Clemente à altura do nº 64, Bairro Botafogo, na calçada oposta à estação Botafogo do Metrô-Rio.
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Trata-se de um clássico exemplo de verdadeira agressão ao direito de circulação de cegos, cadeirantes, portadores de necessidades especiais, idosos, crianças e dos demais cidadãos.
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Se a justificativa para a impune manutenção dessa estratégia é impedir o estacionamento irregular de veículos no local, que as autoridades responsáveis determinem a adoção de modelos com outro design e próximos ao meio-fio de forma a liberar a calçada para aqueles que dela necessitem fazer uso.
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A partir daí - aí sim - os casos de transgressão à ordem pública, via estacionamento de veículos sobre as calçadas, devem ser punidos com multas elevadíssimas associadas a uma perda exemplar de pontos na carteira dos motoristas infratores, em quantitativo tal que desestimule o referido ato infracional.

Autor – Augusto Acioli de Oliveira - Economista

TRIBUNA LIVRE:"AGORA É PARA VALER"

"AGORA É PARA VALER"
por Maria Lucia Victor Barbosa em 23/11/2009
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Lula da Silva é saudado, internacionalmente, como um homem da “esquerda herbívora”, um moderado, um conciliador. Sempre fazendo piadas, usando metáforas futebolísticas, falando bobagem, bem-humorado é como se o presidente fosse o estereótipo do brasileiro, o “homem cordial” de que falou Sérgio Buarque de Holanda.
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Para ser mais amado lá fora só faltava Lula ser carioca e não pernambucano aclimatado em São Paulo, porque estrangeiros são loucos pelo Rio de Janeiro de praias paradisíacas cheias de mulheres quase nuas, de povo feito de sol e mar. Para os visitantes bala perdida é pura adrenalina no país do carnaval e do futebol.
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Entretanto, se Lula da Silva é o “cara” da “esquerda herbívora”, inofensiva, festiva é estranho que ele viva em idílios políticos com Hugo Chávez, Fidel Castro, Evo Morales e demais ditadores que representam a fina flor da esquerda primata do Terceiro Mundo. Parece que os caras lá de fora têm certa dificuldade em entender o Brasil e seu governante, percebendo apenas superfícies folclóricas e deixando de lado visões mais profundas sobre atitudes, comportamentos e ações que se desenrolam no país real em contraste com o país imaginário.
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Sintomática a complacência internacional com o presidente da República e sua diplomacia tangida pelo chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia, quando aqui é recebida a figura abjeta de Mahmoud Ahmadinejad, o perigoso fanático que persegue, prende, mata seus opositores; não tolera liberdade de pensamento, religiosa ou das minorias; viola direitos humanos; frauda eleições, apóia grupos terroristas, diz que o Holocausto não existiu e prega de forma obsessiva a destruição de Israel.
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Essa figura daninha e monstruosa, rejeitada pelas potências ocidentais que temem que Ahmadinejad desenvolva a bomba atômica, foi agraciado com um convite do “filho do Brasil”, que afirmou que o receberia de braços abertos.
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No rastro dos salamaleques o ministro da Defesa, Nelson Jobim, afrontou o presidente israelense, Shimon Peres, quando da visita deste ao Brasil no último dia 11, ao dizer de forma arrogante que o Brasil fala com quem quiser.
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Quem sabe o ministro da Defesa acredita no persa, quando esse, hipocritamente, afirma em sua carta dirigida “à grande nação brasileira” que é “defensor da justiça, da ternura e da paz no mundo. Por certo Jobim ignora que Ahmadinejad está estendendo cada vez mais sua influência sobre a América Latina, sobretudo, através da Venezuela e da Tríplice Fronteira onde estão bases operacionais do Hezbollah e de outros terroristas.
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Muito “terna” a besta-fera do Irã quando nega uma das piores manchas da humanidade, o Holocausto. Será que nosso “herbívoro”, que é a cara do país como ele mesmo disse certa vez, tem noção do que foi esse genocídio? Será que também nega as torturas, indignidades, horrores, mortes, tudo que foi infligido de mais pérfido aos homens, mulheres e crianças que cometeram o único “crime” de serem judeus? Pode ser, simplesmente, que tudo isso seja indiferente ao cara porque apenas lhe interessa negócios com o Irã, o que faz lembrar o título de um filme passado há muitos anos: “De como aprendi a amar a bomba atômica”. Afinal, nós também enriquecemos urânio.
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Possivelmente a visita de Ahmadinejad, a intromissão do Brasil em Honduras, o antiamericanismo e o antissemitismo do governo petista e seu achego a ditadores, não impedirão que aos olhos do mundo Lula da Silva continue como um esquerdista “herbívoro” e cordial. Talvez, apenas a Itália não esteja gostando no momento de ser taxada de fascista pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, mas se resignará a não receber de volta o terrorista Cesare Battisti.
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Entretanto, para quem consegue observar certos sinais fica evidente que um processo cuidadosa e lentamente desenvolvido vai transformando a “esquerda herbívora” em “carnívora”. É que para alcançar ao poder mais alto da República o PT, em sua quarta tentativa, deixou de lado a linguagem virulenta, prometeu o paraíso aos ricos e aos pobres, vestiu seu “Lulinha paz e amor” de Armani e domesticou-lhe um pouco as maneiras.
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Uma vez no poder, uniu-se a gregos e troianos, esbanjou populismo, cooptou partidos e instituições, mandou às favas a ética, dominou o Congresso através de mensalões e outros “benefícios” e agora, chegando à reta final do segundo mandato, recrudesceu o ataque à imprensa e coroou seu domínio com a anulação do STF, conforme ficou demonstrado no caso do terrorista italiano.
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Com isso, definitivamente, o PT se tornou um partido acima da lei e, assim, sem nenhum pejo, trouxe de volta ao seu alto comando notórios mensaleiros, devidamente abençoados pela candidata Rousseff. Afinal, corruptos são os outros. Ao mesmo tempo, o PT retornou à idéia de Estado ampliado, do discurso requentado da esquerda revolucionária, da crítica ao neoliberalismo que tão bem praticou em sua fase “herbívora”. Não há dúvida de que se a dama de aço ganhar começará a fase “carnívora”. E Lula corre o risco de ouvir de sua escolhida:
“Cale-se, você já ficou tempo demais, as rédeas estão conosco, agora é para valer”.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

