terça-feira, 17 de agosto de 2010

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

"Day-After"
As inúmeras cartas recebidas pela mídia manifestando as preocupações de leitores em relação ao "day after" após a retirada dos famigerados fradinhos que, há décadas e, impunemente, transformaram as calçadas do Rio de Janeiro em pistas de obstáculos, esqueceram, em sua maioria, de mencionar a importância de tal decisão municipal em relação ao ir e vir de cadeirantes, cegos, idosos, infantes, possuidores de necessidades especiais, etc., como se tal contingente de cidadãos, simplesmente, não existisse, dirigindo o foco de seus temores e pesadelos para criminosos bandos de flanelinhas e oportunistas de sempre, motoristas metidos a valentões, danos não reembolsáveis às suas calçadas e as conseqüentes multas daí decorrentes e à quase unânime opinião de que o poder público estará ausente do cenário "na hora dos enfrentamentos". Penso que a ocasião é única para nossa população começar a querer "pagar para ver". Nesta cidade só se escuta "não reajam", "não respondam", "abaixem a cabeça", "entreguem todos os seus pertences", e por aí vai, com todos os munícipes acuados e com medo de sair à rua para tomar um sorvete. Chega! é preciso reagir contra tudo isso. Pagamos os maiores tributos do planeta e nada recebemos em troca. Façamos também o nosso papel: se as autoridades não exercerem o poder de fiscalização, vamos cobrar delas, se o troglodita-infrator quiser nos agredir liguemos para o 190, enfim, se não houver outro recurso, convoquemos nossos vizinhos e amigos, fotografemos as ocorrências com nossos celulares,... Tenho certeza de que a partir da decisão dos cariocas também enfrentarem tais situações, o Rio de Janeiro poderá voltar a viver em paz.
Autor: Augusto Acioli de Oliveira
20080824, Rio de Janeiro, RJ.

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