segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CONTOS DO MUNIR - 19

O macaco e o leão

Era uma vez um macaco muito esperto que queria fazer parte da corte do rei dos animais e para isso iria usar de todos os recursos possíveis, então, inventou que tinha recebido uma mensagem do espaço.


O leão que era muito supersticioso acreditou, mas, o macaco com medo de ver sua farsa descoberta, não contava o que lhe haviam dito lá do outro mundo e dizia que era um segredo muito importante e na hora oportuna o seu rei saberia de tudo.
O tempo foi passando e o macaco só vivendo do bom e do melhor, até que um dia, dona coruja que também era muito esperta começou a desconfiar da história do macaco e viu que aquilo era uma mentira de todo tamanho.
A coruja era a mais antiga conselheira do leão, mas a essa altura do campeonato o macaco já se havia tornado muito amigo do leão e conquistado sua confiança. A coruja sentiu que o leão talvez não acreditasse mais tanto nela e fosse imaginar que ela estaria com ciúmes do macaco, o que até certo ponto era verdade.
Dona coruja se viu num beco sem saída, e, teve a idéia de inventar uma história parecida com a do macaco. O leão mais uma vez foi nessa, mas, a coisa era de disco voador com homenzinhos verdes e tudo o mais. O macaco que não imaginava muito bem o que era isso foi falar com a coruja e perguntar se havia algum perigo para o reino de sua majestade.
A coruja então quis saber do macaco a tal da mensagem do espaço e o macaco confessou que a tinha inventado para subir de status no reino. Dona coruja pensou, pensou e resolveu dizer ao macaco que os homenzinhos verdes estavam muito chateados com a mentira do macaco e por isso tinham vindo até a terra com uma esquadra plena de esquadrões de fulgurantes anjos galácticos para justamente castigá-lo, mas, ela, coruja, os tinha convencido que o problema seria resolvido.
O macaco ficou muito agradecido à coruja e com medo que ela contasse ao leão a verdade, se mudou para bem longe e foi mentir em outra freguesia.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

DICAS DO ÁUREO PARA MOTORISTAS

Vencimento Carteira Nacional de Habilitação
Foi criada uma lei, na mesma época em que foi criada a lei seca, que só pode ser renovada a carteira durante o prazo de no máximo 30 dias após o vencimento da mesma. Após este prazo, a carteira é cancelada automaticamente e o condutor será obrigado a prestar todos os exames novamente: psicotécnico, legislação e de rua, igualzinho a uma pessoa que nunca tirou carteira.
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Esta Lei não foi divulgada como a Lei Seca e mais de 3.000 Pessoas só naCidade de SP no Mês de Outubro de 2008, perderam suas Carteiras deHabilitação e terão de repetir todos os exames.
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Fiquem atentos quanto ao vencimento de sua CNH. Só por alto, fora a multa, para tirar novamente a CNH, fica por volta de R$ 1.200,00 e leva + ou - de 2 a 3 meses, isso se você passar por tudo da 1ª vez.
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As mudanças começaram a valer no dia 1º de janeiro de 2009. Serão incluídos novos conteúdos, além de uma nova carga horária.
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O Diário Oficial da União(DOU) publicou(22/11/2008) uma Resolução do Conselho Nacional de Trânsito(Contran) que altera as regras para quem vai tirar a Carteira de Motorista. Entre as mudanças está a Carga Horária do Curso Teórico que vai passar de 30 para 45 horas/Aula e a do Prático, de 15 para 20 horas/Aula. Serão incluídos Novos Conteúdos, como as Consequências da Ingestão de Bebidas Alcoólicas e Cuidados Especiais com Motociclistas.
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As mudanças começam a valer no dia 1º de janeiro de 2009. Quem já tiver iniciado o processo antes disso ainda vai pegar as regras antigas.
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ALÉM DISSO:EXTINTOR DE INCÊNDIO
Providenciar com Urgência a Retirada do Plástico e Trocar o Extintor por um Cheio.
*Mais Uma Regulamentação - Sem a Devida Divulgação!
*Agora é Norma do CONTRAN e dá uma Multa de R$ 127,50 para quem for apanhado fora da Lei: O Extintor de Incêndio Obrigatório do Carro tem que estar Livre do Plástico que acompanha a Embalagem.
*
Tire a Embalagem Plástica e deixe o Acesso ao Extintor Livre.
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NÃO ESQUEÇA:
Se um Policial Rodoviário Estadual ou Federal parar seu carro e verificar que o Extintor está Protegido pelo Saco Plástico - Ele Vai Te Autuar - 5 Pontos na Carteira;
e Você só Segue Viagem Após Tirar o Plástico, desde que o bendito Extintor esteja com a Validade em Dia(e mais os tais R$ 127,50).

sábado, 21 de novembro de 2009

INFORMAÇÕES ÚTEIS DO ÁUREO

COISAS QUE NINGUÉM CONTA PRA GENTE!