O METRÔ DO RIO

O GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E A DIREÇÃO DA EMPRESA QUE ADMINISTRA O METRÔ DO RIO, SEM CONSULTAR OS TÉCNICOS METROVIÁRIOS E DE TRANSPORTES, FIZERAM A BARBARIDADE DE LANÇAR NA LINHA 1, OS TRENS QUE VEM DA PAVUNA DA LINHA 2, ONDE JÁ PRECARIAMENTE CIRCULAVAM OS TRENS QUE PARTEM DA TIJUCA (LINHA 1), E CONSEGUIRAM A PROEZA DE AUMENTAR OS TEMPOS ENTRE COMPOSIÇOES, QUE CHEGARAM NESTA SEMANA A EXTRAORDINÁRIOS 20 MINUTOS !!!
SE ESPELHARAM NO METRÔ DA CHINA(ver o vídeo anexo), AO INVÉS DE TOMAREM COMO EXEMPLO, O METRÔ DE PARIS.

O AR CONDICIONADO NÃO ESTÁ DANDO CONTA, O QUE TRANSFORMA A VIAGEM NUM SUPLÍCIO.

O METRÕ DO RIO, É LINEAR: SAI DE UM PONTO E VAI ENCHENDO, ENCHENDO, ATÉ NÃO CABER MAIS NINGUÉM.


E O PIOR: SE CONSTRUÍREM A EXTENSÃO ATÉ A BARRA, VAMOS TER UMA LINHA QUE SAIRÁ DA TIJUCA, E IRÁ ATÉ A BARRA, COM CONEXÃO NA GÁVEA !!!

SE O PROGRAMA DO GOVERNO DE LEVAR A LINHA 1 ATÉ A GÁVEA E DE LÁ PARTIREM COM A LINHA 4 ATÉ A BARRA,O IDEAL, PELO MENOS, ERA QUE SE EXTENDESSE UM POUCO A LINHA 1 ATRAVÉS DE UM TÚNEL, ATÉ A ESTAÇÃO URUGUAI, QUE JÁ ESTÁ PLANEJADA, FAZENDO DA ESTAÇÃO GÁVEA, UM PONTO DE CONEXÃO COM A LINHA 4, QUE NO FUTURO PODERIA PROSSEGUIR ATÉ BOTAFÔGO, COM 3 ESTAÇÕES: LOPES QUINTAS, LARGO DOS LEÕES E HUMAITÁ (CONDE DE IRAJÁ).

AÍ SIM, PODERIA ALIVIAR, POIS A LINHA 1 SERIA UMA LINHA CIRCULAR, ONDE CIRCULARIAM TRENS NOS DOIS SENTIDOS.




POR EXEMPLO: QUEM ESTIVESSE EM COPACABANA, E PRETENDESSE IR ATÉ A TIJUCA, PEGARIA O METRÔ NO SENTIDO URUGUAI, VIA GÁVEA, E NÃO COMO SE FAZ HOJE, OBRIGANDO AS PESSOAS A PASSAREM PELO CENTRO.

QUANTO A LINHA 2, A SOLUÇÃO CORRETA, É CONTINUAR FAZENDO OS TRENS PASSAREM PELA ESTAÇÃO ESTÁCIO, E CONSTRUIR A EXTENSÃO PROJETADA ATÉ A PRAÇA 15, COM ESTAÇÕES NA PRAÇA CRUZ VERMELHA, COMEÇO DA AV. CHILE, CARIOCA E FINALMENTE PRAÇA 15, ATÉ QUE SE CONSTRUA A LIGAÇÃO ATÉ NITERÓI.

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Os técnicos metroviários e de transporte, experientes no assunto, alertaram inúmeras vezes quanto à inviabilidade da Conexão das Linhas 1 e 2 do metrô do Rio de Janeiro, conforme registrado em Carta dos Leitores do O Globo do dia 15/01/2010.

Ligue o Som e ouça qual o resultado da decisão de transformação da rede metroviária básica do metrô em uma linha única.ACESSE O LINK= http://www.youtube.com/watch?v=R5hdE9YSfEQ

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"Silêncio"

Chega a ser ensurdecedor o silêncio do bolivariano Hugo Chavez em relação ao massacre sofrido por centenas de brasileiros no Suriname, logo ele que se mete em qualquer assunto que lhe dê holofotes, seja excesso de peso, banhos e higiene pessoal, farcs, senado federal brasileiro, eleições argentinas, Irã, etc. Outrossim, não menos reticente esse senhor se portou diante do fato de "alguém" haver plantado o inocente cowboy candidato a ditador de Honduras, Manuel Zelaya no interior de nossa embaixada naquele país, transformando-a em albergue, para ele e um bando de 70 (setenta) seguidores. Salta aos olhos que apesar do Brasil possuir 02 (dois) ministros das relações exteriores nada de anormal tenha sido percebido até o presente momento. Talvez, quem sabe, em razão da grande admiração que os citados caudilhos gozam entre as referidas autoridades máximas da diplomacia tupiniquim, uma aparente e a outra quase oculta, porém, trabalhando com afinco nas sombras do poder, em área reconhecidamente cinzenta. Nesta novela de enredo confuso me sentiria bastante inseguro e insone caso fosse cidadão de um país chamado Guiana.

domingo, 10 de janeiro de 2010

CONTOS DO MUNIR - 25

LINGUAGEM MUSICAL
DÓ SI LÁ FÁ SOL MI (símbolos musicais)

Purificada, vivendo na face oculta da lua terrestre, percebeu, pela sutil variação de freqüências das claves musicais, a voz de Iluminado lhe dando Bom Dia. Já se havia passado algum tempo que não se falavam, as tempestades magnéticas impediram as comunicações, até mesmo a da linguagem musical prevista no século XXI e desenvolvida, cinqüenta anos depois, por um grupo de matemáticos e músicos.



