quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

CONTO DO JOSÉ FRAJTAG

"Últimas notícias, incrível! Conforme prometemos, este é o fantástico texto escrito pelo milagroso Richard Brighton Brown, que foi encontrado gravado no computador da Clínica Meadows de Los Angeles. O INTERJOURNAL, sempre na frente conseguiu o texto com exclusividade graças ao nosso editor chefe que é muito amigo do Dr. Chris Meadows, dono da clínica que produziu esse extraordinário feito. O Dr. Meadows, que criou a tecnologia adotada já é um forte candidato a novo premio Nobel de Medicina no próximo ano de 2056, pois já o ganhou em 2053. O texto tinha muitos erros gramaticais que foram corrigidos por nossos revisores, porém foi integralmente mantido em sua essência. Perdoem-nos caros leitores por um ou dois palavrões, porém perfeitamente cabíveis no contexto. Somente para os nossos assinantes: O texto original, antes da revisão encontra-se no nosso site".

O ACIDENTE

Preâmbulo

Há três dias acordei aqui nesse quarto após um coma que durou 23 anos. Vou descrever minhas experiências e tentar recapitular minhas idéias. Irá preencher meus momentos de tédio absoluto. Será um grande passatempo:

Capítulo 1

Dia 20 de dezembro
- Caralho!- Não tinha a menor idéia de onde estava. Tentei me mexer, mas estava totalmente paralisado.
- Que diabo deve ter acontecido comigo? -Pensei, em pânico. Minha visão estava embaçada, parecia que um vidro torto tinha se posto entre meus olhos e o mundo.
- Que lugar é este, porra! Pense, pense, pense, seu desgraçado! No que você se meteu dessa vez? Ou seria “sua desgraçada”?

Eu estava tão fora de mim que não sabia nem se eu era era um homem ou uma mulher. Tentei chorar, mas não foi possível.
Meu Deus!Nem isso para me aliviar! Vou enlouquecer!
Devo ter ficado assim muito tempo, até que finalmente uma pessoa vestida de branco apareceu na minha frente.
Aquele vulto se movimentava e parecia não perceber que eu precisava de ajuda. Tentei gritar, mas nenhum som saia de minha garganta.
Oh Deus!Pensei eu, seria pedir demais nesse momento que alguém me ouvisse e me socorresse?
Poderiam ter-se passado apenas minutos, mas tive a impressão de que se passaram horas, até que aquele vulto, ou já seria outro, se dignasse a me dar um pouco de atenção. Ele se aproximou o suficiente para que traços de seu rosto pudessem ser discernidos. Era uma mulher! Tentei falar de novo, mas nada!
A mulher, certamente uma enfermeira, falava; Ao menos eu percebia que seus lábios se movimentavam. Eu também estava surdo ou quase! O som que ouvia era muito abafado e eu nada entendia! Esta situação desesperada levou mais alguns minutos, até que ela pegou uma placa branca e rabiscou uma frase em grandes letras:
Que bom que conseguimos acordá-lo, senhor Brown. Fique tranquilo, que estamos fazendo tudo o que é possível. O senhor sofreu um grave acidente e está totalmente paralisado.
Foi isso então! Sou um homem então e meu nome é Brown! - pensei eu. Ela apagou essa frase após um ou dois minutos e escreveu outra:
Estamos providenciando um link de computador para que o senhor possa se comunicar conosco. Pedimos paciência, pois é complicado e demorará algumas horas. Tornou a apagar e escreveu:
Estamos lhe monitorando e alimentando através de sondas, portanto não haverá necessidade do senhor nos pedir nada. Pelo monitor saberemos todas as suas necessidades. A propósito meu nome é Dolores.
Quase fritei os miolos para lembrar que porra era esse “link”, mas a imagem do que era me veio de repente.
Parece que Dolores adivinhava mesmo, pois mal eu estava começando a me entediar apareceu uma grande TV que foi posta em minha frente. A imagem estava embaçada, mas era discernível. Parece que pouco a pouco minha visão melhorava. Eu conseguia até ler as legendas, que iam aparecendo na parte inferior da tela.
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a data que aparecia no canto direito da tela. 20/DEZ/55. Eu estaria vendo direito? A última coisa da qual me lembrava com certeza era que o acidente seja o que for que tenha sido, tinha acontecido em outubro de 2032, o que significaria que eu estaria em coma há 23 anos!
O choque da descoberta foi demasiado e desmaiei.