Serviço 102 (Informações)
Quando você precisar do serviço 102, que custa R$ 2,05.Lembre-se que agora existe o concorrente que cobra apenas R$ 0,29 porinformação fone 0300-789-5900.
Para informações da lista telefonica, use o nº 102030 que é gratuito,enquanto que o 102 e 144 são pagos e caros.

Correios
Se você tem por hábito utilizar os Correios, para enviarcorrespondência, observe que se enviar algo de pessoa física para pessoafísica, num envelope leve, ou seja, que contenha duas folhas mais oumenos, para qualquer lugar/Estado, e bem abaixo do local onde coloca o CEPescrever a frase 'Carta Social', você pagará somente R$0,01 por ela.
Isso está nas Normas afixadas nas agências dos correios, mas éclaro que não está escrito em letras graúdas e nem facilmente visível.
O preço que se paga pela mesma carta, caso não se escreva 'Carta Social', conforme explicado acima custará em torno de R $0,27 (o grama).
Agora imaginem no Brasil inteiro, quantas pessoas desconhecem este fato epagam valores indevidos por uma carta pessoal diariamente ?

ECONOMIA
Economize até 50% com os gastos de seu chuveiro >> www.sminas2.br21.com
Renda Extra Profissionais do Marketing do Multi Nível, agora chegou a sua vez. Comece com uma organização garantida, veja como.
Acesse: www.ru-mmn.net/23700

A MELHOR DE TODAS ! ! !
Se você ligar de um telefone fixo da sua casa para um telefone celular, será cobrada sempre uma taxa a mais do que uma ligação normal, ou seja, de celular para celular.
Mas se acrescentar um número a mais, durante a discagem, lhe será cobrada apenas a tarifa local normal..
Resumindo:
Ao ligar para um celular sempre repita o ultimo dígito do número.

Exemplos:9XXX - 2522 + 2 / 9XXX - 1345 + 5
Atenção:
O número a ser acrescido deverá ser sempre o último número do telefone celular chamado !

Serviços bancários pela Internet
Para quem acessa o Home Banking de casa.
Vale a pena ler e se prevenir.Quando for fazer uso dos serviços bancários pela internet, siga as 3 dicas abaixo para verificar a autenticidade do site:

1 - Minimize a página.
Se o teclado virtual for minimizado também, está correto.
Se ele permanecer na tela sem minimizar, é pirata!
Não tecle nada.

2 - Sempre que entrar no site do banco, digite SUA SENHA ERRADA na primeira vez .
Se aparecer uma mensagem de erro significa que o site é realmentedo banco, porque o sistema tem como checar a senha digitada.
Mas se digitar a senha errada e não acusar erro é mau sinal.
Sites piratas não têm como conferir a informação, o objetivo é apenascapturar a senha.

3 - Sempre que entrar no site do banco, verifique se no rodapé da páginaaparece o ícone de um cadeado; além disso clique 2 vezes sobre esse ícone;uma pequena janela com informações sobre a autenticidade do site deveaparecer.
Em alguns sites piratas o cadeado pode até aparecer, mas será apenas umaimagem e ao clicar 2 vezes sobre ele, nada irá acontecer.

Os 3 pequenos procedimentos acima são simples, mas garantirão quevocê jamais seja vítima de fraude virtual.

CONTOS DO MUNIR - 18

FANTASIA

RR, meu companheiro, senta-se comigo aos domingos no calçadão da praia do Leblon. Eu leio o jornal, e ele fica ali contando suas histórias. Como RR gosta de monologar, não se importa muito se eu não o estiver escutando. Mas dessa vez, o contar era diferente e parei de ler. RR estava apaixonado. Um parêntese: RR e eu já temos carteirinha de idosos, não que isso seja relevante, importante é que o objeto de desejo de RR é uma jovem atriz do cinema espanhol e RR está livre para se apaixonar. É divorciado há mais de três anos. Tem a cabeça branca, três pontes de safena e um implante de "stent", usa sunga e óculos escuros de garotão.