(Jean Jacques Rousseau, filósofo iluminista, ao publicar entre 1753 e 1756 o seu “Essai sur l’Origine dês langues” ao mencionar a identidade entre a linguagem e a melodia já premonizava um idioma universal o qual pelo estado da arte à época não foi possível concretizar.)


No final do século XXIII era já a língua global. A facilidade de ler e sentir as palavras como em uma partitura musical fizera com que ela se propagasse exponencialmente. Era aprendida por indução pelas crianças, desde que começavam a emitir sons. Tornava-se difícil ensinar aos infantes a pronunciar os fonemas, quase agora considerados como primitivos, da língua pátria.
A Torre de Babel, derrubada, estava sendo reconstruída.


“Eis que todos constituem um só povo e falam uma só língua. Isso é o começo de suas iniciativas! Agora, nenhum desígnio será irrealizável para eles”
Jeová (Gênesis, II)
Bach, Chopin, Mozart, Beethoven, Verdi, Haydn, Vivaldi, Handel, Debussy, Villa-Lobos e tantos outros, eram ouvidos agora pelos mais cultos da nova linguagem em diferente contexto.
O Telescópio Espacial Kepler lançado no início do ano de 2009 havia detectado, no final daquele século, uma exo lua em um exo planeta semelhante a Saturno.

Iluminado navegava em seu submarino no oceano desse satélite; as temperaturas variando entre 18 e 27 graus centigrados, nas profundidades de 15.000 a 30.000 pés tornavam a vida a bordo agradável. Sua missão: ejetar para a superfície instrumentos que permitiriam visualizar padrões de atmosfera compatíveis ao ser humano.

Aeronaves não resistiam às fortes e rápidas variações de ventos.

Na Terra, há cem anos atrás, haviam sido criados os Batalhões de Destruição para Garantia da Espécie Humana, (BDGEH) um empreendimento de um poderoso Complexo Militar reunindo China e Estados Unidos.
Os chineses já vinham comprando desde o século XXI, grandes extensões de terra na África, escolheram as mais férteis. Com o passar dos anos, foram ocupadas pelos nativos.

Com a vertiginosa aceleração das variações climáticas aliada ao crescimento populacional incontido na China tanto o mundo ocidental e mais ainda o oriental, perceberam que o fantasma da fome se avizinhava.

Os BDGEH tinham como propósito exterminar as populações que migraram para aquelas regiões, agora territórios chineses. Os americanos se uniram por conveniência e os demais povos para não se tornarem alvos. Muito mais tarde verificaram que fora um Genocídio inútil.

A Mãe Terra se regenerava a uma velocidade superior a dos danos climáticos. O Telescópio Espacial Kepler já agora substituído pelo Intergaláctico Telescópio Einstein apontava para novos mundos.

Iluminado havia captado, através de seus sensores, ambiente extraordinariamente favorável à vida humana. As colônias foram brevemente estabelecidas.

A linguagem musical apaziguava os espíritos guerreiros.

As missões de Iluminado e Purificada foram dadas por terminadas e eles passaram a se comunicar em uma linguagem corporal tão harmoniosa quanto à musical.

Quem sabe acontece e a Paz possa reinar.

Já em 1934 a Linguagem musical era prevista por MARIO MARROQUIM em seu livro onde transforma as palavras de um carioca e de um alagoano em música.

O transdutor musical, com o chip miniaturizado em forma de um sinal imperceptível que mudava as palavras de qualquer idioma em sons musicais só seria criado quase dois séculos mais tarde.

Como tudo que é elaborado pelo Homem nunca é perfeito, dava para perceber os diferentes sotaques e um ouvido atento reconhecia quem emitia a mensagem.

Fora assim que Purificada percebeu que era Iluminado lhe dando Bom Dia

"A LINGUA DO NORDESTE" ALAGOAS E PERNAMBUCO

Autor: MÁRIO MARROQUIM
Editora:Edufal---Coleção Nordestina.
4ª ediçãoISBN 978-85-7177-410-0
PARA LER O LIVRO, ACESSE:

TRIBUNA LIVRE

"BASTA: PARLAMENTARES, SÓ NÚS!"
por Ana Lucia Martins Fernandes

Sabem.... estou começando a achar que todos os políticos brasileiros devem começar a andar nús.

