quarta-feira, 7 de outubro de 2009

COLUNA DO AUGUSTO ACIOLI

"Milícias Brasileiras & Desordem Pública"
AUGUSTO ACIOLI
Rio de Janeiro - RJ.

As milhares de fotos e reportagens publicadas pela mídia sobre as milícias do MST, MLST, MAB, Via Campesina etc, alertam e comprovam que grupos divisionistas estão se fortalecendo, no Brasil, com evidente propósito de desmontar e destruir a ordem democrática reconquistada, a duras penas, pelo voto popular.
Portando bandeiras cuja cor vermelha procura sinalizar a seus opositores até que ponto os membros de tais facções estão dispostos a chegar para atingir seus reais objetivos, não mais se preocupam em disfarçar a existência de um braço armado inserido na pregação de um modelo ultrapassado de reforma agrária cuja digital tem origem no início do século passado e que só continua existindo, no Brasil, pela postura revanchista de uma minoria de radicais. Uniformizados, proferindo envelhecidas palavras de ordem, fazendo uso de invejável apoio logístico e caricaturados de trabalhadores descamisados, embora brandindo facões, foices e enxadas como se fuzis fossem (pelo andar da carruagem a troca do equipamento é apenas uma questão de tempo e financiamento), têm partido para o ataque em todo o território nacional através de saques, depredações, destruição e invasões de órgãos governamentais, empresas, centros de pesquisas, propriedades públicas e privadas, bloqueios de rodovias, ferrovias, avenidas, praças, ruas...
Agredindo outros trabalhadores, sequestrando e mantendo pessoas em cárceres privados e, atualmente, também partindo para assassinatos, tais bandos estão convictos de suas respectivas impunidades já que recebem, inclusive, substantivos repasses de recursos arrecadados através de impostos, muito embora não divulguem, amplamente, à sociedade que lhes financia, compulsoriamente, o número de seus CNPJ, se é que os possuem.
Ai daqueles que ao tentarem defender suas propriedades, familiares e empregados, cometam o desatino de enfrentá-los com armas de qualquer tipo, pois essas só eles, os invasores, podem portar.Os contribuintes-vítimas, caso insistam em reagir aos já corriqueiros ataques criminosos, serão presos e processados por atrapalharem a desordem pública e a consolidação de um processo de convulsão social que se encontra em pleno andamento.Seria interessante que tais milicianos fossem deitar suas falações em Cuba, país que, freqüentemente, citam como exemplo de autêntica democracia popular, para sentirem "no lombo", a resposta que levariam da nova ordem que lá se instalou e que pretende passar o apagador na antiga retórica campesina, em face dos seguidos fracassos alcançados na produtividade agrícola.
Quem sabe se contratando competentes técnicos brasileiros, os mesmos que têm sido atacados e desmoralizados, rotineiramente, pelos falsos movimentos sociais tupiniquins, o país do Caribe não venha a se tornar um grande celeiro para o seu povo?
Verdade seja dita, nem tudo dos velhos tempos continua sendo mantido. Cito, como exemplo, as caricatas barbas guerrilheiras mantidas, por décadas, pelos líderes de tais milícias, numa tentativa de associá-los, por semelhança, a seus venerados ídolos marxistas. Procedimento este, em nada diferente daquele adotado nos anos 30, em relação ao ridículo bigodinho usado por um tresloucado e famigerado ditador nazista. A única diferença entre tais discípulos sempre foi o lado da mesa que escolhiam para sentar.
No caso brasileiro, em face do grande espaço alcançado na mídia pelo episódio do "Mensalão", a esmagadora maioria dos companheiros locais tratou de cortá-las, definitivamente, para evitar constrangimentos fotográficos que os associassem a conhecidos personagens políticos indiciados naquele episódio, hoje, igualmente, ex-barbudinhos.
Tenho a firme convicção de que caso esses corriqueiros atos criminosos, acima citados, não sejam eliminados da cena brasileira, o quanto antes, nós, autores de textos críticos sobre o tema, seremos julgados, em futuro próximo, por tribunais revolucionários presididos por bem organizados candidatos ao cargo de Comissários do Povo.
Finalizo com a pergunta que não quer calar:
"Afinal, a quem interessa a existência desses organizados pelotões da desordem pública?"

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