Ele me conta que foi ao cinema e assistiu ao filme onde a moça era a heroína. Por uma dessas coincidências ao procurar em Ipanema em uma vídeo-locadora outro filme com a mesma artista, viu uma morena com um vestido pretinho básico examinando um DVD com um rosto de mulher em sua capa e percebeu que era a sua musa. RR achou que aquele era o “sinal”.

RR, bem apessoado tem um belo sorriso, veste-se com elegância é engenheiro e piloto civil, cursou em parte a Escola de Aeronáutica foi diretor de uma grande empresa de engenharia na Europa e Japão e, portanto, viajado.

Aposentou-se em ambas as profissões.


Como RR fala espanhol, inglês e francês, a moça aceitou a abordagem e ficaram ali conversando por algum tempo, só que RR perguntou tudo menos em que hotel ela estava.
À noite em casa lembrou-se de no dia seguinte ir procurar, nos hotéis próximos, onde estaria o grupo de espanhóis que viera ao Rio para o lançamento do filme onde ela era a artista principal.
RR achou o hotel, mas para sua decepção a comitiva já havia partido de regresso a Barcelona naquela madrugada.
O “sinal” não abandonou RR: no mesmo dia, sua sobrinha levou para casa o DVD que ele havia visto nas mãos da morena.
RR não entende de internet e nem tem computador; às vezes eu comentava com ele que praticamente encontrava quase tudo através de programas de buscas.


RR achou em Ipanema uma loja que alugava computadores, a princípio ficou meio inibido de falar com o rapaz encarregado o que desejava, mas sua vontade de saber mais sobre a moça era forte, e acabou por descobrir com a ajuda do empregado da loja o site da artista.

Havia mesmo um fã-clube em que RR se inscreveu.

Passou a freqüentar diariamente a página na internet. Ao final de alguns dias, já sabendo muito da carreira da estrela, estava mais apaixonado ainda. Mandou imprimir uma linda fotografia da artista, emoldurou e pendurou na parede de seu quarto.
Queria muito conversar com sua musa e acreditava que certamente ela se lembraria dele, (“o rapaz da vídeo - locadora”). Mandar um e-mail para o clube, ele achava não só vulgar, mas difícil de chegar às suas mãos.
Pediu pela internet o endereço, mas foi informado que por razões de segurança, nem o telefone poderia ser divulgado.

Esse assunto prolongou-se por vários domingos e RR tornava-se quase que obsessivo: já havia descoberto a data do aniversário de sua deusa; que estava indicada para o prêmio correspondente ao Oscar na Espanha; que estavam programados mais dois filmes para os próximos anos e outros detalhes.

Quando perguntei se estava apaixonado a resposta foi mais ou menos assim: você acha que eu deveria me apaixonar pelo Michael?
No último domingo me contou que agora jogava um real toda semana na mega-sena. Tinha certeza que ganharia e iria a Barcelona convidá-la para jantar.

Acho que vou fazer o mesmo e se ganhar vou convidar a marciana dos meus sonhos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"Demarcação Territorial Privê"

Passados alguns meses, a população brasileira ainda não conseguiu chegar à conclusão sobre o verdadeiro objetivo que está por trás da concessão - decidida pelo Supremo Tribunal Federal - de substancial parcela do território nacional localizada no Estado de Roraima, situada em zona de fronteira e contendo uma das maiores reservas de minerais estratégicos do planeta, para alguns poucos milhares de cidadãos de origem indígena.

Naquela ocasião, soou muito estranho que, da noite para o dia, ocupantes de cargos públicos que devolveram ao Ex-Ditador Fidel Castro 02 (dois) atletas cubanos participantes do Pan-2007, que buscavam asilo político no Brasil, tenham se travestido em protetores dos povos da floresta e defendido, intransigentemente (como é feitio dos radicais), interesses de grupos que, talvez, estejam fazendo o jogo de capitais internacionais que visam interferir na soberania brasileira e transformar algumas áreas de nosso país em uma ou mais futuras nações "democráticas".

