Em New York, estive várias vezes com Liliane, minha segunda esposa. Ela é proprietária de uma boutique feminina e tem necessidade de viajar para atualizar o seu negócio. Numa dessas viagens, vivenciamos dois episódios nos teatros da Broadway.
No primeiro deles, chegamos a N.Y. Justo num dia em que se iniciava um horário de verão, em que se adiantava em uma hora o relógio. Como estávamos em viagem e não tínhamos lido jornal algum, desconhecíamos o fato. Compramos um bilhete para ver “Joseph and the Amazing Technicolor Dreamcoat”, um delicioso musical baseado na história bíblica de José no Egito.
Fomos à gerencia e só lá soubemos da troca de horário. O gerente muito simpático soube nos entender e nos ofereceu duas entradas para voltarmos no dia seguinte. A oferta foi prontamente aceita e passamos acreditar um pouco mais na humanidade.
Em outro episódio, que não tenho certeza de ter sido na mesma viagem, chegamos a outro musical na Broadway e ao apresentarmos os bilhetes, verifiquei que ao invés dos bilhetes, na pressa eu tinha entregue dois tickets de avião.
Iríamos perder a peça? De jeito algum! Fomos ao gerente e explicamos o ocorrido. Por sorte eu que tenho memória excelente para números lembrava o número das cadeiras compradas. Informei ao gerente esses números e aguardamos até quase o início do show. O gerente verificou que nossos dois lugares estavam desocupados e nos permitiu entrar. Eu sou assim, extremamente distraído, mas adquiri um know-how para resolver os pequenos e grandes problemas que estas acarretam. No dia seguinte peguei os tickets e os levei ao gerente, como derradeira prova de nossa honestidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário