terça-feira, 31 de janeiro de 2012

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

COMO LOCALIZAR O SEU ENDEREÇO

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Estimados Associados do Sauna & Kultura,

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Vocês gostariam de ver o seu endereço (localizado em qualquer parte do Mundo) por satélite ou mapa?

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Em caso de resposta positiva, cliquem no atalho copiado, a seguir, e escrevam o nome da Rua desejada, número do imóvel, bairro, cidade, estado e o país (caso ele esteja situado no exterior).

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http://showmystreet.com

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Fast and easy street viewing - just start typing an address and streetview or satelitte images start filling your screen.

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Abraços do Augusto Acioli de Oliveira

20120125, Rio de Janeiro, RJ.

domingo, 29 de janeiro de 2012

CONTOS DO MUNIR 79

FETTUCCINE & A MOÇA DO GULA-GULA

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A ideia era ir ao Shopping Leblon trocar o celular por um iPhone ou um Smartphone, que faz a mesma coisa e é muito mais barato, (melhor perguntar antes a Cora Ronai). Aproveitar e comprar logo o pacote 3G. Depois ir ver Tim-Tim no cinema. Comer Sirloin ao ponto para bem passado no Outback.

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Já eram quase seis horas da tarde, a chuva começou a cair forte, planos mudados. Duas horas voaram.

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A fome bateu. A chuva amenizou por instantes. O Gula-Gula na esquina e vontade de comer um fettuccine.

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O garçom disse que não era gratinado, insistindo fui até a cozinha falar com o cozinheiro, ele disse que poderia ser. Era de nozes e gorgonzola, recomendou que não tocasse no prato. Estava queimando.

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Ela entrou, pernas longas, tipo falsa magra. Rosto de traços angulosos, que dispensava maquiagem. Cabelos claros não muito longos, algumas luzes discretas. Saia evasê na cor caqui, blusa bege com decote transpassado. Scarpin básico avelã. Tirou da bolsa Victor Hugo, um iPad, e começou a twittar.

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Sempre tive dificuldade de comer macarrão usando a colher, mas o fettuccine, delicioso, não sei porque, ficara fácil enrolar. Devia ser o ponto.

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Muito tempo para comer o gratinado, esfriando no garfo. Terminei. Pelo vidro que isola o restaurante da rua, via-se a chuva forte, iluminada pela luz dos postes.

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Muitas pessoas chegavam, Mateus, que servia à mesa, ansiava por novos clientes e novas gorjetas. A toda hora perguntava:

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-Mais alguma coisa?

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Eu não tinha pressa, estava sem guarda-chuva. Arriscar a pegar nova gripe, nem pensar.

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A moça também já tinha acabado seu jantar.

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Pedi a conta e fui esperar a chuva passar junto à porta do restaurante.

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A jovem passou por mim, perfume Chanel número 5, deu para comparar sua altura, quase a minha. Imaginei-a descalça.

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Ela também hesitou em sair, embora estivesse de sombrinha.

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Comentei:

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– Que chuva!

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Ela sorriu e abriu o guarda-chuva.

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Arrisquei, mais para não me molhar:

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-Será que você poderia me dar uma carona até o meu prédio? É a uns quinze metros deste mesmo lado.

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-Claro-disse com voz firme.

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Caminhamos juntos, a sombrinha mal dando para nos proteger.

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Chegando à portaria, perguntei:

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-Posso retribuir levando você à sua casa? O meu carro está ali.

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-Ficou tarde para ir ao cinema e cedo para ir para casa, ela disse, - agradecendo.

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Entendi que era a maneira gentil de dizer que preferia ir caminhando.

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-É muita água e você vai se molhar, mesmo com a sombrinha, falei.

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Realmente, a chuva aumentara e muito.

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-Quer esperar um pouco aqui na portaria? Tem uma TV e você pode assistir o Fantástico.

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-Tem DVD? -questionou.

