terça-feira, 30 de novembro de 2010

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"O RESGATE DA CIDADANIA"

Acompanhei, com orgulho, no período de 22 a 28/11/2010, a ação das forças estaduais e federais em defesa do que restou do direito de ir e vir do povo carioca.

Até que enfim o poder público deu o ar de sua graça ao começar a submeter - com competência e determinação - os criminosos de todos os tipos e facções que agem nas terras do Estado do Rio de Janeiro às mesmas leis que regem a vida dos demais habitantes do território brasileiro.

A pergunta que fica é: por que razão demorou tanto tempo para agir?

Foi fundamental para o êxito desta operação que os políticos e os oportunistas de plantão tivessem se afastado do palco de operações dando lugar àqueles que, realmente, entendem do assunto. Se idêntico comportamento tivesse sido adotado durante o episódio conhecido como "Ônibus 174" não teríamos tido uma professora assassinada por absoluta incapacidade demonstrada por um ex-governador na gestão de um tema que não dominava.

Durante as transmissões televisionadas chamou minha atenção uma revelação feita por integrante das tropas do bem à jornalista que o entrevistava: "...nos preparamos durante 02 (dois) anos para esta ação".

Indiscutivelmente, foi uma operação e tanto, porém, imagino que a emoção gerada pelo ineditismo deste novo modelo de enfrentamento levou o expositor a superdimencionar o tempo de elaboração da logística empregada para dar "um basta" naquela desordem pública localizada e conhecida. Quem sabe tenha feito tal afirmação para não ser obrigado a dizer: "somente, agora, nos autorizaram a agir como já poderíamos haver feito há muito mais tempo".

Penso que foi o bárbaro trucidamento do saudoso jornalista Tim Lopes, o detonador do processo de reação da sociedade contra um acinte que permanecia quase que imutável, desde a época de um já falecido político que ao assumir o governo estadual proibiu incursões policiais aos redutos de criminalidade localizados nos morros cariocas, possivelmente, temeroso de que fossem encontradas pessoas conhecidas circulando com desenvoltura naqueles covis.

Uma fatia da população do Rio de Janeiro não pode deixar de assumir sua parcela de culpa pela desordem pública que vem reinando, há anos, no município e no estado, muito menos transferir aos atuais ocupantes de cargos eletivos ou públicos toda a responsabilidade pelos esqueletos deixados nos armários desde que foi reiniciado o processo democrático no Brasil. As comprovações do ora afirmado estão por toda parte.

Seja o conhecido deboche dos freqüentadores de nossas praias ao apitarem, freneticamente, para avisar aos fumantes de maconha da chegada da polícia; os valentões que fingem ignorar que ferozes cães pitbull e rottweiller só devem transitar nas ruas usando focinheiras, a irresponsabilidade de alguns dirigirem autos falando ao celular, jogando lixo pelas janelas dos carros, circulando em zigue-zague nos túneis, executando ultrapassagens pela direita, seguindo, acintosamente, pelo acostamento das vias públicas, estacionando com as 04 (quatro) rodas nas calçadas, urinando nas ruas, "furando" filas e desrespeitando idosos, senhoras, deficientes e crianças, etc., são alguns dos registros de um comportamento rotineiro e ainda impune de uma parcela de cidadãos que sempre soube reclamar quanto a seus direitos, mas não se omite quando o assunto é contribuir para desrespeitar e enfraquecer a ordem pública, dentro do espírito anarquista de "quanto pior, melhor" ou "depois a gente acerta a cervejinha com o policial" conforme me respondeu um irônico e violento adulto, certa vez, após eu admoestá-lo por pedalar em alta velocidade na ciclovia que margeia a Lagoa Rodrigo de Freitas.

Penso que o grande ausente nesta magnífica operação contra os traficantes de drogas foi a Secretaria da Receita Federal - SRF, principalmente, pelo fato de que não existe venda em consignação para os negócios envolvendo toneladas de entorpecentes: os pagamentos são à vista, sejam no exterior ou no Brasil. O mesmo se aplica ao comércio de armas e ao contrabando em geral. Afinal, por onde prosseguem circulando ou permanecem guardadas tais montanhas de dinheiro?

A operacionalidade da ação chefiada por militares e policiais, no Rio de Janeiro, foi perfeita; entretanto, temos assistido que a sociedade brasileira que é quem paga por tudo isso, jamais recebeu completos relatórios contábeis e econômico-financeiros de patrimônios confiscados em face de sequestros, arrestos, ..., determinados pelo poder judiciário, bem como sobre o produto monetário obtido através de leilões de liquidação dos bens identificados como adquiridos, por criminosos, com o emprego de capital ilícito.

Outrossim, não é crível que R$ milhões sejam desembolsados para a execução de complexas operações policiais de inteligência e de campo, para que ao final, recursos em espécie, apartamentos, mansões, aviões, lanchas, automóveis, carros e caminhonetes de luxo encontrados em poder de bandidos deixem de ser, prontamente, incorporados ao patrimônio público para financiar o combate à própria marginalidade.

Os cidadãos de nosso país querem saber de que forma esses estelares volumes de dinheiro vivo são transferidos para fornecedores sem que despertem qualquer suspeita por parte das autoridades fiscais, bem como não é mais possível acreditar que os integrantes das gangues do "chinelo, bermuda e camiseta" que vestem quando são presos representem o elo mais alto de uma pirâmide em cujo entorno circulam quem sabe, até, bilhões de reais, só no Brasil.

É importante que os contribuintes passem a ter uma noção mais precisa do valor de mercado das drogas apreendidas, antes de cada ato de incineração ou destruição. Assim, os magistrados terão mais elementos para melhor determinar punições financeiras equivalentes a serem adicionadas às sentenças de reclusão de cada traficante de drogas condenado.

Outrossim, não é mais admissível que um indivíduo portando uma arma de guerra para fins criminosos deixe de receber um tratamento diferenciado. No momento do flagrante ele se equipara a um soldado de exército invasor em ação em solo pátrio e como tal deve ser enfrentado.

A voz das ruas grita que tais facínoras cometem um crime federal e pede para que sejam processados, julgados e sentenciados para cumprir suas penas em unidades prisionais distantes de seus locais de atuação. Não tenho a menor dúvida de que a partir da consagração deste entendimento, muitos dos iniciantes nesta atividade escolherão outra profissão.

Finalizo, enfatizando a sugestão de que todas as operações policiais voltadas para redutos de grandes criminosos passem a contar com o acompanhamento e o suporte técnico de auditores da Receita Federal Brasileira de forma que a sociedade possa vir a identificar os milionários tupiniquins que operando nas sombras, têm se mantido ao longo de décadas, intocáveis, anônimos e tratados como CIDADÃOS ACIMA DE QUALQUER SUSPEITA, apesar de continuarem acumulando fortunas alicerçadas em financiamento de atividades capituladas no código penal.

Autor: Augusto Acioli de Oliveira
augao148@gmail.com

ARTIGO DA MARIA LUCIA V. BARBOSA

RECIBO DO FRACASSO
Maria Lucia Victor Barbosa
27/11/2010
O Rio de Janeiro é o cartão postal do Brasil, sonho de turistas estrangeiros. E não faltam belezas naturais em todo Estado do Rio. No entanto, o que se vê nestes tristes dias é a explosão descomunal de um processo de violência vinculada ao narcotráfico, se bem que tiroteios, assaltos, assassinatos faz tempo atemorizam a população carioca.

Segundo consta, começou com Leonel Brizola o que hoje é o Estado paralelo do crime. Para se eleger, Brizola fez acordo com bicheiros e a polícia não podia subir os morros para não incomodá-los. Dos bicheiros aos narcotraficantes foi tramado o enredo tenebroso que se alastrou pelo tempo sustentado pela corrupção das autoridades, pela impunidade, pela indiferença social.

Se esse câncer social não é de agora, é preciso lembrar que Lula da Silva iniciou seu primeiro mandato prometendo que tudo iria mudar. Foram prometidos doze presídios de segurança máxima, mas só um foi construído em Cantanduvas – PR. Uma idéia megalomaníaca acenava com a regularização de todas as favelas do Brasil e, claro, nada foi feito nesse sentido. Alçado ao posto de redentor dos pobres, pela propaganda e pelo culto da personalidade, Lula da Silva vive se gabando que praticamente acabou com miséria no País. Mas, se o Brasil é um paraíso sem pobreza e desemprego, o que leva jovens favelados a se unirem aos narcotraficantes como única opção para uma breve e bestial vida?

Na verdade, a explosão do terrorismo nunca antes vista no Rio de Janeiro e nesse país é o recibo do fracasso dos governos Federal e Estadual na área da Segurança Pública. E quando os criminosos continuam a por fogo em ônibus e outros veículos, mesmo diante de todo aparato policial e do apoio das FFAA, o recado está dado para as autoridades: vocês não valem nada, somos nós que mandamos.

Dirá o governador Sérgio Cabral, eleito com espetacular votação, que as Unidades de Polícia Preventiva asseguraram a paz em algumas favelas cariocas e, que por isso, bandidos de lá fugiram para por fogo nas ruas. De fato, não deixa de ser interessante a presença da policia junto à população, mas as UPPs, que valeram votos para a candidata do presidente, não são suficientes. Há que ter no governo um sistema de inteligência capaz de rastrear com antecedência as manobras dos traficantes e das milícias, prisões sem trégua para retirar os marginais do meio social, juízes que não soltem os bandidos facilmente, ação constante de confisco de armas e drogas, uma polícia bem paga e bem armada que não dê trégua aos criminosos.

No tocante à remuneração dos policiais, o estabelecimento de um piso salarial nacional, projeto que tramita no Congresso, já foi detonado por Lula da Silva. Ele quer mesmo o trem-bala, desperdício não menos faraônico do que seria a construção de uma ONG em forma de pirâmide, que serviria unicamente para cultuar o presidente da República e facilitar seus negócios.

Sobre a ação da Polícia Militar e Civil, especialmente do Bope, é justo louvar a coragem e o heroísmo dos policiais que arriscam suas vidas numa guerra sem fim. E se a magnitude da violência ultrapassou a violência cotidiana e demandou o apoio das FFAA, esse apoio devia ser habitual para que não se chegasse ao que se presencia agora. Portanto, apesar dos discursos e poses de autoridades federais e estaduais para TVs é lógico afirmar que governos fracassaram redondamente quanto à Segurança da população. Relembre-se que, se o problema é mais acentuado no Rio, existe em todo país.

Não basta, então, dizer que os acontecimentos derivam da fuga de bandidos das favelas por causa das UPPs. O problema é muito mais profundo e estrutural. Seria também necessário maior controle das fronteiras por onde entram drogas e armas, especialmente na Tríplice Fronteira e nas fronteiras com a Colômbia e a Bolívia.

No tocante às sanguinárias Farc, é conhecido seu intercâmbio com traficantes brasileiros, mas, lamentavelmente, o presidente Lula da Silva recusou o pedido do então presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, para classificar as Farc como terroristas. Além disso, existe liderança das Farc morando no Brasil com o privilégio de ter sua mulher nomeada para cargo governamental. Sem falar que altas autoridades do governo Lula, que continuarão no governo Rousseff, frequentam o Foro de São Paulo onde se reúnem as esquerdas latino-americanas, incluindo, as Farc, das quais são muito amigas.

Resumindo, o espetáculo da guerra do tráfico no Rio de Janeiro é o retrato do final de oito anos do governo Lula que passa recibo do fracasso na Segurança Pública. É também um dos aspectos da herança maldita que Dilma Rousseff vai receber. Outras maldições continuarão na Saúde, na Educação, na infraestrutura, na gastança, na dívida pública, no descontrole da inflação que o reconduzido ministro Mantega quer camuflar. O povo quis. O povo terá.
Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ARTIGO DO JEZER-4

ANAC x CIAS AÉREAS

NOTICIOU-SE ESSA SEMANA, QUE A AGENCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC) HAVIA CELEBRADO UM ACORDO COM AS COMPANHIAS AÉREAS QUE PREVÊ A “SUTURA” DO CAOS AÉREO NO BRASIL, COMUM NESSA ÉPOCA DO ANO. NO ACORDO CONSTA QUE AS CIAS AÉREAS DEVERÃO, DENTRE OUTRAS EXIGÊNCIAS, MANTER UM DETERMINADO NÚMERO DE AERONAVES EM “STAND BY” COMO UMA FROTA DE RESERVA. ATÉ PARECE QUE AS EMPRESAS POSSUEM AVIÕES SOBRANDO, QUANDO É NOTÓRIO QUE UMA SIMPLES VIAGEM DE 2.000 KM, NO BRASIL, TOMA PELO MENOS 08 HORAS DO DIA DO PASSAGEIRO, FACE AS ROTAS DETERMINADAS PELO SEU PODER FINANCEIRO E COM O BENEPLÁCITO DA ANAC. MAS O PIOR DE TODA A SITUAÇÃO É QUE “ESQUECERAM” DE INCLUIR A INFRAERO NO PROGRAMA. ESSA PSEUDO ADMINISTRADORA DE AEROPORTOS, QUE COBRA A TERCEIRA MAIOR TARIFA AEROPORTUÁRIA DO MUNDO, DOS USUÁRIOS, SEJA DE CIAS AÉREAS, SEJA DE PASSAGEIROS E NÃO OFERTA, EM RAZÃO DIRETA AOS ALTOS VALORES QUE PAGAMOS, AS MÍNIMAS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA, CONFORTO OU AQUELAS USUAIS, ANAC X CIA AEREAS
ENCONTRADAS NA MAIORIA DE AEROPORTOS AO REDOR DO MUNDO. APENAS COMO INFORMAÇÃO, CONVÉM LEMBRAR QUE A INFRAERO PARA ADMINISTRAR TRÊS AEROPORTOS NO RIO DE JANEIRO (GALEÃO, SANTOS DUMONT E JACAREPAGUÁ) POSSUI EM SEUS QUADROS MAIS DE 2.500 FUNCIONÁRIOS. POR ESSA E OUTRAS RAZÕES NÃO SOBRA DINHEIRO DAS TARIFAS DE EMBARQUE PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES AEROPORTUÁRIAS, SEM OLVIDAR-SE QUE ALÉM DA TAXA DE EMBARQUE, SUA RECEITA É COMPOSTA DE TODO MOVIMENTO DE CARGA, CUJA A CAPATAZIA TAMBÉM É UMA DAS MAIS CARAS DO MUNDO (INCLUÍDA NO FAMOSO “CUSTO BRASIL”), QUE ONERA, AO FINAL, NOSSOS PRODUTOS. NÃO SE ESQUEÇAM, AINDA, QUE ENFRENTAREMOS UMA COPA DO MUNDO E UMA OLIMPÍADA E NÃO ESTAMOS VENDO QUALQUER MOVIMENTAÇÃO PARA A MELHORA DOS SERVIÇOS AEROPORTUÁRIOS. CORRE-SE O RISCO, PELA PRIMEIRA VEZ NA HISTÓRIA, SEREM OS EVENTOS CANCELADOS POR FALTA DE AEROPORTOS PELO MENOS DECENTES.
JEZER MENEZES DOS SANTOS

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ARTIGO DO GUI

ZUMBI DOS PALMARES
Rio de janeiro, Sec XIX, alta sociedade, sarau, condecorações. Casacos, fardas, senhoras, longos vestidos rodados, leques. Políticos, Império, parlamento. NEGROS, servem petiscos, bebidas. Candelabro, piano, violino, valsa. Jovem engenheiro, desembaraçado. Quer dançar? Ela vira-lhe o rosto.. Insulto, constrangimento, mal estar, pigarros, disfarces, puxam conversa. Êle, imóvel, vestido branco da Viscondessa contrasta com o rosto quase NEGRO do rapaz. Marechal quebra o silêncio, segura-o pelo braço: Poderia fazer compahia a minha espôsa nesta dança? Sorridente, se recompõe. André (túnel) Rebouças e Princesa Izabel dançam a valsa. NEGRO, jovem, ofegante, implora na escada da Casa Grande agarrando o menino branco: Piedade, vou morrer espancado, tô fugindo, pede pra sua madrinha me comprar pra te servir, Dedicarei minha vida pra libertar a raça NEGRA. Vinte anos depois, Recife, escravo NEGRO Tomás, cortado em público, mata seu senhor. Forca! Fugido matou o guarda! Forca! Aristrocacia pernambucana escandalizada. Ele não cometeu crime! Declara o advogado, removeu o obstáculo. Opressão, miséria, humilhação, brutalidade! Se defendeu contra ordem jurídica que não o respeita nem o protege. Salvo pelo menino que se tornou Advogado, JOAQUIM NABUCO. Feio, gago, tímido, culto, inteligente, quase NEGRO. Presidente da Academia Brasileira de Letras, MACHADO DE ASSIS. Teologia da Escravidão, Papa Nicolau V 1455 Bula Romanus Pontifex, apoio ao próspero comércio dos escravos. Padre Manoel da Nóbrega, 1550: Fazendeiros tem consciência pesada. Dilema: dinheiro Diabo, caridade Deus. Fazenda Santa Cruz dos Jesuítas, 1205 escravos. Beneditinos, Carmelitas, Mosteiros, cheio de escravos. Tortura, humilhação é glória celestial. Pimenta nos olhos dos outros ... JESUS sabia a natureza humana. Raça de víboras, ata fardos pesados nos ombros NEGROS, entretanto nem com o dedo tentam removê-los. Séc XIII a XIX. Inquisição "bruxas". Museu Rüdesheim, Alemanha: Cadeira Inquisitória, sentavam nús em cima de espinhos afiados. Parafusos de joelhos, juntas despedaçadas. Corda, rasga carne. Colar de espinhos no pescoço, ombros, mandíbula, septicemia e morte. Faxina étnica, conflitos raciais, religiosos, massacre de civis, campos de extermínio, estupro, tortura, genocídio. Etnocentrismo, cultura dos outros, inferior. Richard Gladstone, Promotor Tribunal Criminal Internacional Ruanda: Motivos para pessoas ¨boas" praticarem crimes, livres das restrições morais, NEGRO demônio, NEGRO , desalmado. Não teríamos o Rei do Mundo Pelé. Recife Séc XII, chegam negros da Costa Ocidental África: Congo, Angola, Quiloa, Benguela, Monjolo, homens, mulheres, crianças acorrentados, porões fétidos, cadáveres, atravessam o Atlântico. Moeda de troca, fumo, aguardente, açúcar aos usineiros. Leilão: músculos, dentes. Errou, preguiça, palmatória, chicote, carne viva, sal. Alternativas:1, trabalhar até morrer. 2 puxar saco do feitor, trair, alcagoete. 3 fuga, mata virgem, longe do litoral. Fértil, palmeira, jaca, laranja, melancia, ananás, banana, côco, goiaba, manga, armadilha, animais. Quilombos, Nordeste, Espírito Santo, Rio de Janeiro, feijão, mandioca, milho, galinha, ovos, carne de porco. Mulatos, brancos fugindo da justiça, índios. Lei: fugir, roubar, morte. Princesa Aqualume, 2 filhos, Ganga Zumba, Gama Zona, Zumbi, sobrinho. Governador convence Ganga Zumba, paz mestre de campo, mas Zumbi não aceita. Prudência versus Ousadia. Jovens envenenam Ganga Zumba. Zumbi-Rei Diamantina, Tijuco. Chica da Silva, quase NEGRA, prepotente encanta Contratador João Fernandes, coberto de ouro e diamantes. Chico-Rei de escravo a dono de mina de ouro. Fez igreja imagens NEGRAS. Zumbi cercado, mulheres jogam água fervendo, velhos, crianças fazem arcos, flechas, cancãs, ganchos. Portugueses perdem, mas voltam com artilharia, canhões abrem brechas nas paliçadas. NEGROS cercados, precipício. Zumbi leva 2 tiros, sangue vermelho jorra no corpo NEGRO, desenhando o MANTO SAGRADO e grita :FLAMENGO ATÉ MORRER!! Cortam a cabeça. Zumbi morto? Impossível, ninguém crê, cantam nas noites, DEUS da GUERRA, do MAR, dos GÊNIOS, sua alma RUBRO-NEGRA subiu com os ANJOS ao encontro de DEUS.
Francisco Apocalypse Dantas Médico Escritor
e-mail apocalypsedantas@uol.com.br

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ARTIGO DO JEZER-3

SEMANA DO EMPREENDORISMO

ESTAMOS VIVENCIANDO A SEMANA DO EMPREENDEDORISMO. NOME POMPOSO E SEDUTOR, NA QUAL ALGUNS EXEMPLOS SÃO DEMONSTRADOS E INCENTIVADOS A PESSOAS COMUNS DO POVO A CRIAREM OU MONTAREM PEQUENAS EMPRESAS, TAIS COMO, OFICINAS DE CONSERTOS, RESTAURANTES PEQUENOS, ELABORAÇÃO DE COMIDAS CASEIRA (LEMBRANDO AS ANTIGAS PENSÕES) E SUA ENTREGA ETC, SOB OS AUSPÍCIOS DO SEBRAE E OUTRAS ENTIDADES QUE VISAM CRIAR EMPREGOS, MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA ETC.

PORÉM, TEM SEMPRE UM PORÉM, OS CHAMADOS “INCENTIVADORES” ESQUECEM DE CONSULTAR ÓRGÃOS JUDICIAIS OU ADMINISTRATIVOS, QUE ESTÃO EM ESTADO DE LETARGIA, APENAS AGUARDANDO O INCAUTO EMPREENDEDOR, PARA VIR COM VORACIDADE NA BUSCA DE DIREITOS DE EMPREGADOS, PAGAMENTOS DE IMPOSTOS COMO IRPJ, PIS, COFINS, CONTRIBUIÇÃO SOCIAL, ICMS, ISS ETC.

NO BRASIL SER UM PEQUENO EMPRESÁRIO É TAREFA DAS MAIS DIFÍCEIS, POIS O FISCO, SEMPRE INVENTARÁ MEIOS DE FORÇAR O PAGAMENTO DE IMPOSTO, COM UMA INTRINCADA LEGISLAÇÃO FISCAL, QUE NEM OS MELHORES ADVOGADOS CONSEGUEM ENTENDER, HAVENDO DIVERGÊNCIAS LATENTES EM SEUS ENTENDIMENTOS.

DIZIA O EMINENTE PROF. PAULO BROSSARD, QUE O FISCO NO BRASIL É UM ENTE QUE AINDA VIVE NA ERA MEDIEVAL, COMO UM SENHOR FEUDAL, ARRECADANDO DE TODOS AQUELES QUE VIVEM A SUA VOLTA, UMA GRANDE PARCELA DO QUE PRODUZEM E COM PODERES REAIS (DE REALEZA).

ESSE É O CUSTO BRASIL. HOJE UM PROFESSOR DE ECONOMIA, NA RÁDIO CBN, DIRCURSAVA A RESPEITO DO PROBLEMA DA LUTA DE PREÇOS ENTRE OS PRODUTOS NACIONAIS E OS IMPORTADOS E RELATAVA QUE A COMPETIVIDADE DOS PRODUTOS BRASILEIRO ESBARRAVA, NÃO SÓ NA CARGA FISCAL MAS TAMBÉM NOS ENCARGOS TRABALHISTAS QUE NO BRASIL SÃO MUITO ACIMA DA MÉDIA MUNDIAL.

PORTANTO, SENHORES NOVOS EMPREENDEDORES, NÃO SE ESQUEÇAM DE CONTRATAR UM BATALHÃO DE ADVOGADOS ESPECIALIZADOS (TRIBUTARISTA, CIVILISTAS E TRABALHISTAS) PARA ENFRENTAR A BUROCRACIA DE SE ABRIR UMA EMPRESA NO BRASIL E CONTADORES E AUDITORES CAPAZES DE FAZEREM UM PLANEJAMENTO FISCAL EXEMPLAR, PARA QUE MÍSEROS R$ 1.000,00 GANHOS, SUADAMENTE, DURANTE O MÊS INTEIRO DE TRABALHO, NÃO SEJA ENTREGUE, INTEGRALMENTE, A SANHA INCOMENSURÁVEL DAS SEFAZ DA VIDA E AOS ENCARGOS TRABALHISTA.

JEZER MENEZES
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terça-feira, 16 de novembro de 2010

CONTOS DO MUNIR 53

A CARTA
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Mario olhou com surpresa a carta, não acreditou que fosse de Luiza. Fazia tanto tempo...
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Mas, a letra, dela, não tinha dúvidas.
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Foi conferir antes de abrir: O bilhete guardado, ainda estava lá, na primeira gaveta do armário, que antes dividia com ela. Era quase que uma obrigação lê-lo. O par de meias, todas as manhãs, passava pelo filtro do papel do aviso que Luiza deixara e que já começava a desbotar. Pensou mais uma vez: Estaria ele também envelhecendo e daí o abandono?
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Não se considerava assim, nem por vaidade. Era obrigado pela Companhia onde trabalhava, a testes físicos e de aperfeiçoamento intelectual, os resultados lhe davam sempre o grau de excelência.
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O texto do recado era curto e cruel, mas deixava uma esperança. Dizia escrito, com a caneta esferográfica encontrada ao seu lado:- “Desculpe. Cansei. Fui. Até breve”
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A princípio, Mario pensou tratar-se de uma brincadeira, principalmente por Luiza ter usado de uma modernidade de gíria que ela detestava.
Caiu na realidade, ao ver o guarda-roupa vazio.
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Decidiu, apesar de sua ansiedade, não abrir a carta imediatamente. Examinou o envelope:- brasileiro, selos americanos, pelo carimbo quase apagado, não dava para dizer onde tinha sido postado, a data era de cinco dias atrás.
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Talvez a carta explicasse o “porquê” que tanto o atormentava; mesmo assim se conteve e optou por ler só no dia seguinte. Tentou dormir, apesar do “Rivotril”, o sono não chegava. A inquietude o levou a abrir o envelope, retirou as duas fotos, ao vê-las, parecia que um relâmpago iluminava seu cérebro.
Começou a ler:
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Mario,
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Você já deve ter visto as fotos, uma é sua, a outra de nosso filho que tem agora a mesma idade. Não fosse por pequeninos detalhes, a gente poderia afirmar que era o mesmo menino.
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Você não pode imaginar como foi difícil a minha decisão, mas ela foi tomada tempos atrás, desde o dia em que fomos à clínica.
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Chorei muito, escondida no banheiro, quando você estava em casa, ou no quarto, quando você saia para o trabalho. Jurei que nunca mais repetiria o que fiz.
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Nunca deixei de amá-lo, mas quando soube do resultado do exame, percebi que novamente seria persuadida, então, fiquei sem alternativas.
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Hoje, ainda sinto muito a sua falta, mas procuro superá-la, passando as horas com esse meu jovem companheiro; nós ficamos muito tristes quando ele pergunta pelo pai.
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Luiza

Mario, agora soluçava, as lágrimas não contidas choravam a dupla perda.
Contemplou novamente as fotos, a semelhança era realmente extraordinária. Achou os dois meninos lindos e notou que seu filho usava uma jaqueta de colégio onde se lia “Burning Tree Elementary School”.
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Sem demora, Mario embarcava em um vôo no Aeroporto Internacional do Galeão. Seu destino: Washington D.C., Maryland Bethesda, Burning Tree Elementary School.
Autor: Munir Alzuguir

E-Mail:alzumunir@gmail.com

domingo, 14 de novembro de 2010

ARTIGO DE MARIA LUCIA V. BARBOSA

TERCEIRO MANDATO?

Maria Lucia Victor Barbosa-10/11/2010
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Algumas pessoas me perguntaram se estava satisfeita pelo fato de uma mulher ter chegado à Presidência da República.
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Respondi que isso me era indiferente. Primeiro, porque seja homem ou mulher num cargo político o que interessa é se essa pessoa é competente, ética e tenha visão de bem comum. Segundo, em postos elevados mulheres não são automaticamente modelos de perfeição e lisura. Só para citar exemplo mais recente relembro a ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que juntamente com a família se locupletou no cargo tendo saído ilesa por ser amiga da rainha. Terceiro, quem ganhou de fato foi um homem, o presidente que age como se projetasse seu terceiro mandato, pois escolhe ministros e já tem diretrizes de governo para 2011.
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A mulher, retocada fisicamente, fabricada em termos de imagem política, treinada pela propaganda teria qualidades que se imaginam intrinsecamente femininas. Entre outras, amor maternal, desvelo familiar, doçura, capacidade de perdão. Qualidades é claro, que nem todas as mulheres possuem, muito menos a candidata escolhida pelo homem. Por ela ele foi cabo-eleitoral e animador de comícios de retórica violenta e rancorosa, boquirroto que debochava da lei eleitoral, autoritário que vociferava contra a imprensa e pregava o extermínio de partidos. Antecipando a campanha em mais de um ano, Lula da Silva colocou à disposição de Dilma Rousseff a máquina estatal e as polpudas contribuições das “zelites”. Não apareceu oposição para condenar tais abusos.
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Venceu, na verdade, o poderoso “coronel” Lula. Conquistou um pouco mais da metade dos votos dos pobres agradecidos pelas bolsas-esmolas, dos ricos satisfeitos com os lucros, das classes médias inebriadas com as alegrias de consumidores capazes de comprar a felicidade em suaves prestações a serem pagas no além.
Entretanto, o final de mandato do popular Lula da Silva parece conturbado. É emblemática mais uma trapalhada do Enem, cuja responsabilidade em última instância é do ministro da Educação. Num país civilizado este pediria demissão ou seria demitido pelo presidente da República, mas, ambos, de modo arrogante insistem em não reconhecer o erro. Um péssimo exemplo para os jovens estudantes.
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Na política externa, que acumulou perdas em todos os cargos pleiteados pelo Brasil, em repetidos fiascos, em apoios a governantes que afrontam os direitos humanos, o último golpe deve ter deixado estonteados o presidente da República, seu chanceler de direito, Celso Amorim, seu chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia. Isso porque, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deu seu apoio expresso à inclusão da Índia como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, cargo perseguido de forma obsessiva pelo Itamaraty durante os dois mandatos de Lula da Silva. Também pudera, “o cara” em sua linguagem antiamericana fez coro com as afrontas de Hugo Chávez aos norte-americanos. Além disso, o governo Rousseff pode significar a chegada do PT ao poder, como determinou José Dirceu. Considere-se ainda o fato da Índia ser estrategicamente bem mais interessante para os Estados Unidos do que o Brasil.
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Para piorar, Lula da Silva quer de volta a famigerada CPMF e vai tentar desarmar no Congresso a bomba fiscal de R$ 30 bi. Se conseguir a façanha no mês que lhe resta vai bater de frente com policiais civis, militares e bombeiros que perderão um piso salarial a ser criado por emenda constitucional. Afrontará governadores que reivindicam R$ 19,5 bilhões, a título de repasse, referentes a perdas que tiveram com a Lei Kandir. Desgostará parlamentares que querem elevar a cota reservada a cada um deles para fazer emendas no Orçamento. Sobrará para Rousseff a espinhosa questão do salário mínimo, que no Orçamento é contemplado com um piso de R$ 538,14, sendo que as centrais sindicais que ajudaram a elegê-la reivindicam R$ 589,00.
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Outro fator polêmico é a obsessiva idéia do ministro Franklin Martins de “monitorar” ou exercer “controle social sobre a mídia”, o que traduzido significa cercear a liberdade de pensamento. Ele usa arabescos de linguagem para o que é simplesmente censura, aliás, prevista, entre outras coisas, no Plano de governo Rousseff sob o título PNDH3.
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Enquanto tudo isso acontece, onde anda o PSDB? Afinal, sem oposição não existe democracia. Ao PSDB falta militância, união, mística, coragem para vocalizar a parcela da sociedade que se sentir prejudicada pelos desmandos da situação. Sobra aos tucanos fascinação por Lula da Silva e vergonha de sua trajetória. É necessário, então, que o PSDB deixe a torre de marfim e venha às ruas contra a CPMF, contra a censura, contra a inflação que Fernando Henrique derrubou, contra o ardiloso terceiro mandato de Lula da Silva. Se fizer isso será seguido. Caso contrário, morrerá de inanição política.
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Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.
mlucia@sercomtel.com.br
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CONTOS DO MUNIR-52

FEMININA FANTASIA FICÇÃO
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Eu me lembro.......
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Do tempo do primário, no colégio de freiras, turmas separadas, uma varanda onde as meninas ficavam no recreio, l. irmã do Ciro, guria morena, achei linda, de sete anos, eu com oito, ela retendo a minha mão, a sensação nunca sentida.
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De C. lourinha, que gostava de R. e não ligava para mim.
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De N. quando brincávamos de medico, eu sempre o doente; mais tarde foi cuidar do Z.
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De T. mulata exuberante, tomando banho na bacia, olho no buraco da fechadura disputado.
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De M.J. pretinha, que ia me buscar na escola, me socorrendo e espantando os moleques, quando, sem conhecer as leis da física, saltei do bonde andando e levei um tombo.
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De M.da G. que trabalhava lá em casa, quando abri a torneira do filtro, me deu um beijo, fui ao encontro dela pra namorar, meu irmão mais velho descobriu e me bateu.
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De B. irmã de P., filhas do guarda-civil chamado Barnabé que me deu um beijo na boca.
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De Lu. a quem dei um gerânio, e depois tive que brigar com M. seu pretenso namorado.
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De R. ruiva, lembrava uma artista de cinema, morava longe.
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De D. brincamos juntos um carnaval, andava com uma gangue do Grajaú, fui lá duas vezes.
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De M. (canção de Dorival Caymmi) paguei muitas passagens para ela, estudávamos na mesma escola e me vendeu algumas rifas, tinha olhos verdes, eu só ia pra casa subindo pela rua onde ela morava. Meu coração partido, quando a vi passeando de mãos dadas com um tenente da marinha. Muitos anos mais tarde a encontrei viúva, os olhos verdes, ainda lindos, sumidos no rosto agora redondo. A primeira coisa que me disse:- Engordei, não é? E eu indiferente:- É.
Juro que não foi mágoa.
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De F. morava em frente, da janela me sorria, um dia vi roubarem as cadeiras da varanda da sua casa, não consegui pegar o ladrão. Meu prédio não tinha elevador.
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De N. morena de olhos castanhos, cabelos longos, lisos naturais, naquele tempo não tinha escova progressiva. Filha de pai negro e mãe branca, uma bela combinação. Namorava um cadete que só via de quinze em quinze dias.
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De K. nome estranho, morava no subúrbio. Fui uma vez, muito longe.
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De E. havia rompido com um médico, derramava lágrimas quando me beijava.
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De J. pontual, tirava a blusa com a janela aberta, quando chegava do trabalho,espiávamos pela persiana, a luz do quarto apagada. Acho que ela sabia.
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De G. matamos aula e fomos passear na Quinta da Boa Vista. Um primo, oficial do exercito que andava de moto, viu e me dedurou. Levei um puxão de orelhas de meu pai.
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Da moça da casa de luz vermelha que me perguntou se eu era vigem e tinha menos que dezoito anos, diante da minha resposta afirmativa, disse:- “Volta pra casa menino!”
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De D. tomamos um banho de água gelada, jogada por alguém do prédio, quando estávamos conversando na porta do edifício.
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Da Dona C. mãe corpulenta do Zeca, com quem eu havia brigado e feito as pazes; vinda da cozinha me ofereceu balas segurando o saquinho em uma das mãos, a outra escondida nas costas. Vi, pelo espelho da cristaleira da sala, a faca. Sai correndo. Tenho trauma até hoje.
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De V.J. tinha dois ou três namorados, um dia em sua casa, atendi ao telefone enquanto ela estava no lavabo, eu disse:- “Alô,” desligaram. Em quinze minutos tinha um cara gritando furioso na porta.
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De L.M. dizia que o meu dedão do pé era igualzinho ao do pai dela, que ela gostava de morder quando menina.
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De Se. a gente via a lua cheia pela janela do quarto.
De Si. ex-namorada de meu irmão, eu vinha ao Leblon para namorar nos degraus da praia vendo o mar.
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De Fl. Assistimos corrida de submarinos no Arpoador.
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De R. usava biquíni cavado, escrevia cartas molhadas de lágrimas, quando voltei, a encontrei namorando um piloto da Varig.
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De M.H. filha do Governador de uma ilha, possessão francesa, no Oceano Índico, dançando com ela, perguntou se eu havia gostado da minha caminhada na orla pela manhã. Indaguei como ela sabia. Respondeu com a sua graciosidade de menina: “Mon petit doigt m’a dit”. Trocamos correspondências que eram censuradas pelo capelão de bordo.
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De V.V. solicitando que fosse vê-la fardado na porta da Câmara. Fui. O político apareceu, ela seguiu com ele. Depois recebi um convite para seu casamento, me agradecendo, e rogando que eu não fosse.
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De E. moça casada, chamando, eu menino, para matar uma galinha para o almoço e entregando a faca para cortar. Vestia um robe azul transparente e nada mais. Não matei a penosa e fugi.
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Depois eu conto mais, se for solicitado.
Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com

ARTIGO DO JEZER-2

INFRAERO
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Como é cediço, a INFRAERO é um elefante branco (gigantesco) governamental, que tem por função a administração dos aeroportos brasileiros.
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Dentro desse escopo, construiu prédios visando atender aqueles que estão diretamente ligados aos serviços de aviação, tais como empresas aéreas, empresas de serviços auxiliares, transportadoras especializada, despachantes etc. e mais ainda, destinou algumas dessas construções com atividades específicas, ou seja, terminal de passageiros, terminais de carga (parte de armazenamento e administrativas separadas) etc.
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Nos chamados terminais de carga administrativo (TECA), que têm por exclusividade abrigar os escritórios das companhias aéreas, das empresas auxiliares de transporte aéreo (ESATA) e empresas intrinsecamente destinadas a prestação de serviços àquelas duas primeiras, para se obter uma “locação” de salas, (quaisquer das empresas citadas) tem-se por obrigatória, nos termos da legislação (retrógada) que rege as relações da Estatal com os civis, que participar de uma licitação, ou seja, é obrigatório (por imposição de outras determinações que compõe a legislação aplicável) que aquelas empresas mantenham um espaço físico alugado ou concedido pela Estatal INFRAERO, porém, por questões burocráticas (obrigatoriedade de licitação desses espaços) as empresas não conseguem montar seus escritório em prédio destinado, exclusivamente, para esse fim.
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Somente no Brasil encontramos respaldo para a burocracia e a abertura para a perpetuação de fraudes e de licitações que “cheiram muito mal”.
Jezer Menezes dos Santos Advogado/OAB-RJ 25.839
E-Mail: jezermenezesadv@terra.com.br