Capítulo 2

Dia 21 de dezembro
Ao acordar vi a data na TV e percebi que mais um dia havia se passado.
A promessa de me conectarem a um computador foi cumprida. A TV era o próprio monitor do computador. Quando percebi já estava tudo pronto. Graças à conexão, o tempo parecia passar bem mais rápido e o tédio desapareceu.
Nada mais de teclados físicos. Para começar, me ensinaram a manobrar os comandos. Aprendi que bastava olhar para uma letra de um grande teclado virtual na linha de baixo do próprio monitor e fixar o olhar por uma fração de segundo e a letra aparecia no monitor. No início era muito cansativo, pois errava muitas letras e tinha de voltar para apagar. Tive de treinar muito para que pudesse ficar mais que alguns poucos minutos escrevendo, sem que minha visão embaralhasse. Em pouco tempo passei a digitar com velocidade razoável. Explicaram-me que no mais era como um computador qualquer e que eu poderia salvar meus textos.
Comecei logo perguntando:
- Quem sou eu e COMO? Tentava ser o mais telegráfico possível.
Estas minhas tentativas e a formação da primeira frase provocaram uma verdadeira comoção no quarto. Veio uma multidão observar, até que resolveram responder:
Na tela aparecia a resposta:
- O senhor é Richard Brighton Brown, e tem 65 anos. O senhor era presidente e fundador da “Brown’s Cybertronics”, de Los Angeles. Em 15 de outubro de 2032, seu jato particular caiu no parque Yosemite na Califórnia, quando o senhor viajava de L.A. para Houston. Hoje é 21 de dezembro de 2055. O senhor está totalmente paralisado e as chances de que venha a se recuperar são muito pequenas, porem o senhor não deve perder de todo suas esperanças. Estamos tentando de tudo, pois todos lhe querem muito bem. Sua esposa Angela tem 58 anos e tem vindo todas as semanas para lhe visitar, assim como suas duas filhas gêmeas Carla e Charlie que tem 35 anos. Elas prometeram vir e já estão a caminho, pois já sabem que o senhor finalmente acordou. Elas já estão planejando o Natal mais feliz dos últimos 23 anos. Para lhe preparar o espírito, estas são as imagens de seu rosto antes do acidente e de sua família.
Na tela aparecia a imagem de um belo homem, que não aparentava mais de 30 anos. Ora! Era uma imagem antiga, e a principio não me reconheci nela. Fiquei com ela na minha frente vários minutos. Esforcei-me ao máximo.
Lembre, lembre, seu filho da puta! Esse aí sou eu!
Pouco a pouco, porém a imagem foi ficando mais e mais familiar. A meu lado devia estar Angela, que também reconheci com dificuldade. Tentei chorar, mas nem isso conseguia. Foi aí que ao ver as gêmeas, sentadas um pouco mais abaixo, senti como se fosse a gota d’água e desmaiei.