A propósito: para criar um país basta que existam terra, povo, idioma, constituição, bandeira, símbolos, moeda e, por fim, reconhecimento da "alcatéia"; peço desculpas: dos donos da ONU. Essa última reflexão é suficiente para que seja entendido que - a partir daquela decisão - tenha sido descerrada a placa do projeto de criação de um precipício institucional, diabolicamente, arquitetado contra a República Federativa do Brasil.

Será que significativa parcela da população não atentou, até hoje, dia 15/11/2009, para um estranho e suspeito cronograma de desordens públicas que estão ocorrendo, já há alguns anos, do tipo:

a) múltiplas e simultâneas ações criminosas nas principais avenidas e ruas de São Paulo, do Rio de Janeiro e de outras capitais estaduais;

b) numerosas e sucessivas rebeliões em presídios masculinos, femininos e de menores;

c) sistemáticas invasões de terras, saques e destruição de propriedades e maquinário, colheitas e centros de pesquisa, por milhares de militantes uniformizados e brandindo bandeiras, facões e enxadas como se fuzis fossem;

d) rotineiras execuções de policiais, civis e militares, juízes, promotores e demais funcionários lotados na área de segurança pública;

e) bloqueios de estradas de ferro e rodovias federais, estaduais, ruas e logradouros municipais, etc. por indígenas ou milicianos dos chamados movimentos sociais;

f) centenas de agressões a servidores e ocupações de próprios públicos, inclusive, atos de vandalismo no Congresso Nacional?

Essa impune escalada terrorista me assombra a tal ponto que não descarto, inclusive, a possibilidade de que facínoras, também, estejam por trás de apagões de energia elétrica ocorridos, simultaneamente, em grande parte de nosso território. Alguém ainda tem dúvida de que a logística empregada nas ações acima mencionadas ultrapassa, em muitas vezes, o saber de nossas autoridades de segurança sobre o assunto?

É possível que tão desagregadoras estratégias possam estar sendo orquestradas no exterior e tenham por objetivo principal provar - em escala mundial - que, se o Brasil não possui condições de defender seu próprio território, muito menos apto estará para possuir e controlar o pulmão e as maiores reservas de minerais estratégicos e de água potável da humanidade. A realidade que passou a existir a partir da decisão do STF em relação ao episódio envolvendo a área denominada Reserva Raposa Serra do Sol não permite mais que governantes, futuramente, ao responderem às indagações sobre tais temas, venham a utilizar a ironia do "Não Sei!", o deboche do "Não fui informado!" ou a firula do "Mandarei Apurar!".

O hollywoodiano roteiro da novela que confrontou "criminosos" plantadores de arroz contra injustiçados índios usando calças jeans, tênis de marca, dirigindo carros importados ou falando fluentemente inglês, em minha opinião, consagrou, no Brasil, jurisprudência que poderá vir a ser usada para futuras decisões que envolvam novas fronteiras econômico-financeiras, alvo da cobiça internacional.

Quem sabe, poderemos vir a assistir, em futuro próximo, algo semelhante voltado para outras áreas multimilionárias em nossos recursos hídricos e reservas minerais?Quem seria capaz de afirmar, nos idos de 1962/1963, que essas decisões "chamuscadas de traços entreguistas" teriam origem nos próprios aparelhos esquerdistas? Daí, para eu chegar à conclusão de que "OS NOSSOS ATUAIS COMUNAS NÃO SÃO MAIS AQUELES QUE CONHECI NA UNIVERSIDADE", foi um piscar de olhos.

Penso que o assunto é grande demais para ser objeto - tão somente - de votação circunscrita aos 11 (onze) ministros do STF: o povo brasileiro tem de ser ouvido, em plebiscito, sobre todos os temas que envolvam territorialidade, tal qual afirmavam e gritavam, durante décadas, os militantes da esquerda tupiniquim que, no passado, se diziam nacionalistas.

Igualmente, acho que nossas autoridades deverim passar a respeitar a liturgia dos cargos públicos que estiverem ocupando, deixando de usar bonés e escudinhos partidários, andar com a mão no bolso ou no ombro dos "camaradas", passar gingando durante revista a tropas, ou tentar agredir a inteligência e os ouvidos dos cidadãos de tanto proferirem considerações ridículas e debochadas.O atual Presidente da República tem de optar se representa 190.000.000 de almas, "Fulltime" ou se também exerce o cargo de "Compañero Partime"?

Finalizo, repassando entrevista concedida pelo indigenista Orlando Villas-Boas, profundo conhecedor da região Raposa Serra do Sol e da cultura e hábitos da parcela indígena de nossa população que vem sendo mobilizada, há décadas, por ativistas estrangeiros, para impor, aos demais cidadãos, uma Demarcação Territorial Privê.

(Cliquem na seta e assistam ao vídeo)

http://br.youtube.com/watch?v=tzBaui-zTRE&feature=related

sábado, 14 de novembro de 2009

CONTO DO MUNIR - 17

ASPIRANTES

Foi no tempo em que as licenças na Escola Naval eram concedidas somente aos sábados à tarde, após o almoço. Por isso qualquer saída no meio da semana era buscada por todos os meios: os legais e os ilegais. Havia um grupo que praticava remo no Piraquê, outro pertencia a um quadro literário da Maison de France, alguns aspirantes praticavam diversos esportes em diferentes clubes.

A maneira de sair seguia um costume: o oficial de pernoite, responsável pelos aspirantes, cumpria a sua rotina de trabalho na parte alta da ilha, local onde vivem os alunos. De lá ele interfonava para o outro oficial de serviço na parte baixa (o que cuidava da parte administrativa, horário de conduções, recebimento de gêneros e materiais, licenciamento de praças, cerimonial de autoridades etc.), informando sobre qualquer licença extra de aspirantes. Enviava também um comunicado assinado, com o timbre do Departamento Escolar.

Em uma determinada noite, o oficial de serviço na parte baixa recebeu uma ligação da parte alta da ilha, informando que um grupo de catorze estudantes iria ser licenciado para assistir à ópera no Teatro Municipal. Identificou-se como tenente Heitor e, como os aspirantes já estavam atrasados, solicitou a dispensa da relação e da papeleta. Pedia, ainda, que fosse providenciado o ônibus com alguma urgência, pois a turma já estava descendo a rampa do túnel que intercomunica as duas partes da ilha. Perguntava se a condução não poderia deixá-los na porta do teatro.

O tenente Eric, que estava de serviço, aguardou que os rapazes chegassem.

Os aspirantes, todos do último ano, impecavelmente fardados, fizeram alto em frente à Sala de Estado. O mais antigo deu “esquerda volver! ”. Apresentou o grupo com corretíssima saudação militar

O tenente Eric assumiu a formatura e deu a voz de comando: ATENÇÃO GRUPO!

“Direita volver!”.

A turma pensou que fosse subir para o ônibus. O tenente Eric deu nova ordem: “Meia-volta volver!”.

Em direção ao túnel. Marche!”.

Os meninos nem sequer reclamaram.

O tenente Heitor, companheiro do tenente Eric e colega de camarote do tempo de Escola, já no pátio, os aguardava com catorze papeletas* para justificativas e futuras audiências.

Só fez uma pergunta: qual deles tentou imitar sua voz ?

*Folha de participação de falta disciplinar

ESCOLA NAVAL NA T.V.

A Rede Globo de Televisão, a Globo News e o Canal Futura exibirão, no programa GLOBO UNIVERSIDADE, matéria sobre a ESCOLA NAVAL. O programa constará das principais atividades desenvolvidas pelos Aspirantes, com destaque para assuntos acadêmicos, esportivos e militares, saídas-tipo nos Avisos de Instrução e nas embarcações a vela e a remo, instrução em navio da Esquadra, bem como a realização de exercícios no Complexo Naval da Ilha do Governador. Segundo as emissoras, será cumprida a seguinte programação:

REDE GLOBO de Televisão (TV aberta) - 14NOV às 7h15

GLOBO NEWS - 14NOV às 13h05

CANAL FUTURA - 18NOV às 16h30

terça-feira, 10 de novembro de 2009

CONTOS DO MUNIR - 16

O Mercador Árabe
Era uma vez um mercador árabe chamado Ben-Ali. Rico de coração e por isso mesmo não tão rico de dinheiro.
Certa vez andando por uma cidade, encontrou um mendigo que lhe pediu água e comida.
Ben-Ali lhe disse:
-Venha comigo e sua fome e sede serão saciadas.
O pobre, que se chamava Nain, retrucou:
-Senhor, como poderei acompanhá-lo, se nem forças tenho para levantar-me ?
O mercador vendo assim uma grande verdade, deu-lhe água e alimento. Satisfeito o mendigo pôs-se de pé.
O mercador perguntou:
-Então, está pronto para acompanhar-me ?
O homem responde:
-Agradeço senhor, mas vou seguir minha vida e meu caminho.

A Estória do Mendigo
O homem que estava pedindo ajuda não nasceu pobre, ao contrário, descendia de uma nobre família, Al Zattar, que comercializava diamantes. Junto com seu irmão, Ibraym, aumentaram muito o patrimônio que herdaram.
Entretanto, o irmão ambicioso, a quem cabia a lide do dinheiro, de há muito arquitetava, da fortuna apoderar-se. Assim fazendo, fugira, deixando Nain só e com dívidas, que o obrigaram, a de tudo que tinha desfazer-se.
A partir de então, a descrença no ser humano e o desânimo, dele tomaram conta.
Rolando pela depressão até a miséria, esquecera-se mesmo de seu dom de conhecer um valioso brilhante, por um relance de olhar.
Encontrar alguém que o chamasse a compartilhar de uma caminhada, sem nada pedir, animou-o à luta e restaurou, de alguma forma, seu orgulho.
Por isso, Nain somente agradeceu ao mercador Ben-Ali.

A Estória do Mercador
Ben-Ali
viajava muito e seu encontro com o mendigo Nain, na verdade, não foi nada casual.
De fato, há muito tempo que ele o procurava com o propósito definido de o ajudar, conforme havia prometido ao homem que tentara socorrer e morrera em seus braços, tempos atrás.
Vítima de salteadores, que não só lhe roubaram a vida, como também todo o dinheiro que carregava, o homem lhe havia contado de que maneira traíra seu irmão, e do arrependimento e remorso que o faziam voltar para revê-lo e a ele devolver a fortuna da qual se apoderara, agora levada pelos assaltantes.
Ainda antes de expirar, disse do dom fraterno; entregou a Ben-Ali um saco de brilhantes que havia escondido em suas botas e pediu que dividisse com o irmão, que se chamavca Nain.

Continuação das Estórias
O mendigo, ao levantar-se, imediatamente tomou consciência de como estava vestido e cheirando mal. Viu também aos seus pés algumas moedas de ouro que dariam para comprar alguma roupa após banhar-se num rio próximo e trocar-se, o que ele fez.
Seguiu depois para a antiga praça de comércio e lá encontrou novamente o mercador que estava tentando vender tapetes e que fingiu não reconhecê-lo.
Ao aproximar-se, o mercador tirou de sua túnica o saquinho de brilhantes e perguntou se ele não gostaria de comprá-los, dizendo um preço muito abaixo do real valor.
O homem responde:
-Senhor, eu o estaria enganando se o fizesse, pois são pedras muito preciosas e valem até vinte vezes mais.
O mercador então teve a certeza de que ele era aquele que procurava e, entregando-lhe os diamantes, contou-lhe a verdade.
O homem com lágrimas nos olhos disse:
-Senhor, estou pronto para acompanhá-lo.
-"AS-SALAAMU ALAYKUM"
-"WA- ALAYKUM ASAALAM
"

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"O Assaltado Traíra"
Naquela noite cheguei em casa bastante excitado em face de um episódio que já se tornou corriqueiro entre os que circulam ou moram na Cidade do Rio de Janeiro. Acabara de viver a sensação de um quase assalto. Corri para o computador para digitar os detalhes do momento por que havia passado e que ainda explodiam em minha mente.
Concluí o relato à uma hora da manhã, porém, só consegui dormir às cinco e meia, e com o dia já clareando, mas estava satisfeito pois conseguira registrar toda a ocorrência no texto que denominei: "O Assaltado Traíra!"
A cena se passou em uma sexta-feira, às 20h30, em pleno centro da cidade. Em tempos imemoriais fui um atleta, mas, naquela ocasião, além de barrigudo, pesado e "coroa" encontrava-me febril e resfriado. Saíra do escritório de um querido amigo, o advogado José Augusto Caiuby, às 20h10, e após caminhar pela Avenida Almirante Barroso, no trecho compreendido entre a Rua México e Avenida Rio Branco, aguardei, junto ao sinal de trânsito existente na esquina, e em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal, a minha vez de atravessar a via.Logo ao fazê-lo, percebi que um indivíduo pardo aparentando 19 anos de idade, com, possivelmente, 1,72m de altura, 68 quilos, vestindo calça de algodão escura e camiseta azul sem gola, calçando sapato tipo mocassim, e não portando qualquer volume nas mãos, sequer um envelope, passara me "filmando" (gíria de bandido) pelo canto do olho e caminhando em sentido diagonal ao meu.
Nesse momento, percebi que seria assaltado tão logo chegasse ao lado oposto e me dirigisse para a Estação Carioca do Metrô: sabem por quê?
Porque a essa hora o trecho já estava deserto e a excessiva dimensão das bancas de jornais em relação às calçadas existentes no percurso criam verdadeiros becos, favorecendo o "bote" que seria, inevitavelmente, dado pelo - até então - único assaltante observado.
Diante do fato, decidi continuar andando na pista de rolamento e acompanhar os movimentos do suspeito, que diminuía, progressivamente, os seus passos à medida que se aproximava da última das citadas bancas que se encontrava em meu caminho.Eu já tinha plena convicção de que seria mais uma vítima a ser citada nas colunas de noticiário policial, pois o meu instinto animal me informava que havia um outro meliante pronto para surgir pela retaguarda e, juntos, fazerem de mim "UM EMPADÃO". Era uma questão de alguns poucos minutos.Poderia ter gritado pedindo socorro, mas não escaparia de ser, também, alvo de chacotas dos próprios indivíduos - pois o "ataque" ainda não havia sido consumado - ou continuado pela pista me arriscando a ser atropelado, ou, por fim, fazer algo que "os criminosos" não esperavam. Foi o que fiz, e penso: livrou-me do assalto.Mudei, repentinamente, minha direção indo direto e a passos rápidos, para a retaguarda do primeiro suspeito identificado.Quando já estava a quase um metro e meio dele, o meliante - como se tivesse olhos nas costas - flexionou as pernas, girou o corpo pelo seu lado direito com muita agilidade, dando um soco em minha direção (pegou no ar), muito mais para fugir do que acertar e pasmem, correu em sentido oposto ao meu, se juntando a um outro personagem. Pude constatar em seu olhar assustado, a manifestação de sua personalidade covarde. Talvez, quem sabe, tenha sido o primeiro dia de sua carreira de assaltos. Nesse instante, observei melhor o seu comparsa: um indivíduo de cor negra, aparentando 25 anos, com, aproximadamente, 1,75m de altura, 75 quilos, vestindo calça de cor escura e camisa branca de gola, igualmente, sem portar qualquer volume nas mãos. Manteve-se, durante todo o tempo, a quinze metros de distância, talvez, surpreendido pela minha inesperada reação. Olhando para mim ficou gritando:- "Você é um covarde que ataca os outros pelas costas!"; "Ataca pela Frente, TRAÍRA!"; "TRAÍRA, TRAÍRA, TRAÍRA" gritava a plenos pulmões. Não proferiu um único palavrão, apenas continuou repetindo a mesma palavra, tendo a seu lado "o piloto do assalto", seu comparsa. Fiquei ali parado, estático, por alguns segundos, encarando os dois assaltantes, segurando a minha pasta à frente do corpo, e atento ao desenrolar dos acontecimentos. Vendo que os mesmos permaneciam juntos e em dúvida sobre o que fazer, e não querendo esperar, até a data de meu próximo aniversário, a decisão que eles iriam tomar, me dirigi à Estação Carioca do Metrô, em passos firmes, sem correr ou demonstrar nervosismo, e olhando para trás, periodicamente, ultrapassei o tal Supermercado de Jornais & Revistas (me recuso a chamar aquela "Loja" de Banca, pois chega a ser uma piada) e a alameda existente entre a CEF e o Edifício Avenida Central. Subi os degraus, caminhei alguns metros, em seu hall, e me virei na direção da Avenida Rio Branco, pois intuitivamente sabia que "eles" estavam por lá, oportunidade em que pude avistá-los a uma distância de uns 50 metros, ao lado das pilastras daquele conhecido prédio, e em companhia de um grande grupo. Gesticulando, me desafiavam a ir até a eles, fazendo movimentos com as mãos do tipo "Vem cá se tu é hômi!", talvez, para se justificarem perante os demais colegas de profissão, que lá fazem ponto, da vergonha que haviam passado. Parece incrível que alguém com a minha idade ainda possa ser adjetivado de "covarde", por dois assaltantes, em plena avenida do centro do Rio. Não foi por outra razão a escolha do título "O Assaltado Traíra!".
Desci a escada da Estação Carioca para encontrar minha esposa que lá me aguardava, e depois fui à cabine da PM existente nas proximidades, onde após me identificar e relatar o fato ao policial de plantão, pedi que dois guardas me acompanhassem, à distância, para que eu tentasse identificar os delinqüentes.Apesar de não os havermos encontrado, tenho certeza que eles estavam, por lá, nos espreitando! Cabeça a mil, e feliz por haver conseguido chegar em casa, a salvo, passei a divulgar a história que vivi, e que os estimados internautas que acessam o blog Sauna e Kultura passaram a conhecer, a partir de hoje.
autor: Augusto Acioli de Oliveira

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

“51 ANOS ATRÁS”
Fui para a rua, naquele dia, um vencedor, um verdadeiro Campeão do Mundo. Poucos minutos antes, havíamos, a Seleção Brasileira e Eu, derrotado os Suecos, na casa deles e na presença de seu Rei. Não vou me esquecer, jamais, daqueles momentos em que toda a minha família vibrava, intensamente, através da fantástica performance dos locutores esportivos da época, ao redor de um pequeno rádio de válvulas, gabinete em plástico na cor bege, com dois botões e cujo mostrador das estações se movia em semi-círculo.

Quanto sofrimento quando “ELES” fizeram o primeiro gol. Foi tudo tão rápido que não deu tempo sequer de absorver o golpe. Logo em seguida, para nossa alegria o grande VAVÁ, em cruzamento magistral do extraterrestre MANÉ, empatava.


Meu DEUS, que gritaria, quantos abraços apertados: VIVA O BRASIL! Pouco tempo depois, mais uma vez, lá estava ele, VAVÁ, fulminante, em um outro centro do MANÉ. Momentos após, PELÉ, um garoto um pouco mais velho do que eu, em plena final da Copa do Mundo de 1958, com um senhor lençol dentro da grande área Sueca, entorta e maravilha os europeus, para nós, naquela época, verdadeiros e distantes senhores feudais. Em seguida, ouvimos o gol daquele que com o passar do tempo viria a se transformar em um técnico teimoso, ranzinza, brigão e, também, competente: o formiguinha ZAGALLO.

Finalmente, fechando o placar, PELÉ de cabeça: BRASIL 5 x SUÉCIA 2. O árbitro apitou o final do “match”. Chegara a hora do Mundo conhecer o gesto que imortalizou a vitória brasileira, quando BELLINI, o capitão daquele batalhão invencível, ergueu a Taça! Vencemos, gritavam e choravam todos naquela sala: o BRASIL é Campeão do Mundo! Viva o BRASIL!
É, quanta responsabilidade sempre teve a Seleção Brasileira de Futebol! Além de enfrentar os mais valorosos adversários, tem a permanente obrigação de dar ao povo do país a sensação de felicidade, nem que seja, apenas por um mês, a cada quatro anos.

Eu tinha, então, 12 anos, estudava no ginásio, era baixinho e as meninas não queriam nada comigo, pois o ISO 9000 da categoria, na época, eram os rapazes altos e acima de dezoito anos. Naquele dia, entretanto, o fato de não ter uma garota para namorar foi irrelevante, pois MANÉ, DIDI e PELÉ ficaram com as louras Suecas, minha família bebendo muitas louras geladas, e eu imaginando como seria, no futuro, a MULHER DA COPA DA MINHA VIDA!

domingo, 1 de novembro de 2009

NOVO DECK DA SAUNA DO PIRAQUÊ

As obras de remodelação e substituição do piso de madeira, do Deck da Sauna do Piraquê foram concluídas. Ficou uma BELEZA !!!Agora com este novo tipo de material constituído da síntese da reciclagem de plásticos em geral, o piso será muito mais duravel e resistente.
PARABÉNS À DIRETORIA DO PIRAQUÊ !!!