ARTIGO DO GUI

REPÚBLICA DO BRASIL

O maior país do mundo? Fácil provar. O melhor país do mundo? Fácil provar. Mulheres mais bonitas do mundo? Fácil provar. Melhores atletas do mundo? Fácil provar. Quase 9 milhões de km2, ficaria atrás da Rússia ( União Soviética tinha +20 milhões km2), mas 150 dias/ano -5° Kolkhozes, neve, gelo. Canadá, com +9 milhões km2, 70% neve, gelo, vive numa linha horizontal ao lado dos EUA. China, idem, que montanhas. Os EUA, menos de 9 milhões, gelo, deserto, Montanhas Rochosas. Pero Vaz de Caminha tava certo: em se plantando tudo dá, 100% de áreas cultiváveis. Pedras preciosas, Minerais Atômicos, Petróleo. Energia? Solar: alugamos o Sol e não pagamos condomínio. Eólia: ventos em velocidade ideal, nem furacões, nem calmarias. Álcool: canaviais a perder de vista. Óleos: Babaçu, mamona, etc... Água:maiores bacias do mundo, Amazonas, São Francisco(Velho Chico), Paraná, Foz de Iguaçú, Itaipú, maior usina do mundo. Mulheres: Violão, cavaquinho, mulatas que não estão no mapa, bonecas supermodelos do Sul Maravilha. Miss Universo, Mundo. Craques: Pelé, Garrincha, Rivaldo, Ronaldos, Romário, Zico, etc...Vôlei: Campeões de tudo. Basket: Oscar, Mão Santa. Automobilismo: Fittipaldi, Piquet, Senna, patota da F. Indy, recheada de brazucas campeões. Força de vontade, energia, supremacia, vigor, precisão. Porque o povo não tem fartura de tudo, tal como o 1º mundo? Americanos, europeus, escandinavos? Algo podre no Reino da Dinamarca? Hein? Descobriu? Than Than Than Than... Ah! É isso aí! Pensou certo! Piores políticos do Mundo. Melhores médicos do mundo, pior atendimento para a população. Doenças que o progresso científico e tecnológico venceu, matam milhões de brasileiros: Doença de Chagas, Schistossomose, Elefantíase, Tuberculose, Desidratação...FOME, Higiene. Maiores bancos do mundo e pior atendimento também. Na era da Internet, idosos morrem na fila das agências e hospitais em filas intermináveis. Pagam plano de saúde particular e advogado em questões de direito adquirido. Melhores policiais, detetives, peritos, estrategistas, advogados, juristas, e nenhuma segurança. Baderneiros intoxicados com 1001 drogas, comandam, logística, estratégia, violência, incêndios, crimes hediondos. Moda sequestro.. Tira pedacinho da orelha e manda pelo sedex. "Di Menor" 16 anos, 16 roubos, 16 assassinatos, 16 estupros, 16 torturas, com arsenal militar! 16 furtos à mão armada, 16 prisões, 16 habeas corpus, ficha policial 16 voltas na LUA! IMPUNIDADE! Roubam tudo de todos e agora até a ALEGRIA do povão, o FUTEBOL. Corinthians roubou o 1º jogo X Atl. Goianense, do Fluminense, do Botafogo, contra o Cruzeiro 2x semana passada contra o São Paulo, e hoje inventando penalty escandaloso no fim da partida. ComplÔ, desde a 1ª rodada. Será que todos os milhares de prejudicados estão errados? E os comentaristas? Terão audiência? Eu desliguei a TV. São desonestos? Covardes? Ou são COVARDESONESTOS? E os corintianos? Felizes com um campeonato ROUBADO? Infelizmente SIM!!! Assim caminha a humanidade, porisso DEUS até se arrependeu de ter criado o homem. Minha tia "fre$cona": futebol é pra "gentinha". Tem razão, jogo não é de DEUS, se não é então é do DIABO, roubar matar e destruir é norrrmaalll, não vamos eaquentar a mufa. Pior é que eu sou parte integrante dessa "gentinha" . Meia, Camisa, Luva, Gorro, MENGÃO CAMPEÃO!! É isso aí brother. Pátria do Evangelho, Deus brasileiro, trabalhador volta pra casa driblando bala perdida, ônibus queimado, juiz ladrão. É o outro lado da moeda da ...REPÚBLICA DO BRASIL. SÓ JESUS!!!!!!!!!!!!!!!

Francisco Apocalypse Dantas - Médico Escritor


e-mail: apocalypsedantas@uol.com.b

sábado, 13 de novembro de 2010

CONTOS DO MUNIR-51

MARIE HÉLÈNE
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O veleiro, um lugar-escuna, navio-escola da Marinha Brasileira, singrava as águas azuis do Oceano Índico, suas velas enfunadas impulsionavam o barco em direção ao porto de Tamatave, ilha de Madagascar.

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O médico da guarnição, como de hábito, fez palestra na Praça-D’armas (refeitório de oficiais) sobre o país a ser visitado. Baseou-se na Enciclopédia Britânica, o Google da época. A edição era antiga, porém mais confiável.

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O branco da espuma das ondas quebradas pela proa do navio, o anil do mar, os panos plenos pelo vento, transformavam a realidade em uma linda pintura.
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Madagascar com suas praias e belezas naturais encanta os turistas. Rica em flora e fauna, tem espécies apenas lá encontradas. A floresta fora reduzida apenas em quantidade. Os Lêmures, macaquinhos parecidos com bichinhos de pelúcia, e que não existem em nenhum outro lugar do mundo, ainda são os responsáveis por espalhar as sementes que recriam as árvores abatidas.
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A bordo, um marinheiro treinado prepara o equipamento para lançar a retinida, um cabo fino, na ponta um trançado do tamanho de uma bola de tênis, preso a uma haste disparada por fuzil. Esse cabinho será puxado pelo pessoal em terra, leva nele amarrada a primeira espia de manilha que irá segurar o barco.

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Na beira do cais, o Prefeito e demais autoridades aguardavam a chegada. Junto, uma Guarda de locais, uniformizada de bermuda e camisa caqui, sandálias de couro, está formada, armas ao ombro, pronta para as saudações militares de recepção.

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O marinheiro aponta seu fuzil e dispara a retinida. Assustada, a Guarda põe-se a correr. O Prefeito restabelece a ordem, o veleiro encosta no atracadouro.
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Pela manhã, o programa foi passear nas lindas praias e apostar corrida de rig-shaw, um meio de transporte comum no Oriente, espécie de charrete de duas grandes rodas, para uma ou duas pessoas, puxada pelos nativos.

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À noite, o Governador ofereceu uma recepção para a oficialidade no Palácio.

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Uma linda francesinha, de cabelos louros encacheados, chamou minha atenção. Convidei-a para dançar. Perguntei qual o seu nome. Respondeu: - “Mon nom est Marie Hélène”. Quis saber o meu e se eu havia gostado de passear na praia pela manhã. Curioso, indaguei como sabia, “Mon petit doigt m’a dit”, disse e, levantando a mão com a graciosidade de menina, mostrou o dedo mindinho.

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Dançamos até o fim da festa.

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Ao despedirmo-nos, indaguei se poderia revê-la no dia seguinte à tarde. Sorriu concordando e perguntei aonde. A sorrir novamente:- “Aqui”
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Era filha do Governador.
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Passamos um fim de tarde contemplando o mar. O veleiro partiria naquela noite e prometemos nos comunicar.

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A primeira carta que recebi, veio endereçada aos cuidados do capelão de bordo, com a recomendação de que a resposta seguisse o mesmo trâmite.

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No texto, escrito por Marie Hélène, palavras riscadas indicavam prévia censura.

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Foi quando, instintivamente, iniciamos um jeito de driblar nossos censores, redigíamos o que queria ser lido e rabiscávamos. Precedemos o twitter, abreviando em três idiomas falas como: “Eu gosto de você”, “Moi Love Você”- “MlV” ou “um beijo”-“one bijou Kiss” –“OBK”.