Capítulo 3

Dia 22 de dezembro
Perdi de novo um dia inteiro. Quando acordei, vi vários vultos na minha frente.
- Angela? Digitei.
- Não, infelizmente. Sou a Dolores, lembra? Ela esteve aqui ontem, dia 21 junto com as gêmeas, logo após o senhor ter desmaiado, mas elas lhe deixaram uma gravação. Aí vai ela!
Deus, oh Deus! Esperei tanto e justo no momento de revê-las eu tinha de ter desmaiado! Mas não tive tempo para ficar me lamentando muito, pois as imagens começavam a aparecer.
- Dickie, meu querido! Ficamos extremamente felizes quando soubemos que você tinha acordado. Mal conseguimos acreditar! Seu médico é um gênio e sempre nos disse para confiar nele que ele lhe salvaria. Ai está! Levou anos, mas você está lúcido e até nos reconheceu nas fotos, segundo nos disseram. Foi pena que não pudemos nos comunicar, mas voltaremos dia 24 à noite para comemorarmos juntos o Natal. Descanse bastante e evite se emocionar demais como hoje.
Agora era a vez das gêmeas. Lindas! Mal podia acreditar como elas tinha se tornado tão lindas mulheres. Não dava para saber qual era Carla ou Charlie.
Paizinho! Falava uma delas. Estamos muito contentes e estaremos mais ainda quando o senhor sair dessa. Estamos rezando muito e o Dr. Meadows nos deu muita esperança. Segundo ele existem novas tecnologias que poderão lhe tirar desse hospital muito em breve.
É verdade, papai disse a outra, pode acreditar em Charlie, pois também ouvi o Doutor falando a respeito.
- Droga, droga! Dr. Meadows, o senhor Está aqui?
- digitei eu, interrompendo momentaneamente o vídeo.
Como posso acreditar nessa esperança se nem chorar eu consigo?
- Sim, meu caro Richard, eu estou aqui! Acho que após 23 anos já tenho intimidade para lhe chamar assim, não é? Realmente a sua situação é grave, mas estamos tentando todas as possibilidades. As novas tecnologias de que falam suas filhas se relacionam a transplantes. O senhor só está vivo devido a descobertas que foram feitas anos antes do seu acidente. No seu caso teremos de transplantar vários órgãos.
- Posso ver como fiquei?
Perguntei.
- Não, meu amigo. Não achamos conveniente e nem que isso lhe fizesse bem. A sua aparência ainda não está boa o suficiente. Tememos que isso aumentasse inutilmente a sua angústia.
- Quando poderei me ver?
- Paciência, é só o que lhe pedimos. No momento adequado, o senhor poderá se ver.