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- Aqui não. Na minha casa tem um blu-ray-falei.

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-Algum filme bom?

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-Tenho quatro filmes. Você pode escolher.

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Subimos. Acendi a luz da sala. Liguei o DVD e ela escolheu “Do que as mulheres gostam” com Mel Gibson e Helen Hunt.

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Sentamos no sofá.

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Perguntei se queria tomar uma taça de vinho tinto ou um Prosecco.

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-Não, obrigada, tomei uma caipirosca de morango.

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-E um licorzinho?

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-Aceito.

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Servi o Cointreau no cálice, apoiado em um guardanapo.

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O filme começou. Pedi licença e disse que já voltaria. Ela perguntou se não queria que teclasse “pause”.

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-Não precisa.

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Já havia visto o início do filme. Na verdade, todo o filme, que é de dar sono.

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Não mais que cinco minutos, voltei. Ela estava ressonando, deitada ao longo do sofá, a TV ligada.

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Fui para o escritório, liguei o computador e fechei a porta por causa do som.

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Dez minutos, retornei à sala. Ela tinha ido embora. O filme passando. O cálice vazio. No guardanapo um número de celular e o nome Camile.

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Liguei logo e ouvi a voz feminina robotizada:

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-“Este número de telefone não existe”.

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Continua...

Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CONTOS DO MUNIR 78: "O TAXISTA"

TAXISTA

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LEBLON

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- Boa noite. Meu nome é Gustavo, para onde o senhor deseja ir?

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Surpreso com a delicadeza do motorista, respondi- Marina da Glória- Cirque Du Soleil.

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-Então não preciso nem programar o GPS, sei onde é. Vou deixar ligado por causa dos pardais.

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-Que tipo de música o senhor quer ouvir?

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Sem esperar resposta, continuou:


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- Aí atrás tem uma TV digital, está ligada na Globo, está na hora da novela, se o senhor quiser mudar é só aproximar a mão perto da tela, vai aparecer o menu. Na Band, está passando o jornal. Pode também desligar. Estou ouvindo música ambiental no Bluetooth e posso aumentar o som. E o ar está bem?

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-Está bem. E desliguei a TV.

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Era sexta-feira, chovia um pouco.

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Fomos pela Delfim Moreira, Vieira Souto e na Av. Atlântica, o trânsito lento.

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O taxista comentou:

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- Creio ser melhor ir pela Nossa Senhora de Copacabana, o corredor expresso melhorou muito o tráfego lá. Temos bastante tempo, o espetáculo só começa as vinte e uma horas, mas se o senhor for pro Tapis Rouge seria melhor chegar mais cedo para tomar seu uisquizinho e comer uns salgadinhos.

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Não sei porque ele acertou que eu estivesse indo pro Tapis Rouge.

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- Então vamos.

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Realmente o trânsito fluiu bem mais rápido.

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Notei que no painel dianteiro existiam quatro fotos: dois rapazes, uma moça e um menino.

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Por curiosidade perguntei:

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-Sua família?

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O taxista respondeu: meus filhos e meu neto.

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Interroguei:- A moça não é sua esposa?

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Gustavo insistiu:- São meus três filhos, um de cada uma das ex-mulheres e o menino de cinco anos é filho desse mais velho (na foto parecia um jovem de pouco mais de vinte).

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- Agora só tenho uma namorada e não quero ter mais filhos. Não sei quantos ainda estão por aí.

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Estávamos já próximos da Marina da Glória, e o taxista entendia bem do seu ofício. Uma fila de um quilômetro de carros, incluindo táxis, se estendia para adentrar. Gustavo ignorou solenemente a fila. Paramos junto à tenda azul paramentada com o tapete vermelho.

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O motorista falou: O seu show vai terminar por volta de meia-noite, é difícil pegar um táxi a essa hora, ligue que venho buscá-lo no meu carro. A luz de cima é azul, será fácil me ver.