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Trocamos fotos com dedicatórias singelas.

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Pena que nossa correspondência terminasse ao fim da viagem.

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Muitos anos mais tarde em Genebra, na Conferência Diplomática de Direitos Humanitários, em um grupo de trabalho, encontrei um representante do Itamaraty. Depois de fitar-me por algum tempo, indagou se eu conhecia Madagascar.

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Ao assentir, contou-me que há vinte anos, lá servira como Cônsul e tivera a oportunidade de trabalhar com uma ONG dirigida por uma senhora francesa. Ao saber que ele era brasileiro, mostrou-lhe a fotografia de um jovem oficial da Marinha. Ao ver meu rosto, acreditava ter me identificado.
Autor: Munir Alzuguir

E-Mail:alzumunir@gmail.com

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ARTIGO DO JEZER - 1

AV. NIEMEYER
Por fim as autoridades que cuidam do caótico trânsito carioca, resolveram colocar “tachôes” e, alguns pontos da Avenida Niemeyer, pois era iminente o perigo de um novo acidente grave. Porém, para não fugir do “espírito brasileiro” de se fazer tudo pela metade, colocaram tais elementos em algumas curvas. A citada avenida é uma sucessão de curvas, limitada entre o mar e a rocha, tendo como separação das vias, uma faixa contínua que teria a utilidade de não permitir as ultrapassagens, demonstrando ser uma via com alta periculosidade. Então, questiona-se àquelas autoridades: qual seria causa, plausível, para não dotar a toda a via com os “tachões”, já que eles proporcionariam maior segurança para quem trafega naquela via? Aguardamos resposta.
Jezer Menezes dos Santos Advogado/OAB-RJ 25.839
E-Mail: jezermenezesadv@terra.com.br

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

ARTIGO do AUGUSTO ACIOLI

UMA INFÂMIA CHAMADA CPMF

O comprovado cinismo institucional que mais uma vez se desnuda com a tentativa de reimplantação, no Brasil, da extorsão denominada CPMF "Contribuição Provisória de Malversação de Fundos", bem retrata o histórico pouco caso da administração pública brasileira para com os seus cidadãos, os maiores pagadores mundiais de impostos, taxas e juros.

Este assalto à economia popular, ora hibernando na escuridão dos gabinetes de algumas autoridades, engrossou, em passado recente, as malhas de uma rede fiscal já injusta, desigual, superposta e continuada, ajudando a canalizar um inacreditável volume de recursos para uma vala negra depositária do que tem sido desviado da educação, saúde e segurança em favor do vampiresco sistema financeiro nacional.

Este, além de não competir entre si, legitimamente, pois só opera na modalidade de luta combinada, nela encontra o estoque de sangue da população do país, que lhe tem proporcionado um incansável vigor para apresentar crescentes e bilionários resultados contábeis, em prejuízo daqueles que de tanto serem massacrados, tributariamente, qualquer dia ainda poderão vir a ter de pagar ingresso, somente, para transpor as portas giratórias das agências de atendimento, onde depositam salários e o resíduo de suas poupanças.

Mais infelizes, ainda, são os que apesar de não possuírem contas bancárias, se vestirem com andrajos, andarem descalços e morarem nas ruas, pagam, como todos os demais, os acréscimos de preço compensatórios embutidos nos produtos e serviços oferecidos à população.

Chamar a este assalto canetado de "Imposto sobre Cheque" chega a ser ridículo.

Autor: Augusto Acioli de Oliveira

CONTOS DO MUNIR - 50

O MENINO E A GALINHA
Era uma vez um menino que nunca havia visto uma galinha viva. Ele gostava de jogar futebol. Perto de sua casa, havia um campinho em uma clareira no final da subida de uma vila.

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O entorno do outro lado da rua onde ele morava era todo assim. Constituía o acesso a uma montanha de pedra, no alto:- um palacete branco com o nome do dono pintado em letras pretas garrafais, visíveis a longa distância.

Era de um italiano que capengava, lá morava sua família, os filhos subiam e desciam o morro todos os dias para ir ao colégio de freiras.

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Anos mais tarde o monte virou uma favela dominada por traficantes, a mansão foi invadida e até hoje, passados vinte anos os herdeiros brigam na Justiça.

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A primeira residência dava frente para a rua, vivia ali a artista Isis Maldonado, de filmes e televisão. A garotada ficava espreitando para vê-la.
Na moradia de número três uma bela jovem recém-casada sempre se atrapalhava com as novas funções de dona de casa. Ora faltava o pó de café, ou o açúcar para a média do marido já mais idoso, que saia cedo para o trabalho.
A moça competia com a artista em beleza e curvas, os guris do esporte não deixavam de olhá-la.

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Nosso herói descendo do jogo, suado e machucado foi ver o que a moça da casa três queria, quando o chamou, ela lhe pedia se ele não poderia matar uma galinha; iria fazer uma canja para o jantar.
Vestia um robe azul transparente e só.

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Meio assustado ou pela galinha que se debatia com os pés amarrados ou pela atração física despertada, nosso amigo, sentindo-se não muito a vontade com o seu suor, e sujo de sangue, inventou uma desculpa esfarrapada e fugiu.
Depois de tomar banho colou “band-aids” nos arranhados e sentiu um desejo imenso de lá voltar.

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(Interrompendo nossa história:- creio que já conhecem a do carvoeiro chamado ao castelo por uma dama para entregar um saco de carvão e lá chegando, mesmo coberto de pó, foi assediado sexualmente. Regressou à carvoaria mergulhou na banheira e foi ao encontro da diva. Foi recebido assim:- “A hora do carvoeiro já passou”)

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Nosso imberbe não conhecia esse enredo e ansioso, cheio de coragem para matar uma galinha subiu a avenida.
A dona o recebeu ainda usando o mesmo penhoar, e vendo-o de roupa trocada, disse que o sangue que espirraria do pescoço da galinha iria manchar sua camisa. Seria melhor que ele a tirasse.

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O rapaz um pouco mais alto levantou os braços, a moça se pôs nas pontas dos pés para ajudá-lo encostando-se a ele, o robe se abriu mostrando seus seios. Instintivamente, seios e torso nu colaram-se. Pele e carne vibrantes de desejo, ambos excitados pela proximidade se envolveram em um ritual frenético de amor. .