O Doutor Meadows se despediu e o filme de minhas filhas prosseguiu de onde havia parado.
- Confie no Doutor Meadows papai! - prosseguia Carla. - O que ele fez para lhe salvar é algo inacreditável. Impossível mesmo de se imaginar que alguém além dele conseguisse. Até o Natal!
As três fizeram sopros de beijos e o filme se desligou.
- Senhor Brown, agora é Dolores a plantonista quem escreve. O senhor prefere dormir ou quer que liguemos a TV?
- Pode deixar a TV ligada, ela não me incomoda se eu desejar dormir! Deixe num canal que tenha notícias e filmes.
Assim foi feito. Vi em seguida algumas comédias antigas. Parece que escolheram um canal que me deixasse mais bem humorado. A tentativa deu e não deu certo. Em alguns momentos eu até conseguia esquecer minha situação e em outros eu cheguei a perder o fio da história, pois pensamentos de autocomiseração, não largavam de minha cabeça. As propagandas é que me faziam sorrir mais do que tudo. Saber o que havia mudado nos últimos anos, foi curioso. O que me chamou mais a atenção foi saber que a Coca-Cola e a Pepsi haviam deixado de produzir as famosas bebidas e se dedicavam agora só a bebidas saudáveis, à base de frutas.
Aí começou o noticiário:
"Richard Brown, ex-presidente da “Brown´s Cybertronics”, após acordar milagrosamente do seu coma no dia 20, já consegue se comunicar com seus médicos e parentes. É o mais famoso paciente da Clínica Meadows. Depois de amanhã comemorará o Natal com sua família. Veja mais após os comerciais!" Logo após os comercias o monitor se desligou por alguns minutos, e perdi o inicio da reportagem, porem soube de minha história com mais detalhes. Eu estava levando importantes documentos necessários ao desenvolvimento de novos produtos da minha empresa, que provocariam impacto no seu lançamento. Era eu mesmo que fazia as pesquisas e minha empresa sofreu sério baque, vindo a falir poucos meses após o meu acidente. Os bens da família foram, porém preservados. Minha esposa e as gêmeas estavam muito bem de vida e capazes de suportar o meu caríssimo tratamento. Repetidas vezes a tela ficava negra e sem som. Acho que alguém na Clínica fazia uma censura nas imagens mostradas. O que será que queriam esconder de mim? Certamente imagens minhas com o corpo deformado.
Minha memória pouco a pouco ia melhorando e pude lembrar muito do que aconteceu antes do acidente. Lembrei que estava em tremenda disputa de patentes com minha arqui-rival a “Lewinston”, que acabou assumindo a minha empresa. Tiveram a delicadeza de preservar o antigo nome da “Brown”. Ambos queríamos provar termos a patente do melhor monitor de pulso, que enviaria dados médicos para uma clínica central, que tomaria atitudes imediatas para salvar sua vida. Eu estava usando um protótipo dele no meu pulso e segundo soube foi justamente isso que me salvou.
No vôo eu levava para Houston onde a disputa estava sendo julgada, documentos originais, que provariam definitivamente que havíamos registrado a patente do monitor antes.
A “Lewinston” principal interessada no sumiço dos documentos foi investigada exaustivamente, mas nada se provou sobre um possível atentado.
Uma coisa eu tinha acabado de lembrar. Os documentos que eu levava não eram os originais e sim cópias autenticadas. Lembrei onde eu tinha posto os originais. Eles estavam guardados num cofre secreto na “Forever” , uma Cia. de Seguros. Tentei dar um sorriso vitorioso, a “Lewinston” iria finalmente pagar todos os seus pecados. Nem sorrir de verdade eu conseguia, mas minha família iria receber um belo presente de Natal. Comecei a escrever as minhas memórias para encher o tempo. O que escrevi até agora é uma recapitulação de memória. Daqui para frente estou por assim dizer "on-line". Ao pensar em presentes de Natal, ajudado por Dolores, acessei o meu cartão de crédito e escolhi lindos presentes, enviando-os para a minha casa.

Capítulo 4

23 de dezembro
Minhas habilidades estão melhorando a cada minuto. Já consigo manter uma conversa continua. A medida que vou ouvindo as perguntas que me fazem vou digitando as respostas simultaneamente, com a fabulosa tecnologia digito bem rápido.
- Senhor Brown, pare de escrever tanto, o senhor precisa descansar.
Era Dolores que vinha saber como eu estava.
- Ora Dolores, eu já descansei 23 anos seguidos! Tenho que recuperar o máximo desse tempo perdido.
- Senhor Brown, infelizmente vou ter de lhe fazer um procedimento que talvez seja muito doloroso. Para isso vou ter de anestesiá-lo.
- Não, não, Dolores, por favoooo...