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Ao saltar, avistei Soninha, linda de tubinho preto, que também desembarcava de um automóvel.

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Como estava esperando Nicole que vinha de uma reunião de trabalho na cidade, cumprimentei Soninha rapidamente, bem a tempo de ver Nicole chegar.

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Passamos, eu e Nicole na tenda azul, tomamos champanhe e beliscamos uns petiscos.

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Notei que Nicole queria me dizer alguma coisa. O espetáculo começou, ela, cuidadosa nesses ambientes, sempre desliga celulares e não gosta de conversar. Eu a senti ansiosa.

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No intervalo, veio o questionamento:- Quem era aquela moça bonita que você cumprimentou?

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Respondi dizendo que era uma amiga de minha filha.

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– Creio que já a vi em algum lugar.

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-Ah, agora estou me lembrando... Ela é lá do Arpoador e só a tinha visto de shortinho.

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A chuva aumentou, o show terminou e havia chamado o taxista para nos buscar.

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Gustavo apareceu com seu táxi de luz azul.

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Só virou-se para trás, discretamente, mais para olhar Nicole, do que perguntar se era para nos deixar onde eu havia tomado o táxi.

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Nicole, que costuma dar as ordens para aonde ir ao motorista, entrou calada e calada ficou o resto do trajeto.

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À noite, dormi no sofá da sala.

Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI: "CARTAS dos LEITORES"

CARTAS DOS LEITORES

Finalmente, a mídia brasileira escrita ou digitada nos brindou com a mais inteligente decisão de caráter jornalístico-empresarial das últimas décadas, ao alçar escondidas e pouco prestigiadas seções de cartas, à categoria de verdadeiras colunas de múltiplas análises críticas de atos e fatos de repercussão pública, tendo por autores milhares de cidadãos que possuem em comum a vontade de participar – de fato e em todos os níveis – do conjunto de iniciativas parlamentares que lhes afetam, diretamente, ou interferem na vida das populações dos diversos rincões do território nacional, alvos finais de toda e qualquer decisão emanada do congresso nacional e sancionada pela presidência da república.

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O Jornal O Globo foi um dos que mais rapidamente percebeu a importância de transformar seu público em incansável, indomável e combativa equipe de redatores que transformaram suas residências em ágeis e dinâmicas redações.

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Consideração a parte, essa estratégia poderá vir a ser muito útil caso os, permanentemente, insatisfeitos e incendiários vermelhinhos de plantão da turma do “pouco feijão, meu pirão primeiro” decidam calar ou amordaçar a imprensa tupiniquim tentando – mais uma vez - exterminar com a nossa democracia.

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Foi-se o tempo em que malversações de fundos públicos passavam silenciosas, incólumes e, até, bem referendadas por afirmações do tipo: “ele rouba, mas faz”.

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Ou que autoridades empregavam “em surdina” seus apaniguados ou utilizavam, descaradamente e sem a menor sensação de culpa, seus elevados limites de cartões corporativos para o pagamento de viagens aéreas internacionais (inclusive beneficiando parentes, parceiros afetivos, etc.), caríssimas diárias em hotéis 05 estrelas, aluguel de veículos com motoristas, compra de elegantes trajes em lojas de grife, listados perfumes ou finas bebidas e iguarias em espaços “Duty-Free”, ou para não perderem o hábito amoral e manterem o ritmo, até mesmo adquirindo proletárias tapiocas.

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Essas centenas de milhares de colunistas que surgiram do dia para a noite a reboque das redes sociais ensinaram aos grandes veículos da mídia novas técnicas - mais ágeis e eficazes - de arregimentarem-se pessoas ou materializar-se o genérico conceito de “opinião pública”.

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Os internautas já sabem como fazer para colocarem, sem alarde, palavras de ordem, camisetas institucionais ou verbas de órgãos do governo, milhares de pessoas nas ruas ou em qualquer lugar.

