sábado, 21 de agosto de 2010

ARTIGO DO AUGUSTO ACIOLI

Carta ao Prefeito do Rio de Janeiro
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Ao Excelentíssimo Prefeito do Rio de Janeiro Senhor Eduardo Paes,
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Identifico, em sua pessoa, um ocupante de cargo público com vocação para o serviço que ora exerce, bem como herdeiro de um grande e histórico acervo de problemas e esqueletos que, não tenho dúvida, conseguirá resolver com a efetiva participação de sua equipe e da população do município. Me identifico, plenamente, com sua segunda opção de apoio.
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Esta é a razão que me leva - por desconhecer seu email pessoal - a dirigir artigos, sugestões e críticas àqueles que imagino poderem fazer chegar, ao seu conhecimento, algumas de minhas constatações.
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Sou um servidor público estadual aposentado, resido na Rua São Clemente, Bairro Botafogo, em prédio próximo à Casa de Rui Barbosa - linda e histórica vizinhança, por sinal - e, diariamente, sofro, como todos os meus vizinhos, pela ação desnecessária e operacionalmente passível de revisão, de lavra de agentes e guardas municipais de trânsito que parecem ignorar a elevada importância sinalizadora dos apitos que mantém, em suas bocas, por horas a fio.
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Todos os moradores e circulantes prejudicados apontam suas falas de revolta na direção de V. Exa., quando o problema, facílimo de resolver, por sinal, tem origem muitos degráus abaixo de sua pessoa.
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Não há razão que justifique os referidos funcionários continuarem dando eco, há décadas, a uma prática extinta no mundo civilizado e cuja origem, nesta cidade, nos remete ao tempo em que o policiamento de trânsito era controlado por batalhão específico da Polícia Militar do Estado do RJ.
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Submeter-nos à censura e crítica dos turistas que nos visitam dado o primarismo técnico deste procedimento inexistente nas principais cidades do mundo é adjetivar de forma menor os talentos de engenharia de trânsito que possuímos no país.
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As inúmeras horas de criação e elaboração de trabalhos e projetos, perdidas, por mim, em face do barulho culposo e doloso, ao redor da vizinhança onde moro, alertam para que seja dado um basta, também, em relação ao ainda folclórico tratamento que é dirigido aos carros particulares que, portando potentes aparelhagens de som, anunciam e negociam, com elevadíssimo nível de decibéis, mercadorias e serviços, trafegando, em marcha lenta, nas pistas de rolamento dos bairros com inúmeras possibilidades de ocorrências de acidentes graves e engarrafamentos.
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Cito a Rua São Clemente, como exemplo, pois nela tem lugar o meu inferno sonoro diário, que hoje, 19/08/2010, teve início, precisamente, às 07h15min, quando o GM postado na esquina mais próxima deu início à sua primeira série de milhares de APITAÇOS.
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Despeço-me com apreço.
Augusto Acioli de Oliveira
20100819, Rio de Janeiro

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