Assim, não terão mais como carregar pacotões de reais, euros, dólares, etc., nas cuecas, meias, bolsos, paletós, sapatos, sacolas, malas, pastas, ...
Sei que será desagradável e constrangedor nos depararmos, diariamente, com aquele festival de barrigas medonhas, bundas cabeludas, pintos e peitos caídos, culotes californianos, celulites dignas do Grand Canyon, etc., estampados na mídia, um verdadeiro thriller de horror, porém, será melhor do que sermos obrigados a usar, para sempre, um grande e vermelhíssimo nariz de palhaço.
O que vocês acham? Não é um típico caso para ser tratado pela Secretaria de Defesa dos Direitos Humanos?
E, dentro do clima, que tal fazermos um bolivariano plebiscito a respeito?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

PIADAS DO CAVUCA

QUEM LAVA A LOUÇA ?


O sujeito é amante de motos, que tem uma Harley-Davidson tinindo debrilhante. O segredo é que ele sempre leva consigo uma latinha de vaselina, e toda vez que ameaça chover, ele cobre os cromados com uma fina película de vaselina, para proteger os cromados da ferrugem.
Um dia a namorada dele o convida para jantar na casa de seus pais. Mas já vai avisando:


- Minha família tem uma tradição: no final do jantar, aquele que falar primeiro lava a louça.

Ele põe garota na garupa e segue até a casa dela. O jantar é magnífico, e depois que termina estabelece-se um silêncio sepulcral. O fulano lembra das regras do jogo e se promete não falar nada.

Só que depois de duas horas a coisa fica meio constrangedora, e ele tenta fazeralgo que force alguém a falar. Ele cutuca a namorada, começa a boliná-lana frente de todos, até que ela fica excitada o suficiente para fazersexo com ele ali mesmo, e ninguém abre a boca!

Ele imagina que os pais dela vão dizer alguma coisa, mas nada! Ele entãocomeça a cutucar a mãe da namorada, bolina-a até que ela também fica excitada o suficiente para fazer sexo com ele ali mesmo, e ninguém abre a boca!


De repente vem um barulho de trovão.

Preocupado com a moto, o fulano tira do bolso a latinha de vaselina.
Imediatamente o pai da namorada levanta e diz:
- Pode deixar. Eu lavo a louça!
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NOITE DE NÚPCIAS NA COVILHÃ, PORTUGAL...
Um gajo de nome Manoel José de Cenereira estva jogando tênis e levou uma bolada forte no pênis, causando um 'trauma muscular peniano'. Em agonia e desolado, dirige-se ao médico da sua confiança, balbuciando:

- Doutor Sararema: veja o que é que pode fazer por mim... Vou casar no final da semana; minha noiva é virgem e não posso decepcioná-la.

- Não se preocupe, ó Manoel! Vou tratar de si de maneira que esteja tudo em ordem para o dia do seu casamento.

Então, pega 4 pauzinhos, que habitualmente são usados para examinar a garganta dos pacientes e, com fita adesiva, consegue prendê-los ao redor do pênis, de forma a recuperar a rigidez do mesmo.

O gajo não conta nada à noiva, casam-se, e na noite de núpcias, já na privacidade do quarto, a noiva, Maria do Sameiro, fogosa, arranca os botões da própria blusa e mostra-lhe os peitos a arfar, exclamando:

- És o primeiro, Manoel! Nunca nenhum homem tocou estes seios! São todos seus, ó valoroso gajo!

Para não ficar atrás, o noivo abre a braguilha, baixa as calças e exclama:

- Olha Maria, estás a ver? Ainda está encaixotado!!!
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LEI SECA: EU APROVO
Fui a uma festa de despedida de solteiro de um amigo meu em uma chácara. A galera tava toda lá. Muita cerveja e uísque. Galera animada. Saí de lá nem sei que horas. Trêbado! Indo pela rodovia, avistei algo que é o terror dos festeiros... Uma blitz!!!
Eu não sou de rezar, mas comecei a rezar para tudo quanto era santo.