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Desta forma, foi com grande satisfação que após anos e anos lutando, via emails, blogs e jornais do Brasil e Exterior, contra os tais monstrengos implantados, no meio das calçadas desta futura Cidade Olímpica, aos quais denominei “Linha Maginot-Rio” vi frutificar o meu trabalho cujo sucesso divido com todos vocês que sempre me estimularam a prosseguir com esta árdua e desgastante luta.

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Abaixo, transcrevo a matéria que detonou o processo e, a seguir, a nova foto do local então denunciado.

Autor: Augusto Acioli de Oliveira – Economista

velhoescriba@gmail.com



“Linha Maginot-Rio”

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Denominei este tipo de desordem pública de "Linha Maginot-Rio”


De tão indisfarçadamente agressiva e imposta “goela abaixo” dos moradores e passantes do município do Rio de Janeiro tornou-se um de seus mais conhecidos mobiliários urbanos.

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Não leio ou ouço a mais suave manifestação da mídia, governantes e políticos, ministério e defensoria públicos, etc., contra esse rotineiro absurdo incorporado ao dia-a-dia de uma cidade que irá sediar os Jogos Olímpicos e terá destacada participação em futura Copa do Mundo de Futebol.

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A fortificação ora divulgada está edificada - há anos - na Rua São Clemente à altura do nº 64, Bairro Botafogo, na calçada oposta à estação Botafogo do Metrô-Rio.

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Trata-se de um clássico exemplo de verdadeira agressão ao direito de circulação de cegos, cadeirantes, portadores de necessidades especiais, idosos, crianças e dos demais cidadãos.

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Se a justificativa para a impune manutenção dessa estratégia é impedir o estacionamento irregular de veículos no local, que as autoridades responsáveis determinem a adoção de modelos com outro design e próximos ao meio-fio de forma a liberar a calçada para aqueles que dela necessitem fazer uso.

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A partir daí - aí sim - os casos de transgressão à ordem pública, via estacionamento de veículos sobre as calçadas, devem ser punidos com multas elevadíssimas associadas a uma perda exemplar de pontos na carteira dos motoristas infratores, em quantitativo tal que desestimule o referido ato infracional.


Autor – Augusto Acioli de Oliveira – Economista

velhoescriba@gmail.com

ESTA BATALHA, VENCEMOS, FALTAM MILHARES DE OUTRAS



sábado, 7 de janeiro de 2012

CONTOS DO MUNIR 77


MUDANÇAS INESPERADAS OU PARÁBOLA DOS APÓSTOLOS E UM JUDAS ISCARIOTES

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Mário, cientista nuclear e médico cirurgião plástico, iniciava a pesquisa de falsas identidades adquiridas por criminosos. Sua missão descobrir as originais. Um laboratório piloto e uma equipe de cientistas foram colocados a sua disposição. O caráter extremamente sigiloso da operação obrigava o exílio dos envolvidos. A experiência inicial bem sucedida foi determinante para desenvolvê-la mais profundamente.

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O complexo final foi planejado para Goiânia, local escolhido pelo triste episódio ali ocorrido com o isótopo Césio 137, do qual Mário participou ativamente como especialista em radiação e médico. Não conseguira salvar vidas. Minimizou os efeitos da contaminação e do terror tomado pelos locais com medidas preventivas e esclarecedoras.

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A construção utilizou a experiência da pirâmide feita para armazenar o lixo atômico do acidente com o Césio 137.

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Uma cobertura de chumbo envolvia o prédio. Eram onze pesquisadores e mais uma escultora, perita em esculpir cabeças em tamanho natural e com riqueza de detalhes, a partir de fotos.

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O processo, tendo por base os fichários da Policia Federal e da Interpol mostrava fotos de traficantes, políticos corruptos, criminosos de guerra, serial killers, mafiosos e todos aqueles que, fugitivos da Justiça, se refugiavam, através de cirurgias plásticas em suas novas aparências.

