terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI: "CARTAS dos LEITORES"

CARTAS DOS LEITORES

Finalmente, a mídia brasileira escrita ou digitada nos brindou com a mais inteligente decisão de caráter jornalístico-empresarial das últimas décadas, ao alçar escondidas e pouco prestigiadas seções de cartas, à categoria de verdadeiras colunas de múltiplas análises críticas de atos e fatos de repercussão pública, tendo por autores milhares de cidadãos que possuem em comum a vontade de participar – de fato e em todos os níveis – do conjunto de iniciativas parlamentares que lhes afetam, diretamente, ou interferem na vida das populações dos diversos rincões do território nacional, alvos finais de toda e qualquer decisão emanada do congresso nacional e sancionada pela presidência da república.

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O Jornal O Globo foi um dos que mais rapidamente percebeu a importância de transformar seu público em incansável, indomável e combativa equipe de redatores que transformaram suas residências em ágeis e dinâmicas redações.

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Consideração a parte, essa estratégia poderá vir a ser muito útil caso os, permanentemente, insatisfeitos e incendiários vermelhinhos de plantão da turma do “pouco feijão, meu pirão primeiro” decidam calar ou amordaçar a imprensa tupiniquim tentando – mais uma vez - exterminar com a nossa democracia.

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Foi-se o tempo em que malversações de fundos públicos passavam silenciosas, incólumes e, até, bem referendadas por afirmações do tipo: “ele rouba, mas faz”.

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Ou que autoridades empregavam “em surdina” seus apaniguados ou utilizavam, descaradamente e sem a menor sensação de culpa, seus elevados limites de cartões corporativos para o pagamento de viagens aéreas internacionais (inclusive beneficiando parentes, parceiros afetivos, etc.), caríssimas diárias em hotéis 05 estrelas, aluguel de veículos com motoristas, compra de elegantes trajes em lojas de grife, listados perfumes ou finas bebidas e iguarias em espaços “Duty-Free”, ou para não perderem o hábito amoral e manterem o ritmo, até mesmo adquirindo proletárias tapiocas.

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Essas centenas de milhares de colunistas que surgiram do dia para a noite a reboque das redes sociais ensinaram aos grandes veículos da mídia novas técnicas - mais ágeis e eficazes - de arregimentarem-se pessoas ou materializar-se o genérico conceito de “opinião pública”.

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Os internautas já sabem como fazer para colocarem, sem alarde, palavras de ordem, camisetas institucionais ou verbas de órgãos do governo, milhares de pessoas nas ruas ou em qualquer lugar.

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Desta forma, foi com grande satisfação que após anos e anos lutando, via emails, blogs e jornais do Brasil e Exterior, contra os tais monstrengos implantados, no meio das calçadas desta futura Cidade Olímpica, aos quais denominei “Linha Maginot-Rio” vi frutificar o meu trabalho cujo sucesso divido com todos vocês que sempre me estimularam a prosseguir com esta árdua e desgastante luta.

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Abaixo, transcrevo a matéria que detonou o processo e, a seguir, a nova foto do local então denunciado.

Autor: Augusto Acioli de Oliveira – Economista

velhoescriba@gmail.com



“Linha Maginot-Rio”

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Denominei este tipo de desordem pública de "Linha Maginot-Rio”


De tão indisfarçadamente agressiva e imposta “goela abaixo” dos moradores e passantes do município do Rio de Janeiro tornou-se um de seus mais conhecidos mobiliários urbanos.

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Não leio ou ouço a mais suave manifestação da mídia, governantes e políticos, ministério e defensoria públicos, etc., contra esse rotineiro absurdo incorporado ao dia-a-dia de uma cidade que irá sediar os Jogos Olímpicos e terá destacada participação em futura Copa do Mundo de Futebol.

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A fortificação ora divulgada está edificada - há anos - na Rua São Clemente à altura do nº 64, Bairro Botafogo, na calçada oposta à estação Botafogo do Metrô-Rio.

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Trata-se de um clássico exemplo de verdadeira agressão ao direito de circulação de cegos, cadeirantes, portadores de necessidades especiais, idosos, crianças e dos demais cidadãos.

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Se a justificativa para a impune manutenção dessa estratégia é impedir o estacionamento irregular de veículos no local, que as autoridades responsáveis determinem a adoção de modelos com outro design e próximos ao meio-fio de forma a liberar a calçada para aqueles que dela necessitem fazer uso.

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A partir daí - aí sim - os casos de transgressão à ordem pública, via estacionamento de veículos sobre as calçadas, devem ser punidos com multas elevadíssimas associadas a uma perda exemplar de pontos na carteira dos motoristas infratores, em quantitativo tal que desestimule o referido ato infracional.


Autor – Augusto Acioli de Oliveira – Economista

velhoescriba@gmail.com

ESTA BATALHA, VENCEMOS, FALTAM MILHARES DE OUTRAS



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