Capítulo 5

24 de Dezembro
Acordei às cinco da tarde. Maldita Dolores, que me fez dormir quase um dia inteiro. E nem me falou qual foi o tal procedimento.
Mas de certa maneira foi bom, pois só mesmo dormindo muito e escrevendo, consegui vencer a angústia e aguentar até a chegada de Angela e das meninas. Elas entraram no quarto, quase em seguida, antecipando em algumas horas a sua vinda. Tinham sorrisos de orelha a orelha. Ficaram alguns minutos acenando para mim e depois pegaram seus microfones e começamos um "Chat" . Vocês podem imaginar a minha emoção ao vê-las.
- Dickie, meu querido, que bom vê-lo acordado! Disse Angela.
- Eu que o diga, meus anjos. Que bom que chegaram cedo, pois não aguentava mais a espera. Tenho presentes para todos vocês! Eu os encomendei com ajuda de Dolores. Estarão em casa quando chegarem. Mas o melhor de todos é o seguinte... E contei para elas dos documentos e onde estava a chave do cofre, o seu segredo e tudo o mais.
- Dickie, Dickie, que lindo de sua parte pensar na gente, com todos os seus problemas. Nem precisava, pois temos tudo o que poderíamos querer para duas ou três gerações. Seus bisnetos estarão bem de vida!
- Mas querida, não posso deixar o pulha do Lewinston se dar bem a nossa custa. É uma questão moral.
- OK! Então. Vamos entrar com uma ação de perdas e danos contra ele.
- Agora quero falar com minhas lindas filhinhas! Contem-me tudo!
- Paizinho, é a Charlie quem fala e estamos todos muito bem. Nós nos casamos, mas ambas nos separamos. Estou sozinha agora e não tive filhos, mas Carla tem dois meninos, o Richard e o Peter com três e dois anos. Eles estão lá fora com a babá. Não os deixamos entrar para não se chocarem com o avô!
- Paizinho, é a Carla agora, aí vão as fotos e alguns vídeos dos meninos.
Em seguida aparecem as imagens de dois lindos garotinhos com a mãe e o ex-marido. Tive vontade de chorar de emoção, mas lágrimas imaginárias brotaram no fundo de meu coração!
- Queridas! Nunca pude imaginar que iria passar por momentos como esse! Não tenho realmente palavras que expressem o que estou sentindo, mas é alegria pura! Até esqueço minha situação, só queria poder abraçá-las.
Angela emocionou-se também e a pintura de seus olhos correu por seu rosto em dois filamentos negros. Ela pegou em sua bolsa um pequeno espelho, voltou-se de costas para mim para retocar a maquiagem. Pelo reflexo estou podendo me ver! Aleluia! Espere aí, estou atrás de um vidro! Ora! Para quê é esse vidro? É por isso então que não enxergo direito! O espelho dela se mexe e posso ver mais.
- Mexa-o um pouquinho mais querida! Só mais um pouquinnnnnnnnnnnnnn...

EPÍLOGO

"Boa noite amigos, este é o seu Jornal da Tela! Deveríamos hoje estar comemorando e desejando um feliz Natal a todos, porém infelizmente faleceu ontem em plena véspera de Natal, o milagre que tanto cativou o planeta! Richard Brighton Brown, de 65 anos, dos quais 23 passou internado na Clínica Meadows, após o terrível acidente com o seu jatinho. Todo o mundo civilizado acompanhou durante esses anos todos a sua incrível história e agora com emoção acompanham a imagem do seu enterro transmitida pela TV. Deixou inconsoláveis sua esposa e suas lindas filhas gêmeas, que aparecem ai na tela ao lado de Angela Brown sua mãe.
É realmente emocionante caros espectadores e nos perdoem as minhas lágrimas. Não só eu, mas todos nos nossos estúdios choram! Estamos consternados! O nosso Presidente decretou luto nacional por três dias!
Ele sofreu uma comoção cerebral após finalmente perceber o seu verdadeiro estado através de um reflexo no espelho de sua mulher. Para relembrar, revejam as imagens. Nessa ele aparece antes do acidente e nessa outra imagem com a mulher Angela e as filhas ainda pequenas. Ele foi o primeiro ser humano que foi mantido vivo dentro de uma redoma de vidro, numa solução nutritiva, agu
ardando transplantes, que no seu caso acabou não sendo feito. O Dr. Christopher Meadows, que aparece aqui e dispensa apresentações, foi o premio Nobel de medicina de 2053, graças a essa tecnologia revolucionária, que até agora era realizada apenas em animais. Certamente o do próximo ano também estará garantido. Brown, que está dentro desse “aquário” que aparece agora na tela de sua TV, deixou um incrível relato de suas experiências, que poderá ser lido agora mesmo na nossa página na INTER. Foi escrito por ele mesmo no monitor da Clínica, apesar de que, como todos já sabem, ele tinha preservada apenas a sua cabeça. Mais notícias no nosso site e após os nossos comerciais". @

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