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Cabia à escultora a modelagem inicial das matrizes utilizadas.

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O maior e mais perigoso traficante, entretanto vivia na sombra, pouco conhecido, sem passagem pela policia, sem fotos. Rico e poderoso subornava políticos e autoridades. Sem escrúpulos os corrompia com o propósito de destruir possíveis evidências que o ameaçassem.

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Tomara conhecimento do laboratório, identificara seus componentes e fixou-se em eliminar aquela ameaça.

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Seu único retrato era quando menino em Cáli.

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A perícia da artista era tal que ela foi capaz de reconstituir em molde sua aparência atual.

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Estela, era seu nome, fora casada, o ex-marido apesar de ser um homem bom, não foi capaz de acompanhá-la em seu crescimento intelectual. Era também formada em psicologia e filosofia e inspirava-se em Kant e em seu juízo estético para elaborar suas esculturas.

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Após a entrevista, Mário desejou visitar seu ateliê e ver suas obras.

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-Mário, aceita um licorzinho? As mãos de Estela, firmes no cinzel, tremiam ao segurar o cálice. Terminou por deixá-lo cair. Ambos se apressaram a recolher os cacos. Os rostos se tocaram. Impressionado por sua arte, ele a chamou para a equipe.

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A impressora tridimensional, provida de massa plástica de composição atômica semelhante à estrutura óssea humana, reproduzia cópias dos padrões.

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Mário utilizava o projetor holográfico e o colimador do Césio 137 para realizar ensaios sobre possíveis alterações nas feições dos procurados. Ressaltava, entretanto, os dados imutáveis por cirurgia, que levariam à identificação dos criminosos.

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As imagens, enviadas para aeroportos, postos de fronteiras, estações ferroviárias e rodoviárias, portos de desembarque, eram retransmitidas aos agentes de segurança, através de um softer comparando em tempo real as pessoas que transitavam nas áreas vigiadas.

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Logo, foram detidos inúmeros marginais que se julgavam imunes.

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Uma radiação infinitesimal, no laboratório, não percebida pelos detectores, lentamente era absorvida pela equipe, atuando como uma espécie de vacina contra os seus efeitos nocivos. A exemplo dos índios, que inoculavam doses mínimas de cicuta em seus filhos desde o nascimento até torná-los imunes ao veneno.

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O efeito do Césio foi sentido de forma inesperada quando os participantes depois de três semanas tiveram um tempo livre para percorrer o longo corredor, com aspersão, de mais de um quilômetro, para descontaminação e usufruir um pouco da noite de lua cheia.

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Sem as luzes artificiais, os corpos dos cientistas ao reflexo do luar passaram a emitir uma brilhante luz azul. Mário sempre levava consigo um contador de radiação. A contagem se apresentava nula, não revelando perigo.

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Estela não fora afetada, seu estúdio era separado e protegido.

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Mário observou que ao se afastarem da luminosidade do luar o azul desaparecia, constatou também, que seu raciocínio parecia mais veloz quando a luz azul brilhava, assim, equações matemáticas de soluções de fenômenos físicos se elaboravam sem esforço aparente. Desapareciam de sua lembrança à ocultação da lua. Podia ler o pensamento de Estela, mas não dos demais cientistas afetados. Ficou aterrorizado, imaginando que os seus companheiros, igualmente lessem o pensamento da jovem escultora a ele dirigido repetindo sem cessar:- Eu te amo.

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Tranquilizou-se ao verificar que só conseguia ler o pensamento de Estela quando ele próprio estava envolvido nele, provavelmente por uma questão de sintonia.

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A explosão violenta da sabotagem foi ouvida, após o clarão luminoso que vindo do laboratório destruído iluminou os cientistas. Mário um pouco afastado pode ler no milésimo de segundo antes da luz o atingir, o pensamento de um deles:- Mário, agora estou rico!

Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com