Não teve canja
Autor: Munir Alzuguir

E-Mail:alzumunir@gmail.com

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

ARTIGO DO GUI

DIA DOS MORTOS

Mortos? Que mortos? Ah! Da carne. Espírito é eterno. Dormimos, felizardos, consciência tranqüila 1ª ressurreição. Correr pro abraço. JESUS. 2ª, julgamento, condenação, expiação, pecados. Aprontou hein? Orelha em pé! Árvore sem frutos, fogo, enxofre. Somos governados mais pelos mortos do que pelos vivos. Descobertas, "invenções", são os últimos degráus da imensa escadaria dos cientistas, magos, aiquimistas, profetas, mestres, "bruxos" séculos passados. Superfelizes, sacodem esqueletos dentro dos caixões. Pecado, doença, miséria, morte, castigo, humanidade corrupta, inclusive a maior torcida do planeta MENGÂO.Corinthians ladrão devolve os pontos roubados do Fluminense e do Botafogo. Herança do DEMO. Lázaro, podrão, morto 4 dias. Cérebro 10 min sem oxigênio: cego, surdo, mudo, paralítico ou morto. Mestre: levanta-te e anda! Velocidade daluz, átomos , elétrons, moléculas, células, tecidos, energia, VIDA! Mãe, carocinhos no pescoço? Nada! Quanto mais insistia, mais adiava. Cercada de médicos, filho, pai, marido, irmão, tio, gato, cachorro, papagaio, temia o diagnóstico. Depois do Natal, Ano Novo, Carnaval, Férias. Chega! Ponto final! Reunião da família. Conclusão: Instituto Nacional do Câncer, referência mundial: Carcinoma Imunoblástico. Maligno, localização perigosa. Radiação, não! Quimioterapia 11 seções. Garantia 0, idade 82 anos, tratamento idiossincrásico, um "teleco-teco" desafinado no coração. 5 seções, careca, "moon face" cara de lua, pipocada, "giba de búfalo", disforme pelo corticóide, barriga proeminente, pernas de passarinho. Semicomatosa, escaras de decúbito, feridas pelo corpo. Conversas fúnebres ao pé do ouvido. Faz alguma coisa! Chama o médico! O médico sou eu! Não vai agüentar! Sangue virou água! Mãe, vou fazer corrente de oração. Não! Sou devota de Santo Antônio. Porém, a essa altura do campeonato, MENGÃO namorando a segundona, balbuciou, filho, faça qualquer coisa. Confiante na terra, convoquei amizades. Céu, fax, e-mail, twitter, orkut, exército de anjos, Gabriel, Daniel etc...jejum, branco, ORAÇÃO. Após "dormir", fui trabalhar em Nova Iguassú. Minutos depois, telefone: SUA MÃE...GRAVE! Família esperando. Pensei: faleceu, afetou SNC? Lelé? Convulsão Cerebral? Contrário: saltou da cama, arrancou tubos, soros, antibióticos, aparelhos, e na poltrona, narrava feliz os melhores momentos da sua vida , sorriso orelha a orelha. Curada, hoje veste o MANTO SAGRADO camisa nº11, bate o córner, centra, ela mesma corre, cabeceia, no ângulo, GOL!! Não era sua hora. Harvard Medical School Massachusetts, USA, John Patric, 19 anos, saudável. Traumatismo Crânio Encefálico. Ausência de todos sinais vitais. Pais doam órgãos: Córnea, Fígado, Coração, Rins, Pâncreas. Equipes médicas prontas,1º corte do bisturi.Ai!! Onde estou? Não era sua hora. Michelle Funk, 5 anos, 1 hora num rio congelado. Nenhum sinal vital, 19°C. Universidade de Ontário, Canadá. Sangue quente Oxigenado. Sobreviveu. Não era sua hora. Miami, EUA, Suellen, minha filha, vai com DEUS. Só se ele for no porta-malas! Ah! Ah! Ah! Acidente. Morreram todos 5. Porta-malas intacto, inclusive OVOS. Essa fêz a hora. Esquimós sacrificam os cães, renas para guiar em outras vidas. Pirâmides egípcias, faraós sepultam tesouros, alimentos, criadagem, espôsas, concubinas. Bangladesh, cantam, dançam, rituais alegres,mortos maquiados. Acá morte=perda=sofrimento=lágrimas. Egito, morte dos primogênitos, clamor Faraó. Davi, filho do pecado com Bate-Seba, morte de Absalão. Jó amaldiçoando a existência. Maria, Cristo crucificado, Madalena, molhando os pés do Senhor com lágrimas, enxugando com cabelos. Protestantes, matança Huguenotes, Judeus, cativos do Sião a semear. Cruzadas, Idada Média. Holocausto Nazista. World Trade Center 2º 11 de Setembro. Qual o 1º, esqueceu, tadinho, pimenta nos olhos dos outros...Chile Salvador Allende Imperialismo EUA invasão, massacre, mais mortos do que o 2º, décadas, séculos, dezenas de milhares, palestinos, árabes, jordanianos, na eternidade mióptica da ONU, OMS, crianças africanas, lágrimas que SENHOR JESUS ENXUGARÁ NOSSAS FACES.
Francisco Apocalypse Dantas Médico Escritor
e-mail: apocalypsedantas@uol.com.br

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"A REALIDADE DO AEROPORTO INTERNACIONAL GALEÃO-TOM JOBIM"


Ao ler a nota publicada no Jornal O Globo (Coluna Gente Boa, 2º Cad., 12/10/2010) referente ao lamentável episódio vivido por nossa querida artista Elza Soares, dia destes, ao retornar de Buenos Aires, me senti motivado a divulgar aos leitores do Sauna & Kultura um fato vivido, por mim, na noite de 28/09/2010.

Ao chegar ao Rio de Janeiro pelo vôo GOL G3 7653 (Ezeiza-Galeão) e após o controle de reingresso, me encaminhei ao setor de bagagens onde pude divisar, ao longe, minha mala deslizando na esteira. Infelizmente, algo me fez desviar o olhar, tempo suficiente para alguém não identificado levá-la, passando, tranquilamente pela porta de saída da área de desembarque pois lá não mais existem controladores de equipagens retiradas. A redução de quadros funcionais ou o descaso/incompetência administrativa para com os passageiros podem ser os responsáveis pelas inúmeras conseqüências culposas e/ou dolosas geradas a partir de tais ocorrências.

Foi o próprio passageiro distraído que, ao chegar a Juiz de Fora, MG., seu domicílio, constatando o engano ligou para mim, no dia seguinte, 29/09/2010 (a etiqueta estava por baixo da embalagem plástica de proteção) informando que, ele mesmo, mandaria devolver - naquela mesma data - minha bagagem na empresa GOL para fazer a troca pela de sua propriedade. O que, comprovadamente, realizou algumas horas após.

Acreditem, além dos aborrecimentos e desgaste pessoal de parentes/amigos que me acompanhavam, na ocasião, para registrar a ocorrência no Relatório de Irregularidades Com Bagagem (RIB) com um mínimo de formalidade e segurança, constatei, com espanto, que o funcionário da empresa GOL, Ronaldo, matr. 4732, recusou-se a fornecer seu nome completo e ainda por cima queria reter meu comprovante original de despacho da mala para anexar àquele processo administrativo interno sob a alegação de que não possuía máquina xerox. Graças à gentileza do gerente da loja Duty-Free, por mim acionado, consegui produzir uma cópia daquele documento.

Somente no dia 30/09/2010 fui informado que a companhia GOL iria devolver a mala em meu endereço, no horário comercial, assim mesmo, obrigando, a mim, o passageiro prejudicado e desrespeitado, a assinar um termo de que não iria acioná-la, judicialmente, no Brasil ou no Exterior, por aquela ocorrência.

Talvez, devesse fazê-lo não só por isso como também pelo assento da poltrona (1C) estar deformado e defeituoso, mesa suja com restos de refrigerantes e pedaços de pão colados e paredes fronteiras imundas (tenho foto).

Só consegui sair do aeroporto às 02:00 de 29/10/2010 após um atrasado vôo GOL G3 7653 que deveria haver chegado ao "GALEÃO-TOM JOBIM" às 21h54 do dia anterior.

Para completar minha odisséia, na saída do aeroporto, a Cootramo Turismo (Táxis) cobrou R$ 81,00 (oitenta e um reais) - sem emitir nota fiscal, apenas, uma cartela - pelo traslado até o Bairro Botafogo e debitou em meu cartão de crédito R$ 90,00 (noventa reais), algo que só fui perceber - dado à desgastante seqüência de fatos por que passara - dias após, ao verificar comprovantes de viagem.

Não recebi, sequer, uma carta com um pedido de desculpas por parte das empresa GOL Linhas Aéreas "Mui" Inteligentes S.A. ou Cootramo Turismo, embora, ambas, possuam meu endereço residencial cadastrado e atualizado.

Infelizmente, pessoal, esta é a realidade do principal aeroporto que dispomos na Cidade do Rio de Janeiro, para recepcionar os participantes e visitantes para os Jogos Olímpicos-2016 e partidas locais da Copa do Mundo de Futebol-2014.

Vocês não acham que já deveriam haver sido adotadas e implementadas, por parte das autoridades responsáveis pelo setor, rigorosas ações administrativas em defesa daqueles que por lá transitam?

Autor Augusto Acioli de Oliveira
augao148@gmail.com