
Era uma vez um avião DC-3
Guatemala City - Base da Força Aérea.
Na pista de pouso um grupo de oficiais e mais alguns civis prestes a embarcar no DC-3 que taxiava.
Da turma de brasileiros: três militares da Marinha, quatro do Exercito, dois coronéis veteranos da Aeronáutica e dois Senadores.
O convite do Governo da Guatemala para visitar Tikal, antiga cidade Maia a pouco menos de uma hora de vôo, tinha sido feito à Diretoria do Instituto de Altos Estudos Americano.
O pessoal se encaminhava na direção da aeronave e os dois oficiais da Força Aérea Brasileira parados.
Conversa entre eles:
“Esse C-47 não é o Pinto Bravo?”
“Acho que não, o Pinto Bravo era mais moço!”
“É, ta mais pra Galo Velho!”
“É ele sim! Tá vendo aquela marquinha na ponta da asa direita? Fui eu que fiz quando era tenente e levava a turma do Projeto Rondon para a Amazônia.”
“Acho que alguém andou tirando penas da cauda dele e não fizeram o conserto direito, olha só como a porta trazeira está desalinhada, tem um espaço enorme para a fuselagem.”
“E ai, você vai?”
“Eu não, e você?”
“Também não.”
“O que é que a gente vai dizer?”
“Que comemos chicharrones no jantar e estamos meio desarranjados.”
E não embarcaram
Interior do avião
A turma acomodou-se nos bancos laterais de lona vermelha trançada, configuração interna para treinamento de paraquedistas. Um ar frio entrava pela fresta entre a porta e a fuselagem.
Um aeromoço militar distribuía um café quando um rebite enferrujado zuniu junto à cabeça de um dos senadores e rolou pelo piso. O taifeiro o pegou e tentou localizar de onde havia se soltado, não conseguindo, abriu a porta do toalete e para lá o atirou onde já existia um monte de porcas e parafusos.
Trepidando, pousamos. O piloto e o co-piloto e o outro tripulante desembarcaram correndo e desmontaram a carenagem dos motores cobrindo com estopa as velas dos cilindros.
Tikal
Estávamos em Tikal
Três horas depois regressamos sãos e salvos a capital.
Cidade da Guatemala
Hotel “O Conquistador”
Hotel “O Conquistador”
No salão de Convenções se desenvolvia a Reunião de Pediatras das Américas.
No jantar, algaravia de vozes masculinas e femininas tornava difícil o dialogo, mas a explicação dos aeronautas dava pra entender que eles ficaram desarranjados ao ver o antigo “Pinto Bravo.”
A confraternização entre o grupo da Reunião de Pediatras das Américas e do Instituto de Altos Estudos foi natural e espontânea.
Mais do que natural, com atração antropomórfica ferormônica e troca de fluidos entre uma bela pediatra morena, e certo oficial da Marinha.
No jantar do dia seguinte a moça contou para ele, que havia dito a sua colega de apartamento como fora seu relacionamento.
Comentário da amiga:
“Me empresta esse comandante”.
Autor: Munir Alzuguir
No jantar, algaravia de vozes masculinas e femininas tornava difícil o dialogo, mas a explicação dos aeronautas dava pra entender que eles ficaram desarranjados ao ver o antigo “Pinto Bravo.”
A confraternização entre o grupo da Reunião de Pediatras das Américas e do Instituto de Altos Estudos foi natural e espontânea.
Mais do que natural, com atração antropomórfica ferormônica e troca de fluidos entre uma bela pediatra morena, e certo oficial da Marinha.
No jantar do dia seguinte a moça contou para ele, que havia dito a sua colega de apartamento como fora seu relacionamento.
Comentário da amiga:
“Me empresta esse comandante”.
Autor: Munir Alzuguir
E-Mail:alzumunir@gmail.com
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