quarta-feira, 25 de agosto de 2010

"PETROBRAS & SUAS AÇÕES"
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Muito se edita sobre o tema insegurança pública no Brasil.
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Assaltantes de todo o tipo, traficantes de drogas, estelionatários, seqüestradores, estupradores, pedófilos, enfim, uma longa lista de criminosos que infernizam nosso dia-a-dia, do Cabo Orange ao Arroio Chuí, são apontados como o mal maior existente na sociedade brasileira. Calculo que além das tragédias pessoais provocadas, causam perdas de milhões de reais, todos os dias.
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Por outro lado e ao mesmo tempo em que esse noticiário inunda nossa mídia, não encontro matérias que contemplem uma ação rigorosa do poder público e das autoridades reguladoras do mercado de capitais do Brasil em face do bilionário estrago provocado ao patrimônio dos fundos de pensão, nas economias e investimentos de milhões de cidadãos, com as manobras especulativas que, periodicamente, fazem do cenário tupiniquim, o paraíso para multimilionárias operações lastreadas com ações da empresa que é o orgulho da grande maioria dos brasileiros: a Petrobras S.A.
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Em anos recentes atribuiu-se o pânico econômico-financeiro mundial aos problemas imobiliário e hipotecário ocorridos na economia do Tio Sam. É possível que tal cataclisma também tivesse sido parcialmente gerado nestas duas hipóteses. Por outro lado, a imprensa do planeta digeriu um bolivariano pacto de silêncio (me perdoe o senhor Chaves) em relação ao fato de que o referido país capitaneou 02 (duas) invasões de outras nações, ao Afganistão e Iraque, financiadas com uma moeda em franca erosão de valor, sem lastro, e que não teve recursos para pagar os desdobramentos financeiros das faturas vencidas de seus cartões de crédito armamentistas, que começaram a ser protestados no mercado.
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Fabricaram-se, a partir daí, milhares de versões que, todos os dias, alimentavam uma rede interminável de incendiários boatos que soavam como música aos ouvidos dos especuladores de plantão em todo o mundo.
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Nessas horas, por aqui, o famoso e já conhecido "aluguel de ações" que tem o poder de favorecer operações demolidoras que não possuem limites, fez o seu papel, ao permitir que robustos caixas tomassem, por empréstimo, milhões de títulos a custos anuais baixíssimos e saíssem com o galáctico poder de fogo de que dispõem destruindo tudo o que encontravam pela frente.
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No Brasil, por mais surreal que isso possa parecer, nossas autoridades reguladoras sempre foram unânimes e categóricas em afirmar que por aqui, na Terra de Vera Cruz, tudo sempre esteve sob controle e que tais problemas só ocorrem além- fronteiras.
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Pergunto: é mesmo? A globalização ainda não chegou ao Brasil? Por que será que muitas vezes o petróleo está em alta no mundo todo e no Brasil, ao contrário, as ações da Petrobras desabam? Por que razão, há muito tempo, as opções de compra das ações da Petrobras têm virado "pó"? Será que não vale a pena investir nos títulos desta corporação?
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Nem perco tempo em focar o período de 2007 a 2009, pois o que aconteceu é público e seus notórios agentes ficaram ainda mais ricos.
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Eu gostaria de ouvir e juro que faria um grande esforço para tentar entender, a justificativa que imobiliza àquelas autoridades reguladoras que aceitam, como fato normal e corriqueiro, que uma extraordinária empresa do porte da PETROBRAS S.A. (com maiúsculas) perca R$ 100 bilhões em seu valor de mercado, por rápidas e fulminantes oscilações negativas na cotação de suas ações e sem que qualquer significativo episódio comercial ou industrial tenha tido lugar.
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A bola da vez nos dias que correm para tantas manobras especulativas com as ações de nossa empresa maior é o propalado valor que será atribuído aos barris de petróleo que já repousam há milhões de anos, submersos no rico mar territorial brasileiro e a milhares de metros de profundidade. Entre U$5 a U$12 valem todas as ilações.
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Meus parabéns antecipados aos que conseguirem demonstrar que o bom senso deve prevalecer pois, da faixa do mar territorial brasileiro onde se encontram até a hora de suas respectivas extrações, estes barris não podem ser cotados de forma diferente do que já é avaliado pelos mercados internacionais em relação à reservas petrolíferas submersas e não exploradas.
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Mas, voltando aos - até agora - impunes megaespeculadores e derrubadores das cotações das ações da Petrobras S.A.: Poder Judiciário e Polícia Federal, NELES.
Autor: Augusto Acioli de Oliveira - Economista

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