Mas... fui sorteado. Quando parei, quase atropelei o guarda. Tava ruim demais. O guarda pediu para eu descer do carro. Quase não consegui. Aí o pesadelo aumentou. Ouvi o que qualquer bêbado teme:

- Vamos fazer o teste do bafômetro !

Tô ferrado! Pensei. Quando, ao que parece, os santos resolveram me atender.


Um caminhão bate na outra pista e espalha toda a sua carga pela estrada... O guarda imediatamente me disse:

- Vá embora logo! Vamos socorrer aquele acidente!!!

Eu, mais que depressa (ou pelo menos tentando), entrei no carro e fui embora. Feliz da vida. Hoje é meu dia de sorte, pensei. Cheguei em casa, guardei o carro e, após agradecer aos santos pelo meu dia de sorte, fui dormir.
Tava feliz.

No outro dia, minha empregada me acorda as 7 da manhã me perguntando:


- Sr Pedro, de quem é aquela viatura da polícia estacionada dentro da garagem?



- QUIUSPA ?????

CONTOS DO MUNIR - 24

A MANTEIGA
A principio esta poderia parecer uma estória pornográfica, lembrando Marlon Brando em “Ultimo Tango em Paris”. Sexualmente não é. Na verdade é a “manteiga e manteiga segredo da culinária francesa”. Entretanto é imoral porque foge aos parâmetros da normalidade naval.
Deveria ser contada, como todos os segredos preservados, alguns anos mais tarde, porém, como poucos a conhecem e a maioria dos protagonistas já não mais aqui está, e dela se esqueceram pelo passar do tempo ou por degeneração de neurônios, ela será relatada. Então, deve ser entendida como uma fantasia criada pelo autor eximindo-o assim:
- “qualquer semelhança com fatos ou pessoas da vida real será considerada como mera coincidência”.
Vamos à divagação:
Jerônimo trabalhava em um laticínio, na verdade era um dos diretores e ele próprio se encarregava de realizar as vendas para grandes empresas. Morava no mesmo prédio, dois apartamentos acima do de Paulo Adolfo, no Leme. Sabia que ele era oficial da Marinha.
Certo dia, ao cumprimentá-lo disse:

- Esses seus colegas marinheiros, Hein!!
Não entendendo a ironia, Paulo Adolfo perguntou de que se tratava.
Ele falou que
havia vencido uma concorrência de venda de manteiga para as Organizações Navais e fora chamado a concretizar o negócio. Na sala do responsável lhe foi dito que o seu preço por quilo estava abaixo do mínimo considerado na cotação. Que mesmo assim a manteiga seria comprada, por ser conhecida no Mercado e bem aceita. Entretanto, por formalidades, o preço que lhe seria pago seria o cotado e a diferença ele devolveria em dinheiro a ser destinado a um Fundo Naval. Disse que a verba era para reparos de navios e outras finalidades não consideradas no Orçamento Oficial da Marinha.
Questionava o que ele, como oficial da Marinha achava, pois
estava estranhando o procedimento, uma vez que o dinheiro devolvido foi jogado em uma gaveta, sem nenhum protocolo.
Tenente moderno, ao chegar a bordo, Paulo Adolfo relatou o fato ao seu Imediato, a quem muito prezava e confiava. Este o aconselhou a redigir uma parte de ocorrência que elaboraram juntos, o tenente assinando. O seu superior encarregou-se de encaminhá-la.
As conseqüências foram quase que instantâneas. O chefe daquele Departamento foi exonerado no dia seguinte.
Paulo Adolfo, a partir daí, recebeu em casa ligações de autoridades pedindo a retirada da parte para salvaguardar o bom nome da Marinha e uma vez que as “devidas providencias” haviam sido tomadas.
Foi alertado pelo Imediato a não fazê-lo, que ele ficaria em uma posição bastante desconfortável, podendo até ser julgado como fraco e inconseqüente. Uma investigação já estava em curso e tanto ele como o vendedor da empresa seriam chamados como testemunhas para abertura do inquérito a seguir.
Resultado da Estória:
o Jerônimo nunca mais vendeu manteiga para navios e as guarnições levaram um bom tempo passando margarina no pão.
Paulo Adolfo detestava margarina